MAESTRO SÍLVIO BARBATO
Sílvio Sérgio Bonaccorsi Barbato, mais conhecido como Sílvio
Barbato, músico, maestro e compositor de ópera e balé, nasceu em Candeias, no
dia 11 de maio de 1959.
Seus pais foram Daniele Barbato e Rosalba Bonaccorsi,
imigrantes italianos que chegaram ao Brasil em fins do século XIX. Eram médicos,
e exerceram a profissão em Candeias. O casal teve 3 filhos: Silviane (renomada
psicóloga, com diversos cursos no Brasil e no exterior), Sandra (engenheira) e
Sílvio (formado pela Universidade de
Chicago, maestro da Orquestra Sinfônica do Brasil, professor, doutor em
filosofia, compositor de música clássica, maestro do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, o mais jovem maestro brasileiro de uma Orquestra Sinfônica). Silviane e
Sandra moram em Brasília. Sílvio morava no Rio de Janeiro.
Silvio Barbato estudou composição e regência com Cláudio
Santoro.
Em Chicago, realizou seu pHD em Ópera Italiana, sob
orientação de Philip Gossett.
Em 1984, recebeu o diploma de mérito, na Academia Musicale
Chigiana de Sienna e no ano seguinte foi contratadp pelo Teatro Municipal do Rio
de Janeiro, ocasião em regeu, pela primeira vez, uma ópera (“Tosca”).
Era uma expressão exponencial da musica erudita, motivo pelo
qual recebeu várias homenagens, títulos e honrarias.
Em Milão, frequentou a classe de Franco Ferrara, colaborou
com o maestro Romano Gandolfi, no Teatro Scala, e recebeu o Diploma de Alta
Composição, no Conservatório Giuseppe Verdi (medalha de ouro).
Em 1996, durante as comemorações do centenário de Carlos
Gomes, foi curador da ópera “O Guarani”, em Washington.
Em 2001, recebeu o “Grande Prêmio Cinema Brasil”, por seu
trabalho como diretor musical do filme “Villa Lobos, Uma Vida de Paixão”
(melhor trilha musical).
Em 2002 foi distinguido com a Medalha da Ordem do Mérito
Cultural da Presidência da República, ocasião em que foi promovido ao grau de Comendador da Ordem de Rio Branco.
Em 2003, compôs o balé “Terra Brasilis” que se apresentou em
sua estreia mundial no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (e no Teatro Massimo Bellini de Catânia, na Itália, em 2005, quando
foram esgotadas as lotações, de nove apresentações)
Em 2006, regeu a primeira audição europeia da ópera
“Colombo”, no Teatro Massimo Bellini.
Sílvio Barbato regeu concertos em Roma (Piazza Navona),
Lisboa (Mosteiro dos Jerônimos), nos Teatros Municipais de São Paulo e do Rio de
Janeiro) e em diversas capitais brasileiras.
O maestro faleceu em um acidente aéreo, em pleno Oceano
Atlântico, quando se dirigia do Rio de
Janeiro para Paris, no dia 1º de junho de 2009. De Paris deveria seguir para
Kiev, na Ucrânia, onde regeria uma de suas óperas.
“Sílvio Barbato era um homem vaidoso, sempre bem vestido e
perfumado. Tornou-se conhecido não apenas pelo talento, mas pela personalidade
forte e o bom-humor. "I love you", ele costumava dizer aos músicos,
com largo sorriso, quando se queixavam de alguma coisa”, conta a musicista
Jesuína Passaroto
"Ele tinha a ópera no sangue. Fazia a orquestra
respirar com os cantores", disse Fernando Bicudo.
Em seus últimos tempos, estava compondo uma ópera sobre
Simón Bolivar, que seria apesentada no Teatro Carreño, em Caracas, Venezuela.
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