Antônio Frederico de Castro
Alves, mais conhecido como Castro Alves, nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete
léguas da vila de Nossa Senhora da Conceição de “Curralinho” (hoje município de
Castro Alves), no dia 14 de março de 1847.
Seus pais foram Antônio José
Alves (professor da Faculdade de Medicina da Bahia) e Cecília Brasília Castro.
No lar em que viveu, foi
envolvido por um ambiente de grande inspiração
literária.
Sua mãe, acometida de
tuberculose, faleceu em 1959, deixando-o com 12 anos de idade.
Seu pai casou-se 3 anos depois,
com Maria Rosário Guimarães.
Em 1863, Castro Alves ingressou
na Faculdade de Direito do Recife e produziu suas primeiras poesias. Tornou-se
um tribuno requisitado pelas sessões literárias, nos teatros e em toda a parte
onde fervilhava a juventude.Seus versos e discursos criaram em torno da sua pessoa uma aréola de fama e prestígio.
Dizem as crônicas que Castro
Alves era “um belo rapaz, de porte esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos,
negra e basta cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a
multidão, impondo-se à admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres”.
De sua inteligência privilegiada
brotaram os mais belos versos da literatura brasileira e os mais belos poemas de
nossa história.
Ao chegar no Recife, apaixonou-se
por Eugênia Câmera, atriz portuguesa que se apresentava no Teatro Santa Izabel.
Em maio de 1863, publicou seu
primeiro poema contra a escravidão: “A canção do africano”. Naquele ano sentiu
que estava tuberculoso: teve a sua primeira hemoptise.
Em maio de 1865, recitou “O Sábio”
na Faculdade de Direito e se lançou nos braços de outra amante, Idalina.
Em agosto do mesmo ano,
alistou-se no Batalhão Acadêmico de Voluntários. Aspirava ir para a Guerra do Paraguai. O desejo, por motivo de saúde, não se realizou.
Em dezembro, voltou para Salvador. Seu pai morreu logo em
seguida.
Refeito do abalo emocional,
regressou para Recife e fundou, com Ruy Barbosa e outros amigos, uma sociedade
abolicionista.
Viveu, então, uma intensa fase de
produção literária, dicada às grandes
causas sociais do seu tempo: a abolição da escravatura e a República.
É desta época a conclusão de seu
drama “Gonzaga” (também conhecido como “Revolução de Minas”).
Em maio do mesmo ano, partiu para
Salvador em companhia de Eugênia Câmara, e no dia 7 de setembro declamou vários
versos, no Teatro São João. Arrancou incontida
ovação e saiu do teatro nos braços do povo, em verdadeiro em triunfo.
Em janeiro de 1868, foi para o
Rio de Janeiro, com Eugênia Câmara. No Rio foi recebido por José de Alencar e visitado
por Machado de Assis. A imprensa divulgou o fato e o considerou grande poeta.
Em março, rumou para São Paulo.
Levou consigo Eugênia Câmara, Decidiu
continuar o de Direito na Faculdade daquela cidade, matriculando-se no terceiro
ano.
Na capital paulista publicou poemas
líricos e heroicos, quase todos declamados em festas literárias, com imensa
repercussão.
Aclamado por intelectuais e
homens públicos do porte de Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues
Alves, Bias Fortes, Tobias Barreto, Constâncio Alves, Euclides da Cunha, Martins
Cabral e Salvador Mendonça, sagrou-se como o maior poeta do Brasil.
Em 7 de setembro de 1868,
recitou, pela primeira vez, “O Návio Negreiro”. Foi outra apoteose.
Em agosto de 1868, rompeu com
Eugênia Câmara.
Pouco depois, na tarde de 11 de
novembro, acidentou-se, durante uma caçada, na várzea do Brás. Com um tiro disparado pela espingarda, feriu o
pé.
Dessa triste ocorrência, resultou
longa e penosa enfermidade.
Em março de 1869, matriculou-se no
quarto ano do curso jurídico.
A 20 de maio do mesmo ano, tendo
se agravado o estado de saúde, viajou para o Rio de Janeiro, onde, em
consequência de grave processo infeccioso, amputou o pé esquerdo, sem o efeito
do anestésico.
Em 31 de outubro assistiu, pela
última vez, no Teatro Fênix, uma representação de Eugênia Câmara.
Um mês depois, voltou para
Salvador.
Em seguida, abatido pela
tuberculose, triste e mutilado, procurou o consolo da família.
Recolheu-se na fazenda Santa
Izabel, em Itaberaba.
Em setembro, regressou e leu,
para um grupo de amigos, “A Cachoeira de Paulo Afoso”.
Pouco depois, lançou “Espumas
Flutuantes”.Em 10 de fevereiro de 1871 fez sua última aparição em público, ocasião em que realizou uma récita beneficiente.
O grande poeta, o maior do
Brasil, faleceu às três e meia da tarde, no solar da família, no bairro do
Sodré, em Salvador, em 6 de julho de 1871.
Castro Alves é patrono da cadeira
7 da Academia de Letras.
De sua bibliografia constam:
Espumas Flutuantes (1870)
A Cachoeira de Paulo Afonso
(1876)
Os Escravos (1883)Hinos do Equador
Tragédia no Mar
Navio Negreiro 1869)
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