ANA NERY
Ana Justina Ferreira Neri, mais
conhecida como Ana Nery, nasceu em Cachoeira, no dia 13 de dezembro de 1814,
sendo seus pais José Ferreira de Jesus e Luísa Maria das Virgens.
Casou-se com o capitão-de-fragata
Isidoro Antônio Nery, que morrreu em 1834, deixando-a com três filhos.
Em dezembro de 1864, quando teve
início a Guerra do Paraguai, ela e o marido seguiram para o campo de batalha.
Ana Nery escreveu uma carta ao
Presidente da Provínica pedindo autorização
para acompanhar dois de seus filhos que eram oficiais do Exército, e o
irmão (que era major), durante a guerra, a fim de prestar serviço nos hospitais
de sangue.
Deferido o pedido, partiu de Salvador incorporada ao décimo
batalhão de voluntários, em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira.
Começou trabalhando no hospital
de Corrientes, onde existia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados
e algumas freiras vicentinas. Mais tarde, assistiu os feridos em Salto,
Humaitá, Curupaiti e Assunção
Em Assunção instalou, com seus
próprios recursos, na casa onde morou em Montevideo, uma enfermaria modelar e
alí trabalhou até o fim da guerra e alí assistiu a perda de seu filho
Justiniano e de um sobrinho, ambos a serviço da Pátria.
Terminado o conflito, regressou
para Cachoeira, ocasião em que recebeu grande homenagem por parte dos
conterrâneos.
O governo imperial reconheceu
seus serviços e condecorou-a com a Medalha Geral de Campanha e a Medalha
Humanitária, primeira classe. O Imperador concedeu uma pensão vitalícia, com a
qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai.
Seu retrato de corpo inteiro,
obra de Vitor Meireles, figura em lugar de honra no paço muicipal de Salvador.
A pioneira da enfermagem no
Brasil faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio de 1880, aos 66 anos de
idade.
A primeira escola de enfermagem
do Brasil, fundada por Carlos Chagas em
1923, recebeu o seu nome e em 1938 o
presidente Getúlio Varbas criou, pelo Decreto 2.956, o “Dia do Enfermeiro”, a
ser comemorado no dia 12 de maio, com a recomendação de nessa data serem
prestadas, em todos os hospitais e escolas de enfermagem, homenagens especiais à
memória da heroínca baiana.
Por força da Lei 12.105, de 2 de
dezembro de 2009. Ana Justina Ferreira Nery entou para o livro dos Heróis da
Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
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