domingo, 16 de março de 2014

JOSÉ DA SILVA LISBOA


     https://www.google.com.br/#q=visconde+de+cairu


José da Silva Lisboa, barão e visconde de Cairu, jurista, economista, publicista, historiador, e político, nasceu em Salvador, no dia 16 de julho de 1756, sendo seus pais Henrique da Silva Lisboa e Helena Nunes de Jesus.

Fez os primeiros estudos em sua terra natal, onde desde os oito anos revelou-se possuidor de uma inteligência invulgar. Estudou filosofia, música e piano. Depois, foi para Portugal, onde em 1774 ingressou na Universidade de Coimbra. Além de estudar grego e hebraico, fez os cursos jurídico  e filosófico, formando-se em 1778.

Ensinou grego e hebraico no Colégio das Artes até regressar à Bahia onde, lecionou as mesmas disciplinas.

Em 1797, voltou a Portugal, sendo nomeado deputado e secretário da Mesa da Inspeção da Bahia.

Em 1801, publicou sua primeira obra, intitulada  Princípios do Direito Mercantil e Leis da Marinha para uso da mocidade portuguesa, que compreende o seguro matítimo, as avarias, as letras de câmbio, os contratos mercantes, os tribunais e as causas de comércio.

Em 1804, publicou sua obra principal,  Princípios de economia polítca.  Ainda em 1804, escreveu as  famosas  Observações apologéticas acerca da crítica que faz contra Smith o autor das Memórias Políticas sobre as Verdadeiras Bases da Grandeza das Nações.

De 1801 a 1808, deu continuidade à obra em sete volumes, Principios de Direito mercantil e leis de marinha etc.

Em janeio de 1808, quando D. João VI desembarcou na Bahia,  José da Silva Lisboa pediu audiência para lhe propor a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (a abertura já tinha sido decidida, pela chamada “Convenção Secreta de Londres”).

O Prícipe Regente  expressou o desejo de Silva Lisboa acompanhá-lo ao Rio de Janeiro. Honrado pelo convite, Silva Lisboa chegou ao Rio no dia 7 de março e foi nomeado desembargador da Mesa de Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens.
  
Ainda em 1808, publicou, em dois volumes, as Observações sobre o comercio franco no Brasil. Em agosto, foi eleito deputado da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Estado do Brasil.

Em 1909, foi designado para organizar um código de comercio;  em 1810, foi agraciado com a Ordem de Cristo; em 1815, foi encarregado do exame das obras para impressão; em 1821, integrou a Junta de cortes para o exame das leis constitucionais a serem discutidas em Lisboa, inspetor-geral dos estabelecimentos literários e diretor dos estudos.

Admirador de D. João VI, Silva Lisboa tentou reconciliar o Brasil e Portugal, impedindo a separação. Com este objetivo fundou um jornal, O Conciliador do Reino Unido, no qual defendeu os direitos do Príncipe. Quando surgiu a impossibilidade da reconcialiação, tomou o partido de D. Pedro I  e batalhou pela independência do Brasil. Escreveu, na ocasião, As Reclamações obra de grande repercussão.

Combateu a Confederação do Equador e em 1824 publicou o Apelo à honra brasileira contra a Facção Federalista de Pernambuco.

Declarada a Independência, continuou a exercer cargos elevados e a receber distinções honoríficas. Em 1825, foi agraciado com o título de barão. Em 1826, foi elevado a Visconde com grandeza e, pouco depois, deputado e senador do Império, desembargador da Mesa do Paço e da Casa de Rogo.

Em 1832, lançou a idéia da criação de uma Universidade no Rio de Janeiro.

Sempre atualizado, acompanhou as teorias econômicas mais avançadas de sua época.

Em 1815, publicou  Memória sobre a vida de Lord Wellington; em 1818, lançou as Memórias sobre os benefícios políticos de El-Rei Dom João VI; em 1820, publicou sua inacabada História dos principais sucessos políticos do Império do Brasil.

José da Silva Lisboa  faleceu no Rio de Janeiro, em  20 de agosto de 1835, com  79 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário