quarta-feira, 26 de março de 2014

JOSÉ JOAQUIM CARNEIRO DE CAMPOS

 MARQUÊS DE CARAVELAS
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José Joaquim Carneiro de Campos, Visconde com grandeza e Marques de Caravelas, político, advogado e diplomata, nasceu em Salvador, no dia 4 de março de 1768, sendo seus pais José Carneiro de Campos (português da província de Douro e Minho) e Custódia Maria do Sacramento (brasileira, nascida em Salvador).

Era desejo de seus pais fazê-lo monge beneditino,  pelo que o matricularam no Mosteiro de São Bento, onde completou os primeiros estudos, até tomar ordens. O filho, reconhecendo que esta não era  a sua vocação, convenceu seus pais a  mandaram-no para Portugal, a fim de fazer o curso de direito na Universidade de Coimbra.

Formado, foi para Lisboa, ondei fez amizade com D. Rodrigo de Souza Coutinho, depois Conde de Linhares, protetor dos brasileiros Inicialmente o Conde o convidou para ser professor de seus filhos. Depois, conseguiu sua nomeação para oficial da Secretaria da Fazenda, cargo que exerceu até a invasão napoleônica e a consequente migração da Família Real para o Brasil.

Ao chegar ao Brasil, foi indicado para servir na Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, no Rio de Janeiro. Depois foi nomeado para o cargo de Oficial-Maior, na mesma Secretaria. Seu desempenho foi tão importante que o Príncipe Regente o condecorou com a comenda da Ordem de Cristo, no grau de cavaleiro, e o distinguiu com o título de Conselheiro. O Imperador da Áustria, Francisco I, nesta mesma ocasião, o agraciou com a comenda da Ordem da Coroa de Ferro.

Antes de seu regresso para Portugal, D. João VI o nomeou para o Conselheiro da Fazenda, cargo que  exerceu com excepcional brilho, até a proclamação da Independência.

Em 1823, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte pelo Rio de Janeiro, Como deputado, demonstrou grande conhecimento político, passando a ser considerdo um dos brasileiros mais sábios do seu tempo, e o principal redator da Constituinte.

Em 1826, foi eleito senador pela Bahia..

Em reconhecimento ao seu mérito, foi condecorado por D. Pdro I com a insignia da Ordem do Cruzeiro e elevado aos títulos de Visconde, depois Marquês de Caravelas.

Chamado para ser Ministro dos Negócios Estrangeiros, se conduziu com zelo e acerto neste cargo, até a dissolução da Assembléia Constituinte. 

Em 1826, foi eleito senador pela Bahia e em seguida ocupou a pasta da Justiça e, interinamente, a do Império.

Em 1831, com a abdicação de D.Pedro I,  foi nomeado membro da Regência Trina Provisória que governou o Brasil de 7 de abril a 17 de junho.

O Marques de Caravelas faleceu em 8 de setembro de 1836, depois de ocupar os mais altos cargos na vida pública.

A respeito desta baiano ilustre disse Antônio Loureiro de Souza: “Estadista dos mais conspícuos do Brasil, ocupou, no Império, os mais altos postos. Tinha-o o Imperador em alta conta, apreciando-lhe os dotes de caráter e a probidade ilibada,  No Senado, de que foi expressivo representante da Bahia, a sua ação sempre se fez ponderada e respeitada, admirando-lhe os seus pares os altos predicados que lhe eram apanágio. Soube grangear, assim, a admiração dos de sua época”.




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