quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CASTRO ALVES






 


 

 

Antônio Frederico de Castro Alves, mais conhecido como Castro Alves, nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas da vila de Nossa Senhora da Conceição de “Curralinho” (hoje município de Castro Alves), no dia 14 de março de 1847.
Seus pais foram Antônio José Alves (professor da Faculdade de Medicina da Bahia) e Cecília Brasília Castro.

No lar em que viveu, foi envolvido por  um ambiente de grande inspiração literária.
Sua mãe, acometida de tuberculose, faleceu em 1959, deixando-o com 12 anos de idade.

Seu pai casou-se 3 anos depois, com Maria Rosário Guimarães.
Em 1863, Castro Alves ingressou na Faculdade de Direito do Recife e produziu suas primeiras poesias. Tornou-se um tribuno requisitado pelas sessões literárias, nos teatros e em toda a parte onde fervilhava a juventude.
Seus versos e discursos criaram em torno da sua pessoa uma aréola de fama e prestígio.

Dizem as crônicas que Castro Alves era “um belo rapaz, de porte esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos, negra e basta cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a multidão, impondo-se à admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres”.
De sua inteligência privilegiada brotaram os mais belos versos da literatura brasileira e os mais belos poemas de nossa história.

Ao chegar no Recife, apaixonou-se por Eugênia Câmera, atriz portuguesa que se apresentava no Teatro Santa Izabel.
Em maio de 1863, publicou seu primeiro poema contra a escravidão: “A canção do africano”. Naquele ano sentiu que estava tuberculoso: teve a sua primeira hemoptise.

Em maio de 1865, recitou “O Sábio” na Faculdade de Direito e se lançou nos braços de outra amante,  Idalina.
Em agosto do mesmo ano, alistou-se no Batalhão Acadêmico de Voluntários. Aspirava  ir para a Guerra do Paraguai. O desejo,  por motivo de saúde,  não se realizou.

Em dezembro, voltou  para Salvador. Seu pai morreu logo em seguida.
Refeito do abalo emocional, regressou para Recife e fundou, com Ruy Barbosa e outros amigos, uma sociedade abolicionista.

Viveu, então, uma intensa fase de produção literária, dicada  às grandes causas sociais do seu tempo: a abolição da escravatura e a República.
É desta época a conclusão de seu drama “Gonzaga” (também conhecido como “Revolução de Minas”).

Em maio do mesmo ano, partiu para Salvador em companhia de Eugênia Câmara, e no dia 7 de setembro declamou vários versos, no Teatro São João. Arrancou  incontida ovação e saiu do teatro nos braços do povo, em verdadeiro em triunfo.
Em janeiro de 1868, foi para o Rio de Janeiro, com Eugênia Câmara. No Rio foi recebido por José de Alencar e visitado por Machado de Assis. A imprensa divulgou o fato e o considerou grande poeta.

Em março, rumou para São Paulo. Levou consigo Eugênia Câmara,  Decidiu continuar o de Direito na Faculdade daquela cidade, matriculando-se no terceiro ano.

Na capital paulista publicou poemas líricos e heroicos, quase todos declamados em festas literárias, com imensa repercussão.
Aclamado por intelectuais e homens públicos do porte de Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Bias Fortes, Tobias Barreto, Constâncio Alves, Euclides da Cunha, Martins Cabral e Salvador Mendonça, sagrou-se como o maior poeta do Brasil.

Em 7 de setembro de 1868, recitou, pela primeira vez, “O Návio Negreiro”. Foi outra apoteose.
Em agosto de 1868, rompeu com Eugênia Câmara.

Pouco depois, na tarde de 11 de novembro, acidentou-se, durante uma caçada, na várzea do Brás.  Com um tiro disparado pela espingarda, feriu o pé.
Dessa triste ocorrência, resultou longa e penosa enfermidade.

Em março de 1869, matriculou-se no quarto ano do curso jurídico.
A 20 de maio do mesmo ano, tendo se agravado o estado de saúde, viajou para o Rio de Janeiro, onde, em consequência de grave processo infeccioso, amputou o pé esquerdo, sem o efeito do anestésico.

Em 31 de outubro assistiu, pela última vez, no Teatro Fênix, uma representação de Eugênia Câmara.
Um mês depois, voltou para Salvador.

Em seguida, abatido pela tuberculose, triste e mutilado, procurou o consolo da família.
Recolheu-se na fazenda Santa Izabel, em Itaberaba.

Em setembro, regressou e leu, para um grupo de amigos, “A Cachoeira de Paulo Afoso”.
Pouco depois, lançou “Espumas Flutuantes”.

Em 10 de fevereiro de 1871 fez sua última aparição em público, ocasião em que realizou uma récita beneficiente.

O grande poeta, o maior do Brasil, faleceu às três e meia da tarde, no solar da família, no bairro do Sodré, em Salvador, em 6 de julho de 1871.
Castro Alves é patrono da cadeira 7 da Academia de Letras.

De sua bibliografia constam:
Espumas Flutuantes (1870)

A Cachoeira de Paulo Afonso (1876)
Os Escravos (1883)

Hinos do Equador

Tragédia no Mar

Navio Negreiro 1869)

 
==============================================

ENTRE NO GOOGLE, DIGITE "MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E SERGIPE" E TENHA ACESSO A CENTENAS DE BIOGRAFIAS


























AUMENTE SEUS CONHECIMENTOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário