Nasceu em Camamu, em 28 de
janeiro de 1873, sendo seus pais Eduardo Augusto da Silva e Veridiana da Silva
Pirajá.
Seu avô, José Ribeiro da Silva,
português de nascimento, empolgou-se com a vitória alcançada pelos brasileiros
que lutaram pela independência e acrescentou um nome indígena ao seu sobrenome:
o topônimo “Pirajá”, que significa, na língua tupi, “viveiro de peixes”.
Tornou-se assim o tronco da família Pirajá (2).
Realizado o curso primário, em
sua terra natal, foi para Salvador, onde adquiriu sólidos conhecimentos de
humanidades e ingressou, em 1890, na Faculdade de Medicina.
Em 9 de dezembro de 1896, defendeu
tese inaugural, subordina ao título “Contribuição para o estudo de uma moléstia
que ultimamente aqui tem reinado com os caracteres da meningite
cérebro-espinhal epidêmica”.
Concluído o curso médico, fixou
residência na cidade de Amargosa. Atraído pela miragem da selva amazônica,
deslocou-se para Manaus, onde demorou pouco tempo.
Regressando a Salvador, foi
nomeado, em 15 de maio de 1902, assistente da 1ª Cadeira de Clínica Médica,
regida pelo Prof. Anísio Circundes de Carvalho.
Dedicando-se às pesquisas
microscópicas, enveredou pelo estudo da sífilis e das doenças tropicais
reinantes na Bahia (esquistossomíase intestinal, disenteria amebiana,
leismaníase tegumentar, doença de Chagas e ainhum).
De tais estudos resultou, em
1907, a descoberta do T. palidum, fato ocorrido pela primeira vez na Bahia.
No ano seguinte, Pirajá da Silva
passou a estudar a esquistossomíase intestinal. Suas pesquisas levaram-no à
descoberta do Schistosoma mansoni, em 8 de julho de 1908.
Em 1909 seguiu para a Europa, a
fim de estudar microbiologia no Instituto Pasteur e no Instituto de Doenças
Marítimas e Tropicais de Hamburgo.
De 1808 a 1916, continuou suas
pesquisas sobre a esquistossomíase americana, o que tornou seu nome conhecido e
respeitado em todo o mundo.
Em 1911 diplomou-se como médico
colonial pela Universidade de Paris. Proferiu várias conferências na Europa e
recebeu inúmeras homenagens por parte de instituições científicas do Velho
Mundo.
Em 1912, descreveu a cercaria do
trematório.
Em 1954, recebeu a medalha
Berhaard Nocht do Instituto Alemão de Doenças Tropicais e, dois anos depois, a
grã-cruz da Ordem do Mérito Médico do Brasil.Suas pesquisas tiveram repercussão no meio científico, pelo que foi agraciado com vários títulos e homenagens no Brasil e no exterior.
Colaborou em diversos periódicos
internacionais, notadamente da França, Inglaterra e Alemanha.
Foi inspetor sanitário e chefe da
Profilaxia Rural (1921-1933), dirigiu o Posto Antiofídico e ensinou História
Natural no Ginásio da Bahia (1914-1935).
Aposentado da Faculdade de
Medicina e do Ginásio da Bahia, transferiu residência, em 1935, para São Paulo,
onde passou a dirigir a Seção de Botânica Médica do Instituto Butantan.
“Manuel Augusto Pirajá da Silva é
Autor de uma das maiores descobertas científicas no domínio da parasitologia e
que “por haver levado muito alto o nome do Brasil, dentro e fora de suas
fronteiras, tornou-se, merecidamente, alvo da admiração e do respeito de todos
os brasileiros” (3).Faleceu em 1º de março de 1961.
BAHIA DE CAMAMU, TERRA NATAL DE PIRAJÁ DA SILVA
MEDALHA PIRAJÁ DA SILVA
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