GLAUBER ROCHA
Clauber de Andrade Rocha, mais
conhecido como Clauber Rocha, cineasta, ator e escritor de renome, nasceu em
Vitória da Conquista, no dia 14 de março de 1939, sendo seus pais Admastor
Bráulio Silva Rocha e Lúcia Mendes de Andrade Rocha.
Alfabetizado pela sua mãe, cursou
os primeiros anos fundamentais no Colégio do Padre Palmeira, em sua cidade
natal.
Em 1947, mudou-se com a família
para Salvador, onde foi aluno do Colégio
2 de Julho. Data desta época sua primeira participação em programas de rádio,
grupos de cinema e de teatro amador.
Em 1959, ingressou na Faculdade
de Direito da Universidade Federal da Bahia e iniciou a filmagem de sua
primeira produção, denominada “Pátio”.
Em 1961 abandonou a Faculdade de
Direito e iniciou a carreira jornalísitca, sem deixar, em nenhum momento, sua
paixão pelo cinema.
Ainda estudante de direito,
converteu-se ao catolicismo, foi batizado e casou-se com sua colega de
Faculdade, Helena Ignez.
De sua autoria são os longa-metragens “Barravento” (1962), “Deus e
o Diabo na Terra do Sol” (1964), ‘Terra em Transe’ (1967) e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”
(1968), “Cabeças Cortadas” (1970), “O Leão de Sete Cabeças”(1971), “Câncer”
(1972), “Claro” (1975) e “A Idade da Terra” (1980), em sua maioria, filmes
paradigmáticos, nos quais, utilizando uma nova forma de filmar, realizou amargas
críticas à sociedade de sua época.
De sua lavra são, de igual modo,
vários curtas-metragens, tais como: “Pátio” (1959), “A Cruz na Praça” (1959),
“Amazonas, Amazonas”m91965), “Maranhão 66” (1966), “História do Brasil” (1974),
“A Arams e o Povo” (1974), “Di Cavalcanti” (1977, Melhor Curta-metragem no
Festival de Cannes, indicado para Palma de Ouro)
Glauber Rocha foi um entusista do cineclubismo e criador de sua
própira produtora cinematográfica.
Criou o chamado CINEMA NOVO,
corrente artística nacional influenciada pelo movimento francês “Nouvelle Vague”
e pelo “Neorrealismo Italiano”.
Fiel aos seus princípios e à sua
paixão pelo cinema, pregou uma nova estética e uma revisão crítica da realidade,
e foi visto como subversivo, pelo regime
militar instalado em 1964.
Com o filme “Barravento”, foi
premiado no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary (Tchecoslováquia),
em 1963. No ano seguinte, com “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, conquistou o
Grande Prêmio do Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no
Festival Internacional de Cinema de Acapulco (México).
Com “Terra em Transe”, conquistou
o Prêmio da Crítica do Festival de Canes (França), o Prêmio Luis Buñel
(Espanha), o Prêmio de Melhor Filme do Locarno Internacional Film Festiva e o
Gofinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro.
Com o filme “O Deragão da Maldade
contra o Santo Guerreiro”, levou o o prêmio de melhor direção no Festival de
Cannes e, mais uma vez, o Prêmio Luiz Buñuel, na Espanha.
Em 1971, Glauber partiu para o
exílio.
Perseguido pelos militares,
contestado e incompreendido pelas lideranças da sua época, “Glauber se consumiu
em seu próprio fogo”(Ferreira Gullar).
O grande cineasta, o maior do
Brasil, faleceu vítima de septicemia, na Clínica Bambina, no Rio de Janeiro, no
dia 22 de agosto de 1981, depois de ter sido transferido de um hospital de
Lisboa, onde permaneceu internado durante 18 dias.
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