MARQUÊS DE CARAVELAS
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José Joaquim Carneiro de Campos, Visconde com grandeza e Marques
de Caravelas, político, advogado e diplomata, nasceu em Salvador, no
dia 4 de março de 1768, sendo seus pais José Carneiro de Campos (português da
província de Douro e Minho) e Custódia Maria do Sacramento (brasileira, nascida em
Salvador).
Era desejo de seus pais fazê-lo monge beneditino, pelo que o matricularam no Mosteiro de São
Bento, onde completou os primeiros estudos, até tomar ordens. O filho, reconhecendo que esta
não era a sua vocação, convenceu seus
pais a mandaram-no para Portugal, a fim
de fazer o curso de direito na Universidade de Coimbra.
Formado, foi para Lisboa, ondei fez amizade com D. Rodrigo
de Souza Coutinho, depois Conde de Linhares, protetor dos brasileiros Inicialmente o Conde o convidou para ser professor de seus filhos. Depois,
conseguiu sua nomeação para oficial da Secretaria da Fazenda, cargo
que exerceu até a invasão napoleônica e a consequente migração da Família Real
para o Brasil.
Ao chegar ao Brasil, foi indicado para servir na Secretaria
de Estado dos Negócios do Reino, no Rio de Janeiro. Depois foi nomeado para o cargo de Oficial-Maior, na mesma Secretaria. Seu desempenho foi tão importante que o Príncipe
Regente o condecorou com a comenda da Ordem de Cristo, no grau de cavaleiro, e o
distinguiu com o título de Conselheiro. O Imperador da Áustria, Francisco I, nesta
mesma ocasião, o agraciou com a comenda da Ordem da Coroa de Ferro.
Antes de seu regresso para Portugal, D. João VI o nomeou para
o Conselheiro da Fazenda, cargo que exerceu com excepcional brilho, até a
proclamação da Independência.
Em 1823, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte pelo
Rio de Janeiro, Como deputado, demonstrou grande conhecimento político,
passando a ser considerdo um dos brasileiros mais sábios do seu tempo, e o
principal redator da Constituinte.
Em 1826, foi eleito senador pela Bahia..
Em reconhecimento ao seu mérito, foi condecorado por D. Pdro
I com a insignia da Ordem do Cruzeiro e elevado aos títulos de Visconde, depois Marquês de Caravelas.
Chamado para ser Ministro dos Negócios Estrangeiros, se
conduziu com zelo e acerto neste cargo, até a dissolução da Assembléia Constituinte.
Em 1826, foi eleito senador pela Bahia e em seguida ocupou a pasta da Justiça e, interinamente, a do Império.
Em 1831, com a abdicação de D.Pedro I, foi nomeado membro da Regência Trina
Provisória que governou o Brasil de 7 de abril a 17 de junho.
O Marques de Caravelas faleceu em 8 de setembro de 1836,
depois de ocupar os mais altos cargos na vida pública.
A respeito desta baiano ilustre disse Antônio Loureiro de
Souza: “Estadista dos mais conspícuos do Brasil, ocupou, no Império, os mais
altos postos. Tinha-o o Imperador em alta conta, apreciando-lhe os dotes de
caráter e a probidade ilibada, No
Senado, de que foi expressivo representante da Bahia, a sua ação sempre se fez
ponderada e respeitada, admirando-lhe os seus pares os altos predicados que lhe
eram apanágio. Soube grangear, assim, a admiração dos de sua época”.
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