MÁRIO CRAVO NETO
Mário Cravo Neto, filho do
artista Mário Cravo Júnior, nasceu em Salvador no dia 20 de abril de 1947.
Aos 17 anos de idade, mudou-se
para a Alemanha, onde aprendeu fotografia e escultura.
Ao retornar ao Brasil, fez a
primeira exposição individual (prêmio da
I Bienal de Artes Plásticas da Bahia).
Dois anos depois, mudou-se para
Nova Iorque, onde estudou na "Art Student League”, sob orientação de Jack Krueger.
Em 1970, expôs suas fotografias no
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e reproduziu algumas delas na revista “Camara
35”. Em paralelo, dedicou-se à escultura em acrílico, envolvendo o crescimento
de plantas vivas em ambientes fechados.
No ano seguinte, participou da XI
Bienal Internacional de São Paulo, em sala especial, com as esculturas vivas
produzidas em Nova Iorque (Prêmio de Escultura Governador do Estado de São
Paulo).
A partir de 1971, e durante 3 ou 4 anos, entregou-se a
projetos “em sítio” ("land art"), o que lhe proporcionou a produção de curta-metragens
(uma
delas premiada com o Prêmio Nacional da Embrafilme/1976).
Em 1975, trabalhou com maquetes
de projetos tridimensionais e retratos em estúdio, o que deu margem à criação
das “fotografias-esculturas”. (duas delas, “Ninho de Fiberglass, 1977” e “Câmaras
Queimadas, 1977”, expostas nas XIV e XVII Bienais Internacionais de São Paulo, foram
amplamente reproduzidas em exposições, livros e catálogos, em Veneza,
Nova Iorque, Houston, São Paulo, Los Angeles e Madrid).
Em 1991, publicou o livro “Angola
e a Exposição da sua Cultura Material”, de grande sucesso junto ao Museu
Nacional de Antropologia de Angola.
Em 1994, lançou “Mário Cravo
Neto, Edition Stemmle” e realizou uma exposição individual no Frankfurter
Kunstverein, de Frankfurt (primeiro livro com fotografias em preto e branco
editado fora do Brasil).
De 1983 a 2000, publicou sete
livros com fotografias em cores de Salvador, a cidade encantada onde ele nasceu,
viveu parte de sua vida, e morreu.
A partir de 1998, aproximou-se do
culto afro-baiano e por anos seguidos fotografou e gravou em vídeo os
candomblés da Bahia, notadamente o terreiro Ilé "Àse Ópó Aganju". Como resultado,
publicou três belos livros.
Em 2000, atendendo convite,
viajou para a Dinamarca para fotografar os mais importantes coreógrafos e
bailarinos do Danish Royal Ballet, e realizar uma exposição no
Nationalhistoriske Museum.
Em 2002, lançou o livro “The
Ethernal Now”, considerado a mais
completa monografia de Mário Cravao Neto, com um acervo de 136 fotografias.
Em 2003, entregou ao público o
livro “Na Terra Sob Meus Pés” e, no ano seguinte, “O Tigre do Dahomey-A
Serpente de Whydah” (exibido no Museu Afro-Brasil, em São Paulo, no ano de
2005).
A obra de Mário Cravo Neto deu
margem a 14 livros, incontáveis registros em jornais e revistas, um sem
número de mostras individuais e coletivas, nove prêmios, várias participações em
museus, e verbetes e citações nas mais famosas enciclopédias e nos melhores dicionários
do mundo.
Mário Cravo Neto faleceu em
Salvador, no dia 9 de agosto de 2009.
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