HEITOR PRÁGUER FRÓES
Nasceu em Cachoeira, no dia 25 de
setembro de 1900.
Poeta, tradutor, médico,
professor do ensino secundário e do superior, pertenceu á Academia de Letras de
Bahia, á Academia de Medicina da Bahia e inúmeras outras instituições
científicas e culturais
Ingressou na Faculdade de
Medicina da Bahia, em 1917, diplomando-se em 1922. Foi uma das expressões mais
altas da cultura médica baiana
Homem de grande cultura
humanística, poliglota, publicou numerosos trabalhos, dos quais destacamos
“Abelhas e Vespas”, “As devotas de São Biriba”, “As portas da Academia”, “Cara
e Coroa”, “Caretas e Sorrisos”, “Carícias e Piparotes”, “Favos e Travos”,
“Nozes e Vozes”, “Poemas da Primavera”, “Poesia em 3 tempos”, “Sal de Pimenta”,
todas no gênero poético.
Dos contos de sua autoria,
destacamos “Contos e Mais”, e “Contrafábulas”.
Dentre as traduções, avulta “Meus
poemas... dos Outros”, belíssima coletânea de poesias dos maiores vultos da
literatura. Suas obras científicas mais importantes foram: “Notas de Fisiologia
Geral”, livro didático publicado em 1921; “Autoplastias reparadoras da face” ,
tese de doutoramento, em 1922; “Índice esfimuríco”, tese de concurso para
livre-docência de Clínica Médica, em 1927; “Nova Técnica para o cálculo da
infestação pelos ancilostomídeos por meio da contagem dos ovos”, tese de
concurso para Medicina Tropical, em 1928; “Contribuição ao estudo da biologia
do S. stercoralis”, tese de concurso para a cátedra de Doenças Tropicais e
Infecciosas, em 1930; “Do micetoma pedis no Brasil”, tese de concurso para a
cátedra de Deonças Tropicais e Infecciosas”, em 1930; “Lições de Clínica
Tropical, 1ª série”, “Liçoes de Clínica Tropical, 3ª série”, “Lições de Clínica
Tropical, 4ª série” e “ Lições de Medicina Tropical, 5ª série”, vindas ao lume
em 1934.
No âmbito de ensino secundário,
foi catedrático de francês do Ginásio da Bahia, onde defendeu, emfestejado
concurso, a tese “Formas divergentes da língua francesa”, no ano de 1922.
O Prof. Heitor Práguer Fróes
abriu mão dos direitos autorais de suas “Lições de Medicina Tropical”, em
benefício do futuro Hospital das Clínicas.
“Quem escreve um livro e o revê e
publica – disse ele – passa pelo paraíso e pelo inferno: Pelo paraíso, quando
compõe; pelo purgatório, quando retoca; pelo inferno, quando imprime. Pelo
paraíso, quando compõe, porque nada é mais agradável do que criar; pelo
purgatório, quando retoca, porque nada é tão fastidioso quanto modificar; pelo
inferno, quando imprime, porque nada é mais enervante que estar interminavelmente
a corrigir” (2)
E acrescenta: “Três grandes
inimigos possui o escritor: o tipógrafo, o editor e o público. O primeiro,
exaspera; indígna o segundo; decepciona o terceiro” (Ibidem).
Faleceu em 25 de outubro de 1987.
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