domingo, 11 de novembro de 2012

PEDRO CALMON


PEDRO CALMON
 





Pedro Calmon Moniz de Bitencourt, mais conhecido como Pedro Calmon, professor, político, historiador, biógrafo, ensaista e orador brasileiro, nasceu em Amargosa, no dia 23 de dezembro de 1902, sendo seus pais Pedro Calmon Freire Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt.
Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, onde cursou os dois primeiros anos do curso de Direito. Depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde concluiu os estudos acadêmcos e secretariou a Comissão Promotora dos Congressos Comemorativos do Centenário da Independência do Brasil.
Logo após a conclusão do curso de Direito, em 1924, foi secretário particular do Ministro da Agricultura e, em seguida, mediante concurso, assumiu o cargo de Conservador do  Museu Histórico Nacional. No exercício desta função realizou ampla reforma administrativa do Museu , criou a cadeira de História da Civilização Brasileira e escreveu um livro sobre o assunto.
Em 1926, assumiu a tribuna do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ocasião em que proferiu conferência sobre o terceiro centenário da expulsão dos holandeses. Em 1931 passou a sócio efetivo do referido Instituto, orador oficial (1938-1968) e presidente (1968).
Em 1927, ingressou na política: foi Deputado Estadual pela Bahia (1935), Deputado Federal (1935 e 1950) e Ministro da Educação e Saúde (1950-1951).
A partir de 1923, Pedro Calmon publicou, conforme a Academia Brasileira de Letras, cerca de 50 obras, nas áreas de Biografia e Literatura Histórica; História e Direito. São encontradas também, contribuições suas na Revista da Academia Brasileira de Letras, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e na Revista "O Cruzeiro".
 
Merecem destaque, a títlo de exemplo, as seguintes obras: ”Pedras d”armas” (1923), “Direito de Propriedade” (1926 ,“O tesouro de Belchior” (1929), “Anchieta, o santo do Brasil” (1930). “O crime de Antônio Vieira” (1931), “D.Pedro I”, “Gomes Carneiro, o general da República” “Marquês de Abrantes”, “Por Brasil e Portugal. Sermões do Padre Vieira, anotados, “Malés, a insurreição das senzalas” e “O rei do Brasil: Vida de D. João VI”  (todos em 1933); “Vida e amores de Castro Alves”(1935); “O rei filósofo: A vida de Pedro II” (1938); “Figuras de azulejo” (1939); “Princesa Isabel, a Redentora” (1941); “História do Brasil na poesia do povo” (1941); “Estados Unidos de leste a oeste” (1942); “A vida de Castro Alves” (1947); “História da literatura baiana” (1949); “Castro Alves: o homem e a obra” (1973) e “Para melhor conhecer Castro Alves” (1974).
 
Seus principais ensaios históricos contemplam os seguintes títulos:
-A conquista: história das bandeiras baianas (1926);
-História da Bahia (1927);
-História da Independência do Brasil, separata da Revista do Instituto Histórico (1929);
-História da civilização brasileira (1932);
-História social do Brasil, 1º vol.: Espírito da sociedade colonial (1935); 2º vol.: Espírito da sociedade -Imperial (1937); 3º vol.: A época republicana (1939);
-História da Casa da Torre (1939);
-História do Brasil, 1º vol.: As origens (1939); 2º vol.: A formação (1941); 3º vol.: A organização    (1943); 4º vol.: O Império (1947); 5º vol.: A República (1955);
-História diplomática do Brasil (1941);
-Brasil e América: História de uma política (1941);
-História da fundação da Bahia (1949);
-O segredo das minas de prata, tese de concurso (1950);
-Brasil, com Jaime Cortesão (1956);
-História do Brasil, 7 vols., ilustrados (1959);
-Brasília, catedral do Brasil: história da Igreja no Brasil (1970);
-História do Ministério da Justiça 1822-1922 (1972);
-História de D. Pedro II. 5 vols., ilustrados (1975);
-Franklin Dória, Barão de Loreto (1981).
No campo jurídico, destacamos:
Direito de propriedade (1926); Reforma constitucional da Bahia (1929); A federação e o Brasil, tese para a docência (1933); Intervenção federal, tese para a cátedra (1939); Curso de Direito Constitucional (1937);Curso de Teoria Geral do Estado (1941);O Estado e o Direito nos "Lusíadas" (1945); História das idéias políticas (1954).
Em 1929, Pedro Camon foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e em 1934 torou-se, por concurso, livre docente de Direito Público Constitucional na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
Em 1939, conquistou a cátedra e, em seguida, foi eleito diretor da Faculdade de Direito, por dois períodos sucessivos (1938 a 1948).
Em 1948, ascendeu à Reitoria da Universidade do Brasil, cargo que ocupou com excepcional brilho e invejável prestígio, de 1948 a 1966.
Em 1935, regeu a cadeira de História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal.
Também foi professor da  Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (desde a sua fundação, em 1940) e da Faculdade de Filosofia da Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro.
Em 1955, conquistou a cátedra de História do Brasil do Colégio Pedro II.
Dentre seus inúmeros títulos e honrarias, destacamos o de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; doutor honoris causa das Universidades de Coimbra, Quito, Nova York, San Marcos e Nacional do México; professor honorário da Universidade Federal da Bahia; representante do Equador na Conferência Pan-Americana de Geografia e História; delegado do Brasil à Conferência Internacional do México em 1945 e na Conferência Interacadêmica para o Acordo Ortográfico em Lisboa, em 1945; membro titular da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e dos Instituto Históricos de vários Estados brasileiros; membro corrresponde da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa de História; sócio honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Real Academia Espanhola e da Real Academia de História da Espanha; sócio correspondente de sociedades culturais e históricas de diversos países da América Latina; membro do Conselho Federal de Cultura, do Conselho Editorial da Biblioteca do Exército e diretor do Instituto de Estudos Portugueses Afrânio Peixoto e do Liceu Literário Português (desde 1947).
O ilustre baiano faleceu no Rio de Janeiro no dia 16 de junho de 1985.
 

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