CARLOS COQUEIJO
Carlos Coqueijo Torreão da Costa, mais conhecido como Carlos
Coqueijo, jurista, professor universitário, compositor, maestro, jornalista,
poeta, letrista, homem de teatro, cronista e cantor, nasceu em Salvador, no dia
5 de janeiro de 1924. Sua mãe era exímia
pianista e seu pai, médico, tocava violão. Faziam saraus, reunindo em sua
residência músicos, poetas, artistas
plásticos e escritores..
Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de
Direito da Bahia, pela qual foi diplomado em 1945. Em 1955, formou-se em
Filosofia pela Universidade Católica do Salvador. No Instituto de Música da
Bahia, estudou violino, e vários outros instrumentos.
Como cronista, manteve
colunas diárias e semanais no Jornal da Bahia e no jornal A Tarde, nos quais
escreveu crônicas de viagens. Como escritor, publicou o livro intitulado “Mais
dias menos dias”, com prefácio de Jorge
Amado. Como homem de teatro, escreveu e dirigiu a peça “Flor dos Vinicius de
Mello de Moraes Também”, apresentada no Teatro Vila Velha, em Salvador. Como
professor, lecionou Filosofia, Sociologia, Direito do Trabalho e Direito
Judiciário do Trabalho, na Faculdade de Direito da Universidade Federal da
Bahia e na Universidade de Brasília.
Como jurista, foi Juiz do Trabalho e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho,
Juiz do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e
publicou o livro “Direito Processual do Trabalho”, que teve quatro edições,
todas esgotadas (a última, em 1996. depois de sua morte). Como musicista, tocava
vários instrumentos: violino, piano, órgão, escaleta, bandolim, etc. Para Jorge
Amado, Carlos Coqueijo era “O numeroso Coqueijo”.
Poliglota, dominava, pelo menos, quatro idiomas: inglês, italiano, espanhol e francês.
Homem culto e estudioso, pertenceu a várias instituições, dentre as quais
destacamos a Academia Brasileira de Letras Jurídicas e a Academia Nacional do Direito do Trabalho.
Presidiu o Clube de Cinema da Bahia, a Associação Atlética da Bahia e a Fundação Teatro Villa Velha.
Recebeu diversas condecorações e manteve relacionamento com
vários artistas e intelectuais: Benjamim Eurico Cruz, Carlos Drumond de
Andrade, Jorge Amado, Marco Aurélio Prates de Macedo, Zélia Gattai, Charlie
Bird, Henry Mancini, Quincy Jones.
Vinicius de Moraes, João Gilberto, Silvinha Telles, Nara Leão, Quarteto Em Cy,
Carlos Lyra, Elis Regina, etc.
Em sua homenagem foram nomeados o Forum Trabalhista de
Sorocaba (São Paulo) e logradouros públicos da mesma cidade e de Salvador.
Carlos Coqueijo faleceu, vítima de infecção hospitalar em um
hospital de Salvador, no dia 20 de janeiro de 1988.
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