quarta-feira, 5 de março de 2014

168- BARÃO DE RIO DE CONTAS



Francisco Vicente Viana, 1º Barão do Rio de Contas, nasceu em Salvador, no dia 17 de abril de 1754, sendo seus pais Frutuoso Vicente Viana e Teresa de Jesus Gonçalves  da Costa.

Foi o último presidente da província da Bahia no Brasil Colônia, e o primeiro do Brasil Império.

Realizou os primeiros estudos em sua cidade natal, completando-os na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito, no ano de 1773.

No mesmo ano, foi nomeado juiz de fora e dos órfãos de Salvador e em 1779 foi nomeado ouvidor-geral e provedor da comarca da Bahia.

Em 1808, foi agraciado com o hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo.

Em 1821, foi eleito presidente da Junta Provisória de Governo da Bahia. Um de seus primeiros atos foi abolir a comissão de censura da imprensa. 

Com a chegada de Inácio Luis Madeira de Melo, comandante das  tropas portuguesas aquarteladas em Salvador, Francisco Viacente Viana foi afastado da presidência, mas, consolidada a Independência, foi nomeado presidente  da província.

Mesmo depois da entrada das tropas libertadoras na cidade do Salvador, em 2 de julho de 1923, a luta entre brasileiros e portugueses continuou, no interior da província, sobretudo na região de Rio de Contas e Caetité. 

Francisco Vicente Viana assumiu o governo, tendo como missão apaziguar a Bahia, mesmo porque entre os brasileiros havia a corrente dos federalistas que desejava  para  a Bahia  um governo republicano, independente do restante do país. Dentre os defensores desta idéia, destacava-se o major Silva Castro, herói da Independência, avô de  Castro Alves, e Comandante das Armas.

O major Silva Castro foi afastado do cargo, e substituido por Felisberto Gomes Caldeira que acabou assassinado pelos seus comandados. O Barão do Rio de Contas,  puniu os assassinos, enforcou alguns deles e prendeu o major Silva Castro, mandando-o para o Rio de Janeiro para ser julgado.

Disse Arnold Wildberger que “a administração de Francisco Vicente Viana nada apresenta de verdadeiramente marcante, por ter sido exclusivamente empregada em manter a tranqüilidade pública, alterada por continuados movimentos revolucionários e por constantes perseguições aos portugueses”. “Isto, todavia, pondera Antônio Loureiro de Souza, não contribuiu para empanar o brilho da sua vida pública. Evidenciou, aliás, a sua compreensão política, sempre presente em todos os instantes de sua existência. E o seu nome passou, assim, a integrara galeria dos baianos que souberam dignificar a sua terra, pela cultura, pela estatura moral e pelo patriotismo”.

Graças ao Barão do Rio de Contas a Bahia foi pacificada e o Brasil continuou unido.

Além de Comendador da Ordem de Cristo, ele foi Oficial da Ordem da Rosa e Barão com grandeza. Seu filho, Francisco Vicente Viana Filho, foi o 2º Barão do Rio Contas

Concluído o mandato de presidente da província, o Barão se recolheu à vida privada.

Faleceu em Salvador, no dia 29 de abril de 1828, com 74 anos de idade.




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