https://www.google.com.br/#q=visconde+de+cairu
José da Silva Lisboa, barão e visconde de Cairu, jurista,
economista, publicista, historiador, e político, nasceu em Salvador, no dia 16
de julho de 1756, sendo seus pais Henrique da Silva Lisboa e Helena Nunes de
Jesus.
Fez os primeiros estudos em sua terra natal, onde desde os
oito anos revelou-se possuidor de uma inteligência invulgar. Estudou filosofia, música e piano. Depois, foi
para Portugal, onde em 1774 ingressou na Universidade de Coimbra. Além de estudar
grego e hebraico, fez os cursos jurídico e filosófico, formando-se em 1778.
Ensinou grego e hebraico no Colégio das Artes até regressar
à Bahia onde, lecionou as mesmas disciplinas.
Em 1797, voltou a Portugal, sendo nomeado deputado e secretário da Mesa da Inspeção da Bahia.
Em 1801, publicou sua primeira obra, intitulada Princípios do Direito Mercantil e Leis da
Marinha para uso da mocidade portuguesa, que compreende o seguro matítimo, as
avarias, as letras de câmbio, os contratos mercantes, os tribunais e as causas
de comércio.
Em 1804, publicou sua obra principal, Princípios de economia polítca. Ainda em 1804, escreveu as famosas Observações apologéticas acerca da crítica que
faz contra Smith o autor das Memórias Políticas sobre as Verdadeiras Bases da
Grandeza das Nações.
De 1801 a 1808, deu continuidade à obra em sete volumes, Principios
de Direito mercantil e leis de marinha etc.
Em janeio de 1808, quando D. João VI desembarcou na Bahia, José da Silva Lisboa pediu audiência para lhe
propor a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (a abertura já tinha
sido decidida, pela chamada “Convenção Secreta de Londres”).
O Prícipe Regente expressou
o desejo de Silva Lisboa acompanhá-lo ao Rio de Janeiro. Honrado pelo convite, Silva Lisboa chegou ao Rio no dia 7 de
março e foi nomeado desembargador da Mesa de Desembargo do Paço e da
Consciência e Ordens.
Ainda em 1808, publicou, em dois volumes, as Observações
sobre o comercio franco no Brasil. Em agosto, foi eleito deputado da Real Junta
do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Estado do Brasil.
Em 1909, foi designado para organizar um código de
comercio; em 1810, foi agraciado com a
Ordem de Cristo; em 1815, foi encarregado do exame das obras para impressão; em
1821, integrou a Junta de cortes para o exame das leis constitucionais a serem discutidas
em Lisboa, inspetor-geral dos estabelecimentos literários e diretor dos
estudos.
Admirador de D. João VI, Silva Lisboa tentou reconciliar o
Brasil e Portugal, impedindo a separação. Com este objetivo fundou um jornal, O
Conciliador do Reino Unido, no qual defendeu os direitos do Príncipe. Quando
surgiu a impossibilidade da reconcialiação, tomou o partido de D. Pedro I e batalhou pela independência do Brasil.
Escreveu, na ocasião, As Reclamações obra de grande repercussão.
Combateu a Confederação do Equador e em 1824 publicou o Apelo
à honra brasileira contra a Facção Federalista de Pernambuco.
Declarada a Independência, continuou a exercer cargos
elevados e a receber distinções honoríficas. Em 1825, foi agraciado com o
título de barão. Em 1826, foi elevado a Visconde com grandeza e, pouco depois, deputado
e senador do Império, desembargador da Mesa do Paço e da Casa de Rogo.
Em 1832, lançou a idéia da criação de uma Universidade no
Rio de Janeiro.
Sempre atualizado, acompanhou as teorias econômicas mais
avançadas de sua época.
Em 1815, publicou Memória
sobre a vida de Lord Wellington; em 1818, lançou as Memórias sobre os
benefícios políticos de El-Rei Dom João VI; em 1820, publicou sua inacabada História dos
principais sucessos políticos do Império do Brasil.
José da Silva Lisboa faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de agosto de 1835, com 79 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário