Miguel Calmon du Pin e Almeida, visconde com grandeza e
marquês de Abrantes, político e diplomata brasileiro, nasceu em Santo Amaro da
Purificação, no dia 23 de outubro de 1796, sendo seus pais José Gabriel Calmon
de Almeida e Maria Germana de Souza Magalhães.
Casou-se com Maria Carolina da Piedade Pereira Bahia, filha
do barão do Catete. Não deixou herdeiros, mas um de seus sobrinhos tem o mesmo
nome de batismo.
Diplomou-se em 1821, pela Faculdade de Direito de Coimbra.
Nos dois anos seguintes, engajou-se na luta pela Independência, coordenando o
movimento dos brasileiros contra o Governador das Armas, Inácio Luis Madeira de
Melo. Logo depois, presidiu o Conselho Interino de Governo da Bahia.
Em 1827, foi eleito deputado para a Assembléia Constituinte,
da qual foi Secretário.
Convidado pelo Imperador D. Pedro I, ocupou a pasta da
Fazenda, ocasião em que organzou a Caixa de Amortização da Dívida Pública. Em
seguida, foi nomeado Ministro dos Estrangeiros.
Ocupou vários cargos de relevância na administração pública
e publicou diversas obras sobre história, diplomacia e agricultura.
O Imperador Pedro I o indicou para o governo da Bahia, mas o Marquês de
Abrates declinou da honraria.
Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
presidiu a Imperial Academia Brasileira de Música, foi provedor da Santa Casa
de Misericórdia do Rio de Janeiro, presidente da Sociedade Auxiliadora da
Indústria Nacional, presidente do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura
e Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil.
.Após a abdicação de D. Pedro I, deixou a política e voltou para a sua terra natal, onde fundou
a Sociedade de Agricultura da Bahia e a Sociedade Philomática de Química.
Incentivou a indústria açucareira, promoveu sua modernização, defendendo-a da
concorrência estrangeira.
Em 1837, retornou à vida pública, combatendo a regência do
padre Feijó. Foi nomeado, mais uma vez, Ministro da Fazenda.
Em 1840, foi eleito senador pelo Ceará e, logo em seguida,
D. Pedro II o nomeou, novamente, Ministro da Fazenda.
Dois anos depois, tornou-se conselheiro de Estado e
representante do Brasil em missões diplomáticas em Paris, Londres e Berlim.
Em 1861, liderou a organização da Exposição da Indústria
Nacional e, no ano seguinte, ocupou o Ministério dos Estrangeiros, ocasião em
que conduziu a chamada “Questão Christie”. Portou-se com grande habilidade e
prudência, possibilitando assim a vitória do Brasil.
A História o reconhece pelo epíteto de “Estadista de dois
Impérios”.
Foi Veador de Sua Majestade, a Imperatriz, dignatário das
Ordens da Rosa, do Cruzeiro do Sul, de Nossa Senhora da Conceição de Vila
Viçosa de Portugal, dos Santos Maurício e Lázaro da Itália, da Ordem de
Leopoldo da Bélgica e da Real Ordem Constantina das Duas Sicílias.
Faleceu em 13 de setembro de 1865, no Rio de Janeiro
.
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