sexta-feira, 21 de março de 2014

CARLOS COQUEIJO


CARLOS COQUEIJO



Carlos Coqueijo Torreão da Costa, mais conhecido como Carlos Coqueijo, jurista, professor universitário, compositor, maestro, jornalista, poeta, letrista, homem de teatro, cronista e cantor, nasceu em Salvador, no dia 5 de janeiro de 1924.  Sua mãe era exímia pianista e seu pai, médico, tocava violão. Faziam saraus, reunindo em sua residência músicos,  poetas, artistas plásticos e escritores..
Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, pela qual foi diplomado em 1945. Em 1955, formou-se em Filosofia pela Universidade Católica do Salvador. No Instituto de Música da Bahia, estudou violino, e vários outros instrumentos. 
Como  cronista, manteve colunas diárias e semanais no Jornal da Bahia e no jornal A Tarde, nos quais escreveu crônicas de viagens. Como escritor, publicou o livro intitulado “Mais dias menos dias”, com  prefácio de Jorge Amado. Como homem de teatro, escreveu e dirigiu a peça “Flor dos Vinicius de Mello de Moraes Também”, apresentada no Teatro Vila Velha, em Salvador. Como professor, lecionou Filosofia, Sociologia, Direito do Trabalho e Direito Judiciário do Trabalho, na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e na Universidade  de Brasília. Como jurista, foi Juiz do Trabalho e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Juiz do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e publicou o livro “Direito Processual do Trabalho”, que teve quatro edições, todas esgotadas (a última, em 1996. depois de sua morte). Como musicista, tocava vários instrumentos: violino, piano, órgão, escaleta, bandolim, etc. Para Jorge Amado, Carlos Coqueijo era “O numeroso Coqueijo”.
Poliglota, dominava, pelo menos, quatro  idiomas: inglês, italiano, espanhol e francês. Homem culto e estudioso, pertenceu a várias instituições, dentre as quais destacamos a Academia Brasileira de Letras Jurídicas e a  Academia Nacional do Direito do Trabalho. Presidiu o Clube de Cinema da Bahia, a Associação Atlética da Bahia e  a Fundação Teatro Villa Velha.

Recebeu diversas condecorações e manteve relacionamento com vários artistas e intelectuais: Benjamim Eurico Cruz, Carlos Drumond de Andrade, Jorge Amado, Marco Aurélio Prates de Macedo, Zélia Gattai, Charlie Bird, Henry Mancini,  Quincy Jones. Vinicius de Moraes, João Gilberto, Silvinha Telles, Nara Leão, Quarteto Em Cy, Carlos Lyra, Elis Regina, etc.

Em sua homenagem foram nomeados o Forum Trabalhista de Sorocaba (São Paulo) e logradouros públicos da mesma cidade e de Salvador.

Carlos Coqueijo faleceu, vítima de infecção hospitalar em um hospital de Salvador, no dia 20 de janeiro de 1988.
 





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