ITABUNA, BAHIA - TERRA DO CACAU
Gileno Amado de Faria, mais conhecido como Gileno Amado, nasceu
em Estância (Sergipe), no dia 4 de janeiro de 1891, sendo seus pais Melchisedech
Amado de Faria (Melk, para o íntimos) e Ana Azevedo da Silveira Amado. O casal
teve 15 filhos. Em Estância nasceram Gilberto, Iaiá, Petina e Gileno. Em
Itaporanga, para onde a família se transferiu depois, nasceram Maria Zulmira,
Genoline, Gilson, Gentil, Gildo, Gillete, Genolino, Gildásio e Genne. O caçula,
Gennyson, nasceu em Aracaju. Giuseppe nasceu casualmente em Estância, algum
tempo depois. Melchisedech era comerciante de açúcar e chefe da facção política
conhecida como “cabaús”, em Itaporanga.
Gileno estudou as primeiras letras em Estância, onde
completou sua instrução primária.
Concluídos os preparatórios, matriculou-se na
Faculdade de Direito de Recife. Em 1908, ainda estudante do curso de direito, foi
para Itabuna, no sul da Bahia,
Em 1911, concluiu o curso de direito na Faculdade de Direito
do Rio de Janeiro e retornou para Itabuna, para ocupar o cargo de Delegado
Escolar.
Em 1917, iniciou a carreira política, fundou um jornal “A Época” e, aliado a Antônio Pessoa em Ilhéus muito contribuiu para
a volta de J. J. J. Seabra ao governo do Estado.
Em 1923, foi eleito presidente do Conselho Municipal de
Itabuna e exerceu, em caráter de interinidade, o governo do município, em
substituição ao titular José
Kruschevisk.
Em 1924, foi eleito deputado estadual, sendo líder dos
governadores J.J. Seabra e Góes Calmon.
Eclodida a Revolução de 1930, Gileno Amado e seu grupo
político apóiou Getúlio Vargas, do que resultou a criação do Instituto de Cacau
da Bahia.
Em 1933, Juracy Magalhães, atendendo reivindicação de
Gileno Amado, implantou os serviços de
água e esgoto em Itabuna
.
Em 1934, entrou em choque com João Mangabeira e o “Movimento
Autonomista”, ocasião em que protagonizou sério incidente político durante um
comício realizado em Ilhéus.
Eleito deputado federal constituinte em 1934, transferiu-se
para o Rio de Janeiro onde permaneceu breve período, em função de ter
regressado para Salvador, a convite do governador Juracy Magalhães, para assumir a Secretaria da Fazenda.
Em 1951, foi eleito, mais uma vez, deputado federal e, por
breve tempo, exerceu o governo do município.
Gileno Amado e sua esposa, Amélia Berbet Tavares, realizaram
importantes obras filantrópicas de cunha educacional e cultural na região do cacau. São fundadores de diversas instituições, tais como a Ação Fraternal de Itabuna, a Faculdade de
Filosofia, o Teatro Estudantil de Itabuna e a Fundação Gileno Amado,
entre outras. Contribuiu para a implantação da CEPLAC, doando uma área de 160 hectares de terra para instalação da estação experimental de Jussari.
Foi ótimo patrão. Antes de aposentar
seus servidores, em um período em que não existiam as leis trabalhistas, tinha o hábito de
entregar pequenas roças de cacau a título de indenização. Em decorrência dessas ações, foi agraciado pelo Papa Pio XII com o Grau de Comendador do Vaticano.
Em 1955, Gileno Amado se retirou da política para se dedicar
inteiramente ao desenvolvimento de Itabuna. Ele tinha verdadeira
obsessão pelo progresso grapiúna, pelo
que a Câmara de Vereadores lhe concedeu, em 1963, o título de cidadão honorário
do município. Este título foi conferido também à sua
esposa, 9 anos depois.
Gileno Amado faleceu em 25 de julho de 1969, aos 78 anos, vítima de
acidente automobilístico.
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