Francisco Xavier Ferreira Marques, mais conhecido como
Xavier Marques, jornalista, político, romancista, poeta e ensaísta baiano,
nasceu na ilha de Itaparica, em 3 de dezembro de 1861.
Realizou os estudos iniciais em sua terra natal,
transferindo-se depois para Salvador, onde se matriculou no colégio do cônego
Fransico Bernardino de Souza.
Ingressou, ainda jovem, no jornalismo mas ao tempo em que
escreveu nos jornais, publicou livros de prosa e de poesia.
Iniciou sua produção literária com Temas e Variaçãoes, livro
de poesias publicado em 1884. Em 1888, editou seu primeiro romance, Uma Família
Baiana. A este seguiram-se: Insulares (poesias, 1896), Boto e Companhia
(romance, 1897), Jona e Joel (romance, 1899), Pindorama (romance, 1900), Holocausto
(romance, 1900), Praieiros (romance, 1902), O Sargento Pedro (romance, 1910), Vida
de Castro Alves (biografia, 1911), A Arte de Escrever (1913), A Boa Madrasta (romance,
1919), A Cidade Encantada (contos, (1919),
O Feiticeiro (romance, 1922), Ensaio Histórico sobre a Independência (1924), As
Voltas da Estrada (romance, (1930), Letras Acadêmicas (ensaios, 1933), Cultura
da Língua Nacional (1933), Terras Mortas (novela, 1936), Ensaios (2 volumes, 1944)
e Evoluçãp da Crítica Literária no Brasil (1944). O romande Sargento Pedro foi
premiado pela Academia Brasileira de Letras. Jane e Joel é considerado sua melhor obra.
A respeito de O Feiticeiro,
disse Jackson de Figueiredo: “Xavier Marques merecerá o amor de todo o
povo brasileiro. na proporção em que for crescendo a consciência nacional. Quando
os nossos homens públicos se derem à sua obra, com menos frases e mais seriedade, os livros
de Xavier Marques, como os de um Alencar ou Afonso Celso, irão parar nas mãos
da infância educando-a para a formação da alma brasileira”.
“No romance, O Feiticeiro, disse Conrado Matos, a cidade de Salvador
tinha um aspecto de uma cidade bem equilibrada , típica de um paraíso. As pessoas se
alimentavam do espírito, suavizando os pulmões com o bálsamo que surgia ao ar
livre. Era realmente uma cidade onde as pessoas gozavam o descanso nos campos,
nos banhos em fontes, e nas folias das bodegas da roça. Tudo isso fez parte do
lazer dos rapazes e das moças da época, que saboreavam o sumo das laranjas
seletas, que os bondosos donos das roças os davam com tanto afeto”.
Em 1915, Xavier Marques entrou na política partidária. Foi
eleito deputado estadual. Em 1921, deputado federal..
Em 1919 foi acolhido pela Academia Brasileira de Letras, onde tomou posse em 17 de setembro de 1920.
A ficção de Xavier Marques é marcada por temas praieiros. É considerada
uma das mais representativas do regionalismo brasileiro. Sua poesia é
parnasiana.
Xavier Marques faleceu em Salvador, em 30 de outubro de
1942, com 81 anos incompletos.
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