HENRIQUETA CATHARINO
FOTO DE 1909
Henriqueta Martins Catharino
nasceu em Feira de Santana, no dia 12 de dezembro de 1886, sendo seus pais o
rico comerciante e industrial Bernardo Catharino, português que emigrou ainda
jovem para o Brasil, e Úrsula Costa Catharino, pertencente a uma tradicional família baiana.
Seu pai, em certa altura do
século XX, foi considerado o maior empresário da Bahia.
Filha de família de grande
recurso financeiro, Henriqueta Catharino teve a melhor educação possível, em uma
época em que as mulheres geralmente não estudavam.
Foi educada em casa, ao modo do costume francês, predominante na época. Recebeu aulas de conhecimentos gerais, línguas, música, pintura, princípios morais e religião.
Suas preceptoras foram as
professoras Cândida Campos de Carvalho e Louise Von Schiller. Além de ampla
cultura geral, Henriqueta aprendeu francês, inglês e alemão.
Seus professores de piano foram
Maria Eulina e Sílvio Fróes. O de artes foi Vieira de Campos.
Realizou várias viagens à Europa,
visitando grandes centros culturais do Velho Mundo, sobretudo Paris.
Foi, com a médica Francisca
Praguer Fróes, grande feminista. Enquanto Francisca Praguer Fróes lutava pela
ampliação dos direitos civis da mulher, Henriqueta pelejou pela inserção da
mulher baiana no mercado de trabalho.
Aos 30 anos de idade, ou pouco
menos, fundou em Salvador uma biblioteca, denominada “Propaganda da Boa Leitura”
e as chamadas “tardes de costura”. Nas tardes de cultura as senhoras baianas,
enquanto costuravam, realizavam atividade filantrópica.
Em 1923 criou, com o Monsenhor
Flaviano Osório Pimentel, a “Casa de São
Vicente”, núcleo que originou a “FUNDAÇÃO
INSTITUTO FEMININO DA BAHIA”, obra extraordinária de uma grande mulher.
No Instituto Feminino da Bahia
Henriqueta Catharino abrigou, em diversas sedes, adquiridas com a herança que
recebeu de sua mãe (falecida em 1924) e, depois, com a de seu pai, a mocidade feminina da Bahia e de
estados vizinhos.
Várias coleções foram doadas, e
objetos objetos foram adquiridos pelo Instituto Feminino da Bahia, o qual abrigou,
durante muitos anos, as jovens que para ali afluíram, em busca de educação
informal sob a forma de cursos livres e atividades de cunho cultural.
A instituição abriga, dois museus, além de preciosa biblioteca.
Várias famílias de Sergipe, e de
outros estados, enviaram suas filhas para se hospedarem no Instituto Feminino
da Bahia, enquanto cursavam estabelecimentos de ensino superior na capital
baiana.
Alguns espaços do Instituto podem
ser alugados para realização de eventos.
Além de grande feminista e
ativista cultural, Henriqueta Catharino lutou pela igualdade racial, fundando a
“Frente Negra”, em Salvador e na cidade de Santos, em São Paulo.
O Museu Hennriqueta Catharino, em
Salvador, é um verdadeiro museu histórico da cidade. Seu mobiliário é, em sua
maior parte, dos séculos XVIII e XIX, em jacarandá e vinhático, nos estilos D.
João VI , D. José, Colonial Brasileiro e Eclético.
Boa parte do mibiliário procede
da Vila Catharino, outros foram adquiridos por D. Henriqueta. Alguns móveis foram doados pelo Dr. Joaquim Inácio Tosta e outras personalidades baianas.
A respeito do Instituto Feminino da Bahia, disse Érico Veríssimo, grande escritor gaúcho:
“–Não conheço coisa igual em todos os colégios do Brasil por onde já andei e visitei. E não sei se vi pelo menos igual nos Estados Unidos. Se a iniciativa privada na Bahia faz obras dessa natureza com freqüência, a Bahia pode se considerar a Terra da Promissão.”
Religiosa e culta, Henriqueta Catharino foi uma pessoa desprendida dos bens materiais.
Esta mulher extraordinária faleceu em Salvador, no dia 21 de junho de 1969.
MUSEU HENRIQUETA CATHARINO, SALVADOR, BAHIA
MUSEU DO TRAJE HENRIQUETA CATHARINO
INSTITUTO FEMININO DA BAHIA
FAMÍLIA MARTINS CATHARINO
Acho muito lindo o museu. Gostaria de saber qual o autor das grandes esculturas que existem na área externa do museu.
ResponderExcluirAcho muito lindo o museu. Gostaria de saber qual o autor das grandes esculturas que existem na área externa do museu.
ResponderExcluirGostaria que contasse a história de Carlos Martins Catharino o irmão de Henriqueta.a história dês do primeiro casamento dele e do abandono da única filha que ele concedeu e registrou Ana Mary Tavares Catharino
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUma grande biografia.
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