Francisco Vicente Viana, 1º Barão do Rio de Contas, nasceu
em Salvador, no dia 17 de abril de 1754, sendo seus pais Frutuoso Vicente Viana
e Teresa de Jesus Gonçalves da Costa.
Foi o último presidente da província da Bahia no Brasil Colônia,
e o primeiro do Brasil Império.
Realizou os primeiros estudos em sua cidade natal,
completando-os na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito, no ano de
1773.
No mesmo ano, foi nomeado juiz de fora e dos órfãos de
Salvador e em 1779 foi nomeado ouvidor-geral e provedor da comarca da Bahia.
Em 1808, foi agraciado com o hábito de Cavaleiro da Ordem de
Cristo.
Em 1821, foi eleito presidente da Junta Provisória de
Governo da Bahia. Um de seus primeiros atos foi abolir a comissão de censura da
imprensa.
Com a chegada de Inácio Luis Madeira de Melo, comandante
das tropas portuguesas aquarteladas em
Salvador, Francisco Viacente Viana foi afastado da presidência, mas, consolidada a Independência, foi nomeado
presidente da província.
Mesmo depois da entrada das tropas libertadoras na cidade do
Salvador, em 2 de julho de 1923, a luta entre brasileiros e portugueses continuou,
no interior da província, sobretudo na região de Rio de Contas e Caetité.
Francisco
Vicente Viana assumiu o governo, tendo como missão apaziguar a Bahia, mesmo
porque entre os brasileiros havia a corrente dos federalistas que desejava para a Bahia
um governo republicano, independente do restante do país. Dentre os
defensores desta idéia, destacava-se o major Silva Castro, herói da
Independência, avô de Castro Alves, e Comandante
das Armas.
O major Silva Castro foi afastado do cargo, e substituido
por Felisberto Gomes Caldeira que acabou assassinado pelos seus comandados. O
Barão do Rio de Contas, puniu os
assassinos, enforcou alguns deles e prendeu o major Silva Castro, mandando-o
para o Rio de Janeiro para ser julgado.
Disse Arnold Wildberger que “a administração de Francisco
Vicente Viana nada apresenta de verdadeiramente marcante, por ter sido
exclusivamente empregada em manter a tranqüilidade pública, alterada por
continuados movimentos revolucionários e por constantes perseguições aos
portugueses”. “Isto, todavia, pondera Antônio Loureiro de Souza, não contribuiu
para empanar o brilho da sua vida pública. Evidenciou, aliás, a sua compreensão
política, sempre presente em todos os instantes de sua existência. E o seu nome
passou, assim, a integrara galeria dos baianos que souberam dignificar a sua
terra, pela cultura, pela estatura moral e pelo patriotismo”.
Graças ao Barão do Rio de Contas a Bahia foi pacificada e o Brasil continuou unido.
Além de Comendador da Ordem de Cristo, ele foi Oficial da
Ordem da Rosa e Barão com grandeza. Seu filho, Francisco Vicente Viana
Filho, foi o 2º Barão do Rio Contas
Concluído o mandato de presidente da província, o Barão se
recolheu à vida privada.
Faleceu em Salvador, no dia 29 de abril de 1828, com 74 anos
de idade.
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