ERNESTO
CARNEIRO RIBEIRO
Nasceu
em Itaparica, no dia 12 de setembro de 1839.
Em
sua cidade natal, aprendeu os primeiros fundamentos educacionais.
Em
Salvador, no Liceu Provincial, realizou os estudos preparatórios.
Ingressou
na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual diplomou-se em 1864.
Ainda
estudante, dedicou-se ao magistério, ensinando no Ginásio Baiano (de Abílio
César Borges) e em outros estabelecimentos de ensino.
Em
1874, fundou o Colégio da Bahia, o qual, durante quase dez anos, prestou grande
serviço à mocidade baiana.
Médico,
homem de letras, filólogo de grandes conhecimentos, e educador, foi pioneiro, no
Brasil, de uma gramática fundamentada na “língua falada”.
Em
1871, depois de haver realizado concurso para professor de língua francesa no
Liceu Provincial, candidatou-se à cadeira de Gramática Filosófica, sendo
aprovado, após brilhante parecer da banca examinadora.
Em
1874, fundou o “Ginásio Carneiro Ribeiro”, do qual foi diretor por cerca de
trinta e seis anos. Seus filhos o sucederam, dando continuidade ao famoso
educandário.
Entre
seus alunos famosos, destacamos Ruy Barbosa, Euclides da Cunha e Rodrigues
Lima.
Em
1890, publicou o seu famoso “Serões Gramaticais”, obra monumental que honra a
língua portuguesa.
“No ano de 1902, Carneiro
Ribeiro foi incumbido foi incumbido, por J. J.
Seabra, de realizar a revisão do Projeto de Código Civil, apresentado
por Clóvis
Beviláqua que pela primeira vez iria viger no Brasil - então regido
por antigas e esparsas leis das Ordenações. Para tanto, foi-lhe dado o prazo de
apenas quatro dias - que cumpriu, de forma lapidar.
Por razões políticas - Seabra era antigo desafeto e adversário político,
na Bahia - Ruy Barbosa engendrou ali uma importante polêmica, que serviu para
revelar o profundo conhecimento filológico de Carneiro Ribeiro, refutando as críticas do ex-aluno
O estudioso expôs e defendeu a normatização de peculiaridades do idioma
português, falado no Brasil - diferente das gramáticas então existentes - sendo
neste particular o pioneiro no país” .
Carneiro
Ribeiro e Ruy Barbosa travaram longo e acalorado debate, onde houve réplica e
tréplica, sendo o assunto comentado em todo o país.
“O
grande mestre e educador baiano não fez mais, em toda a sua existência, que
justificar o conceito de Spencer: preparar os indivíduos para os deveres da
vida. Porque, além de ser mestre da inteligência, foi, ao mesmo tempo, lapidário
das almas em formação, com os seus ensinamentos, com o seu apostolado, com o seu
exemplo, com a sua vida toda dedicada à luta pelo ensino e à prática das mais
alevantadas ações”
.
Faleceu
em sua terra natal, em 13 de novembro de 1920, com oitenta e um anos de
idade.
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