JOSÉ MARCELINO DE SOUZA
José Marcelino de Souza nasceu no
dia 15 de outubro de 1848, em São Felipe.
Formou-se em Direito pela
Faculdade de Direito do Recife, no ano de 1870.
No ano seguinte foi nomeado
Promotor da comarca de Itapicuru, e depois da comarca de Nazaré (onde assumiu,
em 1873, as funções de juiz).
Foi eleito senador estadual no
ano de 1891, logo após a proclamação da República.
Depois, foi eleito governador do
Estado.
Sua administração foi marcada
pelo conflito com o Poder Judiciário, fato ocorrido em decorrência da negativa
de seu chefe de Polícia, Aurelino Leal, em cumprir um habeus corpus concedido
pelo Tribunal de Justiça.
Em 13 de outubro de 1905, sofreu
um atentado provocado, segundo alguns, pelo senador estadual José de Aquino
Tanajura, que negou veementemente ter
praticado tal desatino.
Tomou um empréstimo da ordem de
um milão de libras esterlinas, conseguindo assim regularizar a folha dos
funcionários do Estado, então com oito meses de atraso.
Construiu 78 quilômetros de vias
férreas, estadualizou a estrada de ferro de Nazaré, comprou a companhia
Navegação Baiana e desenvolveu a navegação fluvial.
Estadualizou, em 1904, a Imperial
Escola Agrícola da Bahia, criada em 1875 pelo Imperador Pedro II (hoje Escola
de Agronomia da Universidade Federal da Bahia), transformando-a em um Instituto
Agrícola, com um curso para instrução de fazendeiros, agricultores e criadores,
um curso para trabalhadores rurais, uma estação agronômica e um posto
zootécnico.
Para o referido Instituto
Agrícola trouxe da Europa Léo Zehntner, que acabara de realizar estudos sobre
culturas tropicais em Java, na Indonésia.
José Marcelino não concluiu seu
mandato. Antes do término, viajou para o Rio de Janeiro, deixando o governo da
Bahia nas mãos do cônego José Cupertino de Lacerda, então presidente do Senado
Estadual, e seu substituto legal.
Foi eleito Senador e, no
exercício do cargo de Senador, faleceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de abril de
1917.
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