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Baltazar da Silva Lisboa, magistrado, naturalista e
historiador, nasceu em Salvador, em 6 de janeiro de 1761, sendo seus pais
Henrique da Silva Lisboa e Helena de Jesus e Silva. É o irmão mais novo de José
da Silva Lisboa,Visconde de Cayru.
Iniciou as primeiras letras em sua cidade natal. Aos 14 anos,
foi para Portugal onde doutorou-se em direito civil e canônico, em 1783.
“Após a formatura, recebeu apoio político para seguir em
Portugal, empreender algumas viagens filosóficas e produzir trabalhos de
História Natural, pois desde cedo, em Coimbra, este naturalista havia cursado
várias disciplinas da área, simultaneamente, com seu curso de leis” (Rodrigo
Osório Pereira).
Iniciou a carreira de magistrado como Juiz de Fora, Ouvidor
da Comarca de Ilheus, e desembargador de Relações da Corte.
Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, para assumir a
presidência do Senado da Câmara. Ali se indispôs com o vice-rei Conde de
Rezende, por opor-se aos negócios ilícitos praticados pelo vice-rei e seus
acólitos. Em consequência desta atitude, tornou-se alvo de uma devassa, sob
acusação de estar envolvido em uma conspiração contra o governo. Acusaram-no de opor-se à constituição das
Cortes portuguesas e se opor à independência do Brasil.
Saindo incólome das acusações, foi distinguido pelo
Imperador D.Pedro I com o título de Conselheiro, e nomeado lente da Faculdade de
Direito de São Paulo.
Em 1797, foi nomeado Ouvidor e Juiz Conservador das Matas na
Comarca de Ilhéus, permanecendo neste cargo durante mais de vinte anos. Escreveu dez memórias, defendendo a necessidade de se defender as matas da região. A ele devemos os primeiros esforços em favor da
preservação da mata atlântica. Criou mapas,
promoveu severa fiscalização sobre a extração de madeiras e confeccionou o
primeiro Regimento dos Cortes de Madeira em nosso país (1799). Permaneceu nesta
atividade até 1822.
Como historiador, escreveu, nos anos de 1834 a 1835, os “Anais
do Rio de Janeiro”, com informações importantes sobre geografia e história. De sua autoria são, também, os “Apontamentos
para a história eclesiástica do Rio de Janeiro”, publicado em 1840.
Baltazar da Silva Lisboa foi condecorado com a comenda da
Ordem de Cristo. Foi membro da Academia Real das Ciências de Lisboa, do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade Literária do Rio de Janeiro.
Rodrigo Osório Pereira, para dissertação de mestrado
defendida na Universidade Estadual de Feira de Santana, realizou minuciosa pesquisa sobre a vida e a obra de
Baltazar da Silva Lisboa. Nesta pesquisa afirma que Baltazar é o naturalista de
maior visibilidade na historiografia brasileira.
Este jurista, naturalista e historiador baiano foi objetivo de estudo por parte de Ana Paula dos
Santos Lima. Seu maior biógrafo, todavia, é o seu sobrinho, Bento da Silva
Lisboa.
Baltazar da Silva Lisboa faleceu no Rio de Janeiro, em 1840
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