JUAREZ PARAISO
Juarez Marialva Tito Martins Paraíso, mais conhecido como
Juarez Paraíso, pintor, cenógrafo, gravador, publicitário, fotógrafo,
decorador, figurinista, desenhista,
professor e crítico de arte, nasceu em Arapiranga, Bahia, no ano de 1934.
Juarez Paraiso “é
artista gráfico de todas as técnicas (xilogravura, metal, serigrafia, offset) e
pintor de todas as tintas (do pincel à pistola): é um artista completo.”
(Gutemberg Moura).
Quanto completou 4 anos de idade, seus pais mudaram-se para
Salvador, e em Salvador lhe propiciaram as primeiras letras. Sua mãe era exímia tocadora
de bandolim e seu pai era professor.
Aos 14 anos, ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia,
onde foi aluno de Raymundo Aguiar,
Alberto Valença, Emídio Magalhães e Mendonça Filho.
Aos 16 anos, começou a carreira do magistério, ensinando
desenho. Aos 20 anos, lecionou didática especial de desenho e desenho de modelo
vivo e logo em seguida formou-se em pintura, gravura e escultura.
Formado, começou a lecionar na Universidade Federal da Bahia
onde, alguns anos depois, assumiu a direção da Escola de Belas Artes.
Tornou-se crítico de artes plásticas, e como tal colaborou
no jornal “Diário de Notícias”.
Em 1955 e 1968, realizou as bienais de artes plásticas na
Bahia, . A partir de 1975, dedicou-se à fotografia, desenho, tapeçaria e
murais.
Em 1984, executou o painel da Biblioteca Central da UFBa e na
década de 90 ilustrou os poemas “Bandido Negro” e “Saudações a Palmares”, no
livro “Castro Alves:Poesias”.
Desde a juventude demonstrou grande interesse pelas
histórias de quadrinhos, muito particularmente as referentes a Flash Gordon,
Tarzan, Príncipe Valente e Spirit (o que se refletiu em seus trabalhos
posteriores).
Era um idealista. Tomou parte ativa na fundação de uma associação
de artistas modernos e de um sindicato, além de lutar pela regulamentação da
profissão. Fez diversos murais, monumentos, esculturas e decorações de
Carnaval. No cinema, interpretou Pedro Arcanjo, no filme “Tenda dos Milagres”,
dirigido por Nélson Pereira dos Santos.
Além de realizar exposições na Bahia e em outros estados,
realizou mostras de sua arte no Peru, Espanha, Chile e Estados Unidos, onde
seus trabalhos em pintura, desenho, fotografia, serigrafia, gravura e tapeçaria
foram muito apreciados.
Em 1996, tendo concluído seu mandato de diretor da Escola de
Belas Artes, aposentou-se, e recebeu o título de Professor Emérito da UFBa.
Jorge Amado descreveu Juarez Paraiso, dizendo que ele é...”é
solidário com a vida, com a luta do homem, com as vocações violentas, e com os
jovens; é armado em guerra contra a injustiça, a miséria, as limitações, contra
tudo quanto lhe parece feio e mau; é solidário com seu tempo, sua terra, seu
povo e seus artistas; é generoso, militante, solidário promotor de cultura,
criador vário e inquieto, que não se parece com nenhum outro”.
Gutemberg Moura disse que Juarez é “temido e odiado pelos
acadêmicos, rejeitado pelos medalhões e amado por seus alunos. Ele faz parte da
segunda geração de artistas baianos modernos”.
Matilde Matos sentencia: “Artistas talentosos, há muitos.
São raros os que fazem da arte a razão primordial de suas vidas e se dedicam em
pensamentos, palavras e obras à sua evolução. Entre esses, com a capacidade de
liderar movimentos que provocam mudanças no espaço da arte, destaca-se um em
privilegiadas gerações. Da que surgiu nos anos 60, esse artista é Juarez
Paraíso. Juarez Marialva Tito Martins Paraíso nasceu sob o signo de Virgem e
seu santo é Oxossi. Acredita no amor, na solidariedade e no homem”.
FONTE: Blog do Gutemberg. Disponível em http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/
Acesso em 13 de março de 2014.
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