CARLOS VALADARES
Carlos Valadares da Silva, mais
conhecido como como Carlos Valadares, advogado e político de renome, nasceu em
Santa Bárbara, distrito de Feira de Santana, no dia 22 de Abril de 1911.
Em Santa Bárbara realizou os
primeiros estudos e, no dizer de Lélia Fernandes, sua biógrafa, “trabalhou com
seu pai, vendendo pão e bebidas nas feiras livres”.
Realizou o curso ginasial no
Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador, onde passou a residir em casa de um
parente, tão pobre quanto seu pai.
Impressionado com a dedicação do
pobre e esforçado aluno, o Prof. Carneiro Ribeiro, diretor do Ginásio que tem o
seu nome, resolveu ajudá-lo, convidando-o “para ensinar no Colégio, onde ficou
interno, mantendo-se com o produto do trabalho” (Ibidem).
Concluídos os preparatórios,
Carlos Valadares ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, pela qual foi
diplomado em 01 de dezembro de 1932.
Formado, iniciou a profissão de
advogado na cidade de Palmeiras, no interior da Bahia.
Em 1941, mudou-se para Feira de
Santana, onde passou a residir. Cinco anos depois, foi guindado ao cargo de
Prefeito Municipal, e deu prosseguimento à uma brilhante carreira política que
o levou à Assembléia Legislativa, para onde foi conduzido por dois mandatos
sucessivos. Alçaado à presidência da Assembléia, assumiu o Governo do Estado
por alguns meses, durante a ausência do Governador Otávio Mangabeira.
Em 1950, foi eleito Deputado
Federal, permanecendo na Câmara dos Deputados até 1955.
De sua bibliografia destacamos
dois livros: “Prisão Preventiva” e “Em Defesa de um Espólio”.
Advogado competente, homem probo
e simples, político honesto e consciencioso, gozou Carlos Valadares, em Feira
de Santana e em todo o Estado da Bahia, por toda a parte por anda andava,
respeito invejável e imenso prestígio.
Faleceu em Salvador, em 1966,
cercado de amigos e admiradores. Morreu pobre, deixou sua biblioteca para os
advogados da Bahia e emprestou seu nome a vários lougradouros e escolas espalhados
em vários lugares da Bahia.
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE
CARLOS VALADARES
Os trabalhos da noite foram coordenados pelo presidente da Casa, vereador Antônio Francisco Neto (DEM). Coube a professora e escritora Lélia Vítor Fernandes, presidente da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana, proferir palestra sobre a vida e a trajetória do homenageado. Nascido em 22 de abril de 1911, na Vila de Coração de Maria, Carlos Valadares realizou seus primeiros estudos na localidade de Santa Bárbara. Ao concluir o primário, foi cursar o ginasial no Colégio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, formando-se em 1º de dezembro de 1932, sendo, inclusive, o orador da turma.
Logo após a formatura, Carlos Valadares iniciou as atividades como advogado na cidade de Palmeiras, na região de Ituaçu, interior baiano, transferindo-se para Feira de Santana, em 1941, onde montou escritório de advocacia e tornou-se membro da Ordem dos Advogados. O ingresso na carreira política se deu cinco anos depois, quando foi nomeado prefeito da cidade, função que exerceu entre 12 de agosto de 1946 e 24 de fevereiro de 1947, afastando-se do cargo por ter sido eleito deputado estadual da Assembléia Constituinte. Em 1949, Carlos Valadares foi eleito para o primeiro de dois mandatos consecutivos como presidente da Assembleia Legislativa da Bahia.
A trajetória política dele foi marcada em 22 de junho de 1949, quando ele assumiu interinamente, pela primeira vez, o posto de governador da Bahia, substituindo o titular Otávio Mangabeira, que estava viajando para o Rio de Janeiro. Ele assumiria a mesma função algumas outras vezes. Até que, por motivo de doença, Mangabeira transmitiu-lhe definitivamente o cargo em fevereiro de 1950.
No ano seguinte, elegeu-se deputado federal, permanecendo na Câmara dos Deputados até 1955. Nesse período, ele deu continuidade à luta para dotar Feira de Santana de um sistema de abastecimento de água, benefício conquistado em janeiro de 1957, quando o presidente da República Juscelino Kubitschek e o governador da Bahia Antônio Balbino inauguraram o serviço nesta cidade. Após o término do mandato federal, Carlos Valadares retornou à Feira de Santana.
O homenageado também presidiu o Rotary Club de Feira de Santana, em 1956-1957, e publicou os livros "Prisão Preventiva" e "Em Defesa de um Espólio". Faleceu em Salvador, em 1966, aos 55 anos de idade. Além de Feira e Santa Bárbara, em outras cidades seu nome foi emprestado para nomear escolas e logradouros públicos.
"Carlos Valladares morreu pobre, mas deixou um rico legado para a família e para os amigos, um exemplo de probidade moral, de profissional hábil, de um homem ponderado, de um cidadão culto e de um pai de família responsável e dedicado", destacou a professora Lélia Vítor.
A filha do homenageado, Celice Valladares disse que lembrar do pai dela em uma sessão especial do Legislativo feirense representava "uma glória muito grande". Ela agradeceu e parabenizou a Câmara Municipal em nome da família e dos amigos de Carlos Valadares, destacando ainda, que ele nutria "um imenso amor pela cidade".
A sessão foi prestigiada pelo secretário da Educação José Raimundo de Azevêdo, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho Raimundo Pinto, prefeito de Santa Bárbara Jailson Costa dos Santos, ex-prefeito de Feira de Santana Joselito Amorim, ex-vereador Renato de Sá Bittencourt, e membros da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana.
(Extraído do Blog Por Simas, com informações da Assessoria de
Comunicação da Câmara Municipal de Feira de Santana)
Sou sobrinha de Carlos Valadares (filha do seu irmão Francisco Valadares da Silva Filho) peço-lhes que retifiquem a grafia do sobrenome Valadares, pois digitiram erroneamente com dois "LL" . Grata, Vânia Valadares
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