quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

154- MIGUEL CALMON DU PIN E ALMEIDA


Miguel Calmon du Pin e Almeida, visconde com grandeza e marquês de Abrantes, político e diplomata brasileiro, nasceu em Santo Amaro da Purificação, no dia 23 de outubro de 1796, sendo seus pais José Gabriel Calmon de Almeida e Maria Germana de Souza Magalhães.

Casou-se com Maria Carolina da Piedade Pereira Bahia, filha do barão do Catete. Não deixou herdeiros, mas um de seus sobrinhos tem o mesmo nome de batismo.

Diplomou-se em 1821, pela Faculdade de Direito de Coimbra. Nos dois anos seguintes, engajou-se na luta pela Independência, coordenando o movimento dos brasileiros contra o Governador das Armas, Inácio Luis Madeira de Melo. Logo depois, presidiu o Conselho Interino de Governo da  Bahia.

Em 1827, foi eleito deputado para a Assembléia Constituinte, da qual foi Secretário.

Convidado pelo Imperador D. Pedro I, ocupou a pasta da Fazenda, ocasião em que organzou a Caixa de Amortização da Dívida Pública. Em seguida, foi nomeado Ministro dos Estrangeiros.

Ocupou vários cargos de relevância na administração pública e publicou diversas obras sobre história, diplomacia e agricultura.

O Imperador Pedro I o indicou  para o governo da Bahia, mas o Marquês de Abrates declinou da honraria.

Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, presidiu a Imperial Academia Brasileira de Música, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, presidente da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, presidente do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil.

.Após a abdicação de D. Pedro I, deixou a política  e voltou para a sua terra natal, onde fundou a Sociedade de Agricultura da Bahia e a Sociedade Philomática de Química. Incentivou a indústria açucareira, promoveu sua modernização, defendendo-a da concorrência estrangeira.

Em 1837, retornou à vida pública, combatendo a regência do padre Feijó. Foi nomeado, mais uma vez, Ministro da Fazenda.

Em 1840, foi eleito senador pelo Ceará e, logo em seguida, D. Pedro II o nomeou, novamente, Ministro da Fazenda.

Dois anos depois, tornou-se conselheiro de Estado e representante do Brasil em missões diplomáticas em Paris, Londres e Berlim.

Em 1861, liderou a organização da Exposição da Indústria Nacional e, no ano seguinte, ocupou o Ministério dos Estrangeiros, ocasião em que conduziu a chamada “Questão Christie”. Portou-se com grande habilidade e prudência, possibilitando assim a vitória do Brasil.

A História o reconhece pelo epíteto de “Estadista de dois Impérios”.

Foi Veador de Sua Majestade, a Imperatriz, dignatário das Ordens da Rosa, do Cruzeiro do Sul, de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa de Portugal, dos Santos Maurício e Lázaro da Itália, da Ordem de Leopoldo da Bélgica e da Real Ordem Constantina das Duas Sicílias.

Faleceu em 13 de setembro de 1865, no Rio de Janeiro

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