Manuel Lopes Rodrigues, desenhista, ilustrador, cenógrafo,
pintor, professor e crítico de arte, nasceu em Salvador, em 31 de dezembro de 1860.
Aos 13 anos, recebeu de seu pai, João Francisco Lopes
Rodrigues, as primeiras lições de desenho e pintura. Depois, ingressou no Lyceu
de Artes e Ofícios de Salvador, onde foi aluno de Miguel Navarro Canysares.
Em 1876, começou a lecionar pintura na Escola de Belas
Artes, e desenho figurado no Liceu de Artes e Ofícios.
Mudou-se em 1882, para o Rio de Janeiro, onde permaneceu 3
anos fazendo desenhos e aquarelas, e colaborando
como crítico de arte, na Gazeta Literária. Neste período colaborou com o
escritor Vale Cabral na preparação da “Exposição Médica Brasileira”, produzindo
várias ilustrações (fase do “realismo médico”).
Em 1886, foi para
Paris, onde permaneceu
9 anos, época em que estudou com
Rafael Collin (Escola de Arte
Decorativa), León Bonnat (Escola Superior de Belas Artes), Robert Fleury e
Jules Lefebre.
Regressando à terra natal, lecionou desenho no Ginásio da
Bahia e na Escola de Comércio.
Lopes Rodrigues era pensionista do Imperador, regalia que em
virtude do seu talento foi mantida pelo governo republicano.
Dentre seus alunos, destacamos Presciliano Silva e Alberto
Valença.
A respeito de Presciliano, escreveu: “Seguiu um rumo especial escolhido pelo seu talento.
Filiou-se à escola nova e voltou impressionista a valer. Seus estudos mostram a
preferência pelo ar livre, mas os seus interiores mostram-no ousado dos
segredos das paletas ricas em recursos. Seu desenho é vigoroso e certo; as duas
qualidades principais do artista” E mais: “Talvez então, o neurastênico que eu sou, orgulhoso de ter
descoberto, contente de o ter visto trabalhador e honesto, lhe atire com as
flores sinceras do meu aplauso o que a vaidade puder me dar de eloqüência
entusiasta do meu amor de Mestre, afirmando-lhe: Não me enganei!”
Faleceu em Salvadodr, no ano de 1917.
Apesar do valor de seus quadros e de sua farta produção,
morrreu pobre. Após a morte amigos, discípulos e admiradores organizaram uma
mostra de 50 quadros de sua autoria com
o objetivo de angariar recurso para ajudar
a família.
O quadro “Alegoria da República” pertencente ao acervo do Museu de Arte da
Bahia, é um óleo sobre tela, com 230x120, pintado em 1896 para atender
encomenda do governo de Prudente de Morais (1841-1902). Foi executado em Paris,
e chegou ao Brasil com o pintor, que
retornava à Salvador.
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Qual o nome da familia de Manoel?
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