terça-feira, 6 de novembro de 2012

ANÍSIO TEIXEIRA




 
ANÍSIO TEIXEIRA

 

Anísio Teixeira, ou melhor, Anísio Spínola Teixeira, advogado, educador e escritor de renome internacional, nasceu em Caetité, no dia 12 de julho de 1900.
Seu pai, o médico Deocleciano Pires Teixeira, político de grande prestígio na região, casou-se, sucessivamente, com três irmãs, sendo sua mãe a última delas.
Iniciou as primeiras letras em sua terra natal, onde foi aluno do Colégio São Luis Gonzaga, dos Irmãos Jesiítas.
Fez sua formação básica em Salvador, no Colégio Antônio Vieira,  a partir de 1914.
Influenciado pelo meio em que se educou, cogitou tornar-se Jesuíta, ao que seu pai se opoz tenasmente.
Ainda adolesceste, mereceu o reconhecimento público de Todoro Sampaio, o qual teceu sobre sua pessoa os maiores elogios.
Em 1922 diplomou-se em ciências jurídicas pela Faculdade de Direiro da Universidade do Rio de Janeiro.
Em 1924 foi nomeado Inspetor Geral de Ensino da Bahia, cargo equivalente ao de Secretário da Educação.
Em 1925, viajou para a Europa, onde estudou o sistema educacional de diversos países.
Regressando à Bahia, implementou várias reformas no ensino do estado e ampliou o sistema educacional, com ênfase especial à formação de professores.
Dois anos depois foi para os Estados Unidos, onde entrou em contato com o filósofo e pedagogo John Dewey, do qual absorveu ideias e pensamentos.
Em 1928, voltou aos Estados Unidos, a fim de realizar cursos de pós-graduação.
Anísio Teixira tornou-se em pouco tempo o personagem central da educação brasileira. Difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, a qual preconisa o desenvolvimento do intelecto  e a capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro e exerceu com grande brilhantismo vários cargos de projeção, tanto no Brasil como no exterior.
Em 1931, foi Diretor da Instrução Pública do Distrito Federal, ocasião em que criou a integração da Rede Municipal de Educação, do ensino fundamental à universidade.
No ano seguinte, aderiu ao Movimento dos Pioneiros da Educação Nova, e saiu em defesa do ensino público gratuito, laico e obrigatório.
Em 1935, fundou a Universidade do Distrito Federal, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.
Perseguido por Getúlio Vargas, regressou à Bahia, onde permaneceu até o ano de 1947.
Nessa ocasião foi Conselheiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Regressando ao Brasil, foi, mais uma vez, Secretário da Educação da Bahia, ocasião em que fundou o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, mais conhecido como “Escola Parque”, destinado à educação em tempo integral e modelo para os futuros CIACs e CIEPs.
Na década seguinte, dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), posteriormente denominado Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, e a Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (atual CAPES), da qual foi o primeiro dirigente.
Nos anos sessenta foi um dos idealizadores do projeto da Universidade de Brasília (UNB), da qual foi reitor em 1963.
Anísio Teixeira, figura central da educação brasileira, faleceu em 11 de março de 1971, no Rio de Janeiro.
O dia 12 de julho é, em sua memória, feriado municipal em Caetité, sua cidade natal.
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Depoimentos sobre Anísio Teixeira:
 
JORGE AMADO:
…”Cidadão íntegro, puro, decente. Além de inteligentíssimo, dono de cultura invulgar, mestre inconteste no que se refere à educação, Anísio Teixeira foi um brasileiro raro. Tão extraordinário a ponto de ter sido alvo durante toda a vida de restrições, suspeitas, aleivosias, perseguições, misérias de todo tipo com que os imundos o perseguiram — sobram imundos no Brasil. Tentaram de todas as maneiras impedir Anísio Teixeira de realizar sua missão civilizadora mas ele era irredutível e invencível. O que o Brasil de hoje possui de melhor e de maior deve-se em grande parte a este humanista baiano de grandeza universal.”
 
 DARCY RIBEIRO
…”Anísio Teixeira é o pensador mais discutido, mais apoiado e mais combatido do Brasil. Ninguém como ele provoca a admiração de tantos. Ninguém é também tão negado e tem tantas vezes seu pensamento deformado (…) Suas teses educacionais se identificam tanto com os interesses nacionais e com a luta pela democratização de nossa sociedade que dificilmente se admitiria pudessem provocar tamanha reação num país republicano”.
 
 
 
 
 

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