JORGE AMADO
Jorge Leal Amado de Faria, mais
conhecido como Jorge Amado, nasceu em Itabuna, no dia 10 de agosto de 1920.
Nasceu na Fazenda Auricídia, no município
de Ilhéus (depois, município de Itajuípe). Seu registro de nascimento foi lavrado
no povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.
Em 1921 seus pais se estableceram
em Ilhéus, em Ilhéus Jorge Amado viveu grande parte de sua infância.
Concluídos os estudos
preparatórios, foi para o Rio de Janeiro para estudar Direito na Faculdade
Nacional de Direito, centro de intensa atividade política, com de influência
comunista.
No Rio o estudante Jorge Amado,
premido pelos ideais da mocidade acadêmica, tornou-se jornalista de esquerda.
Interessou-se, a partir daí, pelos problemas ligados às injustiças sociais, o
folclore, as crenças, costumes e tradições do povo brasileiro.
Sua produção literária é imensa e
é considerada a mais significativa da moderna ficção brasileira.
Em 1945 foi eleito deputado
federal. Como deputado foi o autor da emenda que garantiu a liberdade
religiosa. Outra emenda de sua autoria, garantiu os direitos autorais.
Em consequência de sua atividade,
na época considerada subversiva, foi exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a
1942), na Fraça (1948 a 1950) e na Tchecoslováquia (1951 a 1952).
Por todo a parte por onde andou,
nunca deixou de ser escritor. Publicou 49 romances. É um dos autores
brasileiros mais lidos em todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho.
Seus livros estão traduzidos em
49 idiomas e dialetos, editados em 55 países.
Muitos dos seus romances foram
adaptados à televisão, ao cinema e ao teatro, sob a forma de mini-séries,
filmes de long metragem, peça teatrais e novelas, todos considerados eles
considerados autênticos sucessos: “Tieta do Agreste”, “Gabriela, Cravo e
Canela”, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e
“Tenda dos Milagres”.
Outros romances froam transformados
em temas de escolas de samba. Alguns chegaram a ser divulgados em braille e
fitas apropriadas para deficientes auditivos
e visuais.
A despeito de ser materialista, Jorge
Amado simpatizava com o candoblé, era Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá e tinha
forte relação de amizade com Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois,
Mãe Stela de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa, além
de muitos pais de santos.
Jorge Amado recebeu vários
prêmios e honrarias, na Rússia, França, Itália, Bulgária e outros países, além
do Brasil.
Em 6 de abril de 1961 foi eleito
para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 23, cujo patrono é
José de Alencar. Sobre a Academia de Letras publicou “Farda, fardão, camisola
de dormir”, onde critica o formalismo acadêmico e a senelidade de alguns de seus
membros.
Jorge Amado manteve
correspondência com várias personalidades. Mais de cem mil páginas em vias de
catalogação estão guardadas no acervo da “Fundação Casa de Jorge Amado”, em
Salvador. Segundo a poetisa Myriam Fraga, Presidente da Fundação, tais cartas, de acordo com recomendação expressa de Jorge
Amado, só poderão ser divulgadas cinquenta anos após a morte do escritor. Da
correspondência constam relatos de grandes escritores, poetas e intelectuais de
vários países, tais como Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade,
Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato, Gilberto Freire, Pablo Neruda,
Gabriel Garcia Márquez, José Saramago, Juscelino Kubitschek, Frrançois
Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.
Segue, por ordem cronológica, a
relação das obras de Jorge Amado:
País do Carnaval, romance (1930).
Cacau, romance (1933)
Suor, romance (1934)
Jubiabá, romance (1935)
Mar morto, romance (1936)
Capitães de areia, romance (1937)
A estrada do mar, poesia (1938)
ABC de Castro Alves, biografia
(1941)
O cavaleiro da esperança,
biografia (1942)
Terras do Sem-Fim, romance (1943)
São Jorge dos Ilhéus, romance
(1944)
Bahia de Todos os Santos, guia
turístico (1945)
Seara Vermelha, romance (1946)
O amor de soldado, teatro (1947)
O mundo da pas, viagens (1951)
Os subterrâneos da liberdade,
romance (1954)
Gabriela, caravo e canela,
romance (1958)
A morte de Quincas Berro d´Agua,
romance (1961)
Os velhos marinheiros ou o
capitão de longo curso, romance (1961)
Os pastores da noite, romance
(1964)
O Compadre de Ogum, romance
(1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos,
romance (1966)
Tenda dos milagres, romance
(1969)
Teresa Batista cansada de guerra
(1972)
O gato malhado e a andorinha
Sinhá, livro infantil (1976)
Tieta do Agreste, romance (1977)
Farda, fardão, camisola de
dormir, romance (1979)
O recente milagre dos pássaros,
contos (1979)
O menino grapiúnca, memórias
(1982)
A bola e o goleiro, livro
infantil (1984)
Tocaia grande, romance (1984)
O sumiço da santa, romance (1988)
Navegação de cabotagem, memórias
(1992)
A descoberta da América pelos
turcos, romance (1994)
Do recente milagre dos pássaros,
fábula (1997)
Hora da Guerra, crônicas (2008)
Jorge Amado faleceu em Salvador,
no dia 6 de agosto de 2001.
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