REITOR EDGARD DO REGO SANTOS
Nasceu em 8 de Janeiro de 1894, em
Salvador, sendo seus pais João Pedro Santos e Amélia Rego Santos.
Concluídos os estudos preparatórios,
matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual colou o grau de
doutor em Medicina, em 1917.
Na cerimônia de formatura, Edgard
Santos foi o orador oficial dos doutorandos.
Após a conclusão do curso médico, foi
para São Paulo, onde especializou-se em Cirurgia.
Ao retornar a Salvador, em 1922,
assumiu a direção do Pronto Socorro. e ingressou na carreira docente. Regeu,
interinamente, por duas vezes, a cátedra de Patologia Cirúrgica (em 1925 e em
1926).
Em 1927, foi aprovado no concurso,
para provimento da cátedra de Patologia Cirúrgica. Em 1933, foi transferido para
Clínica Cirúrgica.
Após o concurso, seguiu para a
Europa, em viagem de estudos, ocasião em que freqüentou os melhores serviços de
cirurgia de Paris, Lion e Berlim.
De regresso à Bahia, promoveu notável
renovação do Serviço do Pronto Socorro e construiu o Hospital Getúlio Vargas,
no Bairro do Canela.
No Hospital Espanhol, realizou
trabalho semelhante, de construção e renovação.
Criada a Universidade da Bahia, em
1946, foi eleito Reitor.
A partir de então, iniciou uma
administração sem paralelo na história da universidade, obra verdadeiramente
ciclópica, motivo pelo qual foi reconduzido, por vários mandatos sucessivos.
Doutor Honoris Causa das
Universidades de Coimbra e Lisboa, recebeu inúmeras honrarias, por parte de
diversas instituições científicas e culturas, do Brasil e do exterior.
Em 1954, foi nomeado Ministro da
Educação, no Governo do Presidente Vargas.
Em 1961, por ocasião de organizar-se
a lista para a indicação dos candidatos a Reitor, “havia assumido a
Presidência da República o senhor Jânio Quadros. Temperamental, instável nas
suas posições e atitudes, foi modelo de insinceridade no exercício de funções
públicas. Mais uma vez foi a lista constituída com Edgard eleito no primeiro
escrutínio, com a quase unanimidade dos votos. Encaminha a indicação do
Conselho Universitário à Presidência da República, não se fez esperar o
responsável pela nomeação. Escolheu o segundo nome da lista.
Aos 67 anos, passou Edgard pela maior
decepção da sua vida pública. O mandato que lhe foi negado terminaria quando ele
completasse setenta anos. Seria o último, porque logo teria de aposentar-se por
implemento de idade. E tinha se preparado para fechar com chave de ouro a sua
gestão.” (Roberto Santos).
O reitor inigualável “recolheu-se
à sua própria casa, onde passava praticamente todas as horas do dia, lendo,
recebendo amigos, falando ao telefone e ocupado com a extensa correspondência”
(Ibidem).
Foi nomeado para o Conselho Federal
de Educação, do qual foi eleito, por unanimidade, Presidente.
Edgard Santos faleceu em 3 de junho
de 1962.
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