FRANCISCA PRAGUER FRÓES
Nasceu em 21 de outubro de 1872,
na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, sendo seu pais Henrique Práguer
(imigrante croata) e Francisca Rosa Barreto Práguer.
Teve primorosa educação e
demonstrou, desde criança inteligência privilegiada.
Vencendo o preconceito da época,
segundo o qual era vedado às mulheres o exercício da medicina, matriculou-se na
Faculdade de Medicina da Bahia, colando o grau de doutora em Medicina, no ano
de 1893.
Dentre seus colegas de turma
destacamos Gonçalo Moniz Sodré de Aragão e João Gonçalves Martins, futuros
professores da Faculdade.
Para conseguir seu intento, lutou
contra a objeção da família, a qual argumentava que a “Medicina é profissão de
homem, e não de mulher”.
Efetivamente, a primeira médica
do Brasil foi Rita Lobato Velho Lopes, gaúcha, diplomada pela Faculdade de
Medicina da Bahia, em 1887.
A Faculdade de Medicina da Bahia,
no período de 1888 a 1893, diplomou mais três médicas: Amélia Pedrosa Benebien
(cearense),1890; Efigênia Veiga (baiana), em 1890 e Glafira Correia de Araújo
(baiana), 1892.
Francisca Práguer Fróes foi a
quinta médica formada pela tradicional casa de ensino, primaz do Brasil.
Ainda estudante, em 1892, foi
interna da enfermaria de partos, na Santa Casa de Misericórdia.
Diplomada, exerceu a clínica
obstétrica, na Maternidade Climério de Oliveira.
Casou-se com João Américo Garcês
Fróes, também médico diplomado na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1895. O
Dr. Garcês Fróes conquistou, por concurso, anos depois, a cátedra de Clínica
Médica e criou a cadeira de Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Uma vez casada, Francisca Práguer
Fróes, além de exercer a especialidade obstétrica, iniciou a luta contra as
limitações impostas às mulheres..
Foi a primeira mulher, na Bahia,
a dirigir um Serviço de Obstetrícia.
Redatora da Gazeta Médica da
Bahia, publicou vários artigos científicos, abordando temas como o parto, a
gravidez assistida e as doenças sexualmente transmitidas.
Em 1895, com vinte e três anos de
idade, apresentou à Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia, um trabalho
fundamentado em sua própria experiência: “Observação de um caso de gravidez
extra-uterina abdominal”.
A partir de 1903, começou a
defender, publicamente, a emancipação feminina. Naquele ano publicou, na Gazeta
Médica da Bahia, um artigo, verdadeiro libelo contra o preconceito, exigindo
que as mulheres tivessem o mesmo direito dos homens, nas Faculdades de
Medicina.
Sua luta em favor do feminismo
repercutiu em todo o estado, bem como no restante do país.
Nos idos de 1917, defendeu o
divórcio, publicando um artigo altamente polêmico.
Ao longo de trinta anos, não
mediu esforços no sentido de romper os códigos hegemônicos, e convencer o
Brasil sobre a necessidade de emancipar a mulher.
Em 1931, foi eleita presidente da
União Universitária Feminina, e colaborou intensamente com a Federação
Brasileira pelo Progresso Feminino.
Médica e líder feminista, ganhou
fama nacional, sendo citada em todos os rincões do país.
Faleceu em 1931, quando
participava do Segundo Congresso Internacional Feminista.
Quanta importância tem e teve a trajetória desta ilustre mulher na vida de todas as brasileiras.
ResponderExcluirQue grande exemplo de inteligência e humanismo!
Amei conhecer um pouquinho da sua história!
Quanta importância tem e teve a trajetória desta ilustre mulher na vida de todas as brasileiras.
ResponderExcluirQue grande exemplo de inteligência e humanismo!
Amei conhecer um pouquinho da sua história!
Márcia Basañez