Francisco Marques de Góes Calmon, banqueiro, advogado e ex-governador
da Bahia, nasceu em Salvador, no dia 6 de novembro de 1874, sendo seus pais o
almirante e chefe político Antônio Calmon Du Pin e Almeida e Maria dos Prazeres
da Cunha Góes.
Membro a um das familias mais importantes da Baha, é sobrinho-neto
do Marquês de Abrantes (154), irmão de Migual Calmon du Pin e Almeida
(engenheiro, (155) e pai de Migual Calmon du Pin e Almeida Sobrinho (ex-reitor
da UFBa, 156).
Estudou as primeiras letras em sua cidade natal, onde foi
aluno da professora Vitalina Santos. Completou sua iniciação nos colégios
Florêncio e Sete de Setembro, ambos em
Salvador.
Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, em companhia do
seu tio e pai adotivo Inocêncio Marques de Araújo Góis Calmon que, não tendo
filhos, adotou Francisco, dando-lhe o
sobrenome. No Rio, foi aluno do Colégio Abílio, dirigido por Abílio Borges,
famoso educador baiano.
Em 1887, regressou
para a Bahia e continuou os estudos no Colégio Sete de Setembro.
Em 1891, mudou-se para Pernambuco (provínicia presidida três
anos antes pelo seu pai adotivo), onde
se matriculou na Faculdade de Direito de Recife.
Em 1894, concluiu o curso de direito. No ano seguinte iniciou
a vida profissional em Salvador, no escritório de advocacia de seu tio e pai
adotivo..No mesmo ano foi nomeado professor substituto de Cronografia e
História do Brasil, no Ginásio da Bahia, primeiro e único estabelecimento de
ensino secundário até então existente na Bahia.
No exercício da profissão, se tornou um dos advogados mais
importantes da capital baiana.
Em 1897, foi nomeado fiscal do governo do Estado junto ao
Banco da Bahia.
Em 1910, desempenhou importante papel na reorganização do
Banco Econômico da Bahia, do qual se tornou presidente.
Presidiu, também, o Instituto dos Advogados da Bahia.
Góes Calmon, apesar de nunca ter sido político partidário, foi indicado para o governo da Bahia por J.J. Seabra.
Recebeu a adesão de diversas classes e saiu
vitorioso. Dentre os chefes políticos que apoiaram Góes Calmon, destacamos
Dr. Deocleciano Teixeira, médico da região de Caetité e pai de Anísio Teixeira.
Eleito, realizou um governo inovador com um secretariado composto por jovens com grande
experiência acadêmica, taos como Anísio
Teixeira (educação) e Nestor Duarte (agricultura).
Em seu primeiro ano de governo, presidiu as comemorações do
centenário de seu mestre Abílio Borges. Saneou as finanças do Estado, equilibrou o
orçamento, pagou as dívidas, reformou a economia e incentivou a agricultura.
Ampliou a rede rodoviária. Visitou os municípios do interior, reformou
o ensino, criou as primeiras Escolas Normais. Ao destacar estes feitos, Edivaldo
Boaventura acrescenta: “Góes Calmon era um apreciador do belo, um esteta, um
colecionador das diversas artes, pintura, escultura e decorativas. Construiu
uma casa de altíssimo gosto que veio a ser o Museu do Estado da Bahia com a
coleção Jonathas Abbott. Hoje, sede da Academia de Letras”,
Citando Afonso Taunaay, o mesmo Autor afirma:
“E, como raros entre nós, Góes Calmon tinha a intuição dos valores estéticos,
em considerável número de ramos da ciência do conhecimento.”
Faleceu relativamente jovem, em 29 de janeiro de 1932 com,
apenas, 58 anos de idade.
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