CIPRIANO BARATA
Cipriano José Barata de Almeida, mais conhecido como Cipriano Barata, nasceu em Salvador, no dia 27
de setembro de 1762, sendo seus pais o tenente português Raimundo Nunes Barata e
Luiza Josefa Xavier (brasileira).
Ingressou na Universidade de
Coimbra, em 1786, diplomando-se em Filsofia e Medicina, pela mesma universidade.
Em Coimbra, foi contemporâneo
de José Bonifácio de Andrada e Silva, de José Egídio Alves de Almeida (futuro
secretário particular de D. João VI, de Manuel Câmara Bittencourt (futuro
intendente dos diamantes, em Minas Gerais).
Ardoroso patriota, consta que
só usava roupas confeccionadas com tecido vindo do Brasil.
Foi membro ativo da Revolução
Pernambucana, em 1817.
Em 1821, eleito, pela
Bahia, deputado às Cortes, em Lisboa,
revelou-se partidário da independência do Brasil, o que motivou a fúria de seus
colegas portugueses.
Regressando ao Brasil, fixou
residência em Pernambuco. Desenvolveu grande atividade política, utilizando para
isso a Gazeta de Pernambuco e o jornal “Sentinela da Liberdade”, ( por ele
fundado, em abril de 1822).
Durante o tempo em que militou
na imprensa pernambucana, denunciou as tendências absolutistas de D. Pedro
I.
Liderou a resistência às
forças portuguesas, comandadas pelo General Madeira, da qual resultou a vitória
do Exército Libertador, em 2 de julho de 1823.
Proclamada a independência do
Brasil, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte, pela Bahia. Eleito,
preferiu continuar na redação do Sentinela, em Pernambuco. Utilizando um
discurso combativo e agressivo, posicionou-se a favor das idéias republicanas e
da autonomia das províncias. Assim sendo, foi preso, em novembro de 1823, e
confinado na fortaleza de Brum, em Recife.
Solto, continuou com a mesma
postura, utilizando para isso, a imprensa clandestina.
Novamente preso, foi conduzido
para a Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde permaneceu de 1823 até
1830.
Quando deixou a prisão, tinha
mais de setenta anos de idade.
Abolicionista convicto, foi um
dos primeiros a defender a libertação dos escravos.
Ao sair da Fortaleza de Santa
Cruz, abandonou a política e passou a ensinar francês, em Natal, no Rio Grande
do Norte.
Faleceu, naquela cidade, em 7
de junho de 1838.
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