quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

JORGE AMADO, JUBIABÁ E PIERRE VERGER



                                       



Severino Manoel de Abreu, mais conhecido como “Jubiabá”, nasceu em 20 de abril de 1886 e faleceu em 28 de outubro de 1937. Foi um babalorixá do candoblé e capitão do Exército que viveu e morreu na capital baiana.
Pierre Verger foi um fotógrafo famoso que nasceu em Paris, no dia 4 de novembro de 1904 e faleceu em Salvador da Bahia, em 11 de fevereiro de 1966.
Severino Manoel de Abreu, recebia o caboclo Jubiabá. O caboclo  era tão famoso que Severino perdeu sua identidade e passou a ser conhecido pelo nome de “Jubiabá”. Tornou-se “pai de santo” do não menos famoso babarixá “Joãozinho da Gomeia”.
Em 1935, Jorge Amado imortalizou Severino de Abreu, retratando-o no romance “Jubiabá”, hoje traduzido em vários idiomas..
Ao ler a história de Jubiabá no romance “Jubiabá” de Jorge Amado, Pierre Verger se  interessou em conhecer o Brasil e a Bahia. Pierre concretizou seu desejo e acabou fixando residência na capital baiana. Suas observações sobre as manifestações culturais e religiosas da Africa Ocidental e da Bahia, tornaram possível sua tese de  doutoramento, defendida na Universidade de Paris. Este título acadêmico contrariou os padrões usuais, pois Pierre Verger não completou o ensino médio, foi expulso duas vezes da escola por indiciplina, e desistiu do ensino formal. Apesar deste histórico escolar, recebeu a pós-graduação acadêmica e se consagrou como um dos mjaiores fotógrafos de seu tempo. Foi o pioneiro da Antropologia Visual pois registrou em suas fotografias o que não poderia captar em textos. “Fotografando, disse Ângela Luhming, ele mostrou que   fotografia não se resumo em tirar retratos”.
Verger se identificou com a Bahia, mergulhando de corpo e alma nos costumes iorubás.
Para Jorge Amado, Verger foi uma ponte entre a Europa, a Africa e o Brasil. Ele compreendeu como poucos a alma e a cultura da Bahia”.
Para perpetuar sua memória foi criada a Fundação Pierre Verger, cujo acervo é de sessenta mil negativos fotográficos, três mil volume de livros e documentos e um catálago com três mil e quinhentas plantas medicinais, além de mil horas de gravações sobre cultura afro-brasileira.
 
 

 

 

 

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