sábado, 10 de novembro de 2012

CLAUBER ROCHA



GLAUBER ROCHA





Clauber de Andrade Rocha, mais conhecido como Clauber Rocha, cineasta, ator e escritor de renome, nasceu em Vitória da Conquista, no dia 14 de março de 1939, sendo seus pais Admastor Bráulio Silva Rocha e Lúcia Mendes de Andrade Rocha.
Alfabetizado pela sua mãe, cursou os primeiros anos fundamentais no Colégio do Padre Palmeira, em sua cidade natal.
Em 1947, mudou-se com a família para Salvador, onde foi aluno do  Colégio 2 de Julho. Data desta época sua primeira participação em programas de rádio, grupos de cinema e de teatro amador.
Em 1959, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e iniciou a filmagem de sua primeira produção, denominada “Pátio”.
Em 1961 abandonou a Faculdade de Direito e iniciou a carreira jornalísitca, sem deixar, em nenhum momento, sua paixão pelo cinema.
Ainda estudante de direito, converteu-se ao catolicismo, foi batizado e casou-se com sua colega de Faculdade, Helena Ignez.
De sua autoria são os  longa-metragens “Barravento” (1962), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), ‘Terra em Transe’ (1967) e  “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1968), “Cabeças Cortadas” (1970), “O Leão de Sete Cabeças”(1971), “Câncer” (1972), “Claro” (1975) e “A Idade da Terra” (1980), em sua maioria, filmes paradigmáticos, nos quais, utilizando uma nova forma de filmar, realizou amargas críticas à sociedade de sua época.
De sua lavra são, de igual modo, vários curtas-metragens, tais como: “Pátio” (1959), “A Cruz na Praça” (1959), “Amazonas, Amazonas”m91965), “Maranhão 66” (1966), “História do Brasil” (1974), “A Arams e o Povo” (1974), “Di Cavalcanti” (1977, Melhor Curta-metragem no Festival de Cannes, indicado para Palma de Ouro)
Glauber Rocha foi um  entusista do cineclubismo e criador de sua própira  produtora cinematográfica.
Criou o chamado CINEMA NOVO, corrente artística nacional influenciada pelo movimento francês “Nouvelle Vague” e pelo “Neorrealismo Italiano”.
Fiel aos seus princípios e à sua paixão pelo cinema, pregou uma nova estética e uma revisão crítica da realidade, e  foi visto como subversivo, pelo regime militar instalado em 1964.
Com o filme “Barravento”, foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary (Tchecoslováquia), em 1963. No ano seguinte, com “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, conquistou o Grande Prêmio do Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco (México).
Com “Terra em Transe”, conquistou o Prêmio da Crítica do Festival de Canes (França), o Prêmio Luis Buñel (Espanha), o Prêmio de Melhor Filme do Locarno Internacional Film Festiva e o Gofinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro.
Com o filme “O Deragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, levou o o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, mais uma vez, o Prêmio Luiz Buñuel, na Espanha.
Em 1971, Glauber partiu para o exílio.
Perseguido pelos militares, contestado e incompreendido pelas lideranças da sua época, “Glauber se consumiu em seu próprio fogo”(Ferreira Gullar).
O grande cineasta, o maior do Brasil, faleceu vítima de septicemia, na Clínica Bambina, no Rio de Janeiro, no dia 22 de agosto de 1981, depois de ter sido transferido de um hospital de Lisboa, onde permaneceu internado durante 18 dias.
 

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