PEDRO CALMON
Pedro Calmon Moniz de Bitencourt,
mais conhecido como Pedro Calmon, professor, político, historiador, biógrafo,
ensaista e orador brasileiro, nasceu em Amargosa, no dia 23 de dezembro de
1902, sendo seus pais Pedro Calmon Freire Bittencourt e Maria Romana Moniz de
Aragão Calmon de Bittencourt.
Em 1920 ingressou na Faculdade de
Direito da Bahia, onde cursou os dois primeiros anos do curso de Direito.
Depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde concluiu os estudos acadêmcos
e secretariou a Comissão Promotora dos Congressos Comemorativos do Centenário
da Independência do Brasil.
Logo após a conclusão do curso de
Direito, em 1924, foi secretário particular do Ministro da Agricultura e, em
seguida, mediante concurso, assumiu o cargo de Conservador do Museu Histórico Nacional. No exercício desta
função realizou ampla reforma administrativa do Museu , criou a cadeira de História
da Civilização Brasileira e escreveu um livro sobre o assunto.
Em 1926, assumiu a tribuna do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ocasião em que proferiu conferência sobre o terceiro
centenário da expulsão dos holandeses. Em 1931 passou a sócio efetivo do
referido Instituto, orador oficial (1938-1968) e presidente
(1968).
Em 1927, ingressou na política:
foi Deputado Estadual pela Bahia (1935), Deputado Federal (1935 e 1950) e Ministro
da Educação e Saúde (1950-1951).
A partir de 1923, Pedro Calmon
publicou, conforme a Academia Brasileira de Letras, cerca
de 50 obras, nas áreas de Biografia e Literatura Histórica; História e Direito.
São encontradas também, contribuições suas na Revista da Academia Brasileira de
Letras, na Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, e na Revista "O Cruzeiro".
Merecem destaque, a títlo de
exemplo, as seguintes obras: ”Pedras d”armas” (1923), “Direito de
Propriedade” (1926 ,“O tesouro de Belchior” (1929), “Anchieta, o santo do
Brasil” (1930). “O crime de Antônio Vieira” (1931), “D.Pedro I”, “Gomes
Carneiro, o general da República” “Marquês de Abrantes”, “Por Brasil e
Portugal. Sermões do Padre Vieira, anotados, “Malés, a insurreição das senzalas”
e “O rei do Brasil: Vida de D. João VI” (todos em 1933); “Vida e amores de Castro
Alves”(1935); “O rei filósofo: A vida de Pedro II” (1938); “Figuras de azulejo”
(1939); “Princesa Isabel, a Redentora” (1941); “História do Brasil na poesia do
povo” (1941); “Estados Unidos de leste a oeste” (1942); “A vida de Castro Alves”
(1947); “História da literatura baiana” (1949); “Castro Alves: o homem e a obra”
(1973) e “Para melhor conhecer Castro Alves” (1974).
Seus principais ensaios históricos
contemplam os seguintes títulos:
-A conquista: história das
bandeiras baianas (1926);
-História da Bahia (1927);
-História da Independência do
Brasil, separata da Revista do Instituto Histórico (1929);
-História da civilização
brasileira (1932);
-História social do Brasil, 1º
vol.: Espírito da sociedade colonial (1935); 2º vol.: Espírito da sociedade
-Imperial (1937); 3º vol.: A época republicana (1939);
-História da Casa da Torre (1939);
-História do Brasil, 1º vol.: As
origens (1939); 2º vol.: A formação (1941); 3º vol.: A organização (1943); 4º
vol.: O Império (1947); 5º vol.: A República (1955);
-História diplomática do Brasil (1941);
-Brasil e América: História de uma
política (1941);
-História da fundação da Bahia
(1949);
-O segredo das minas de prata,
tese de concurso (1950);
-Brasil, com Jaime Cortesão
(1956);
-História do Brasil, 7 vols.,
ilustrados (1959);
-Brasília, catedral do Brasil:
história da Igreja no Brasil (1970);
-História do Ministério da Justiça
1822-1922 (1972);
-História de D. Pedro II. 5 vols.,
ilustrados (1975);
-Franklin Dória, Barão de Loreto
(1981).
No campo jurídico, destacamos:
Direito de propriedade (1926); Reforma constitucional da Bahia (1929); A federação e o Brasil, tese para a docência (1933); Intervenção federal, tese para a cátedra (1939); Curso de Direito Constitucional (1937);Curso de Teoria Geral do Estado (1941);O Estado e o Direito nos "Lusíadas" (1945); História das idéias políticas (1954).
Em 1929, Pedro Camon foi eleito
para a Academia Brasileira de Letras e em 1934 torou-se, por concurso, livre
docente de Direito Público Constitucional na Faculdade Nacional de Direito da
Universidade do Brasil.
Em 1939, conquistou a cátedra e,
em seguida, foi eleito diretor da Faculdade de Direito, por dois períodos
sucessivos (1938 a 1948).
Em 1948, ascendeu à Reitoria da
Universidade do Brasil, cargo que ocupou com excepcional brilho e invejável
prestígio, de 1948 a 1966.
Em 1935, regeu a cadeira de
História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal.
Também foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (desde a sua fundação, em 1940) e da Faculdade de Filosofia da
Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro.
Em 1955, conquistou a cátedra de
História do Brasil do Colégio Pedro II.
Dentre seus inúmeros títulos e
honrarias, destacamos o de professor emérito da Universidade Federal do Rio de
Janeiro; doutor honoris causa das Universidades de Coimbra, Quito, Nova York,
San Marcos e Nacional do México; professor honorário da Universidade Federal da
Bahia; representante do Equador na Conferência Pan-Americana de Geografia e
História; delegado do Brasil à Conferência Internacional do México em 1945 e na
Conferência Interacadêmica para o Acordo Ortográfico em Lisboa, em 1945; membro
titular da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e dos Instituto Históricos
de vários Estados brasileiros; membro corrresponde da Academia das Ciências de
Lisboa e da Academia Portuguesa de História; sócio honorário da Sociedade de
Geografia de Lisboa, da Real Academia Espanhola e da Real Academia de História
da Espanha; sócio correspondente de sociedades culturais e históricas de
diversos países da América Latina; membro do Conselho Federal de Cultura, do
Conselho Editorial da Biblioteca do Exército e diretor do Instituto de Estudos
Portugueses Afrânio Peixoto e do Liceu Literário Português (desde 1947).
O ilustre baiano faleceu no Rio
de Janeiro no dia 16 de junho de 1985.
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