Severino
Manoel de Abreu, mais conhecido como “Jubiabá”, nasceu em 20 de abril de 1886 e
faleceu em 28 de outubro de 1937. Foi um babalorixá do candoblé e capitão do
Exército que viveu e morreu na capital baiana.
Pierre
Verger foi um fotógrafo famoso que nasceu em Paris, no dia 4 de novembro de
1904 e faleceu em Salvador da Bahia, em 11 de fevereiro de 1966.
Severino
Manoel de Abreu, recebia o caboclo Jubiabá. O caboclo era tão famoso que Severino perdeu sua
identidade e passou a ser conhecido pelo nome de “Jubiabá”. Tornou-se “pai de
santo” do não menos famoso babarixá “Joãozinho da Gomeia”.
Em 1935,
Jorge Amado imortalizou Severino de Abreu, retratando-o no romance “Jubiabá”,
hoje traduzido em vários idiomas..
Ao ler a
história de Jubiabá no romance “Jubiabá” de Jorge Amado, Pierre Verger se interessou em conhecer o Brasil e a Bahia.
Pierre concretizou seu desejo e acabou fixando residência na capital baiana.
Suas observações sobre as manifestações culturais e religiosas da Africa
Ocidental e da Bahia, tornaram possível sua tese de doutoramento, defendida na Universidade de
Paris. Este título acadêmico contrariou os padrões usuais, pois Pierre Verger
não completou o ensino médio, foi expulso duas vezes da escola por indiciplina,
e desistiu do ensino formal. Apesar deste histórico escolar, recebeu a
pós-graduação acadêmica e se consagrou como um dos mjaiores fotógrafos de seu
tempo. Foi o pioneiro da Antropologia Visual pois registrou em suas fotografias
o que não poderia captar em textos. “Fotografando, disse Ângela Luhming, ele
mostrou que fotografia não se resumo em
tirar retratos”.
Verger se
identificou com a Bahia, mergulhando de corpo e alma nos costumes iorubás.
Para Jorge
Amado, Verger foi uma ponte entre a Europa, a Africa e o Brasil. Ele
compreendeu como poucos a alma e a cultura da Bahia”.
Para
perpetuar sua memória foi criada a Fundação Pierre Verger, cujo acervo é de
sessenta mil negativos fotográficos, três mil volume de livros e documentos e
um catálago com três mil e quinhentas plantas medicinais, além de mil horas de
gravações sobre cultura afro-brasileira.
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