sábado, 15 de fevereiro de 2014

157 - FRANCISCO MARQUES DE GÓES CALMON




Francisco Marques de Góes Calmon, banqueiro, advogado e ex-governador da Bahia, nasceu em Salvador, no dia 6 de novembro de 1874, sendo seus pais o almirante e chefe político Antônio Calmon Du Pin e Almeida e Maria dos Prazeres da Cunha Góes.

Membro a um das familias mais importantes da Baha, é sobrinho-neto do Marquês de Abrantes (154), irmão de Migual Calmon du Pin e Almeida (engenheiro, (155) e pai de Migual Calmon du Pin e Almeida Sobrinho (ex-reitor da UFBa, 156).

Estudou as primeiras letras em sua cidade natal, onde foi aluno da professora Vitalina Santos. Completou sua iniciação nos colégios Florêncio e Sete de Setembro, ambos  em Salvador.

Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, em companhia do seu tio e pai adotivo Inocêncio Marques de Araújo Góis Calmon que, não tendo filhos, adotou  Francisco, dando-lhe o sobrenome. No Rio, foi aluno do Colégio Abílio, dirigido por Abílio Borges, famoso educador baiano.

Em 1887,  regressou para a Bahia e continuou os estudos no Colégio Sete de Setembro.

Em 1891, mudou-se para Pernambuco (provínicia presidida três anos antes pelo seu pai adotivo),  onde se matriculou na Faculdade de Direito de Recife.

Em 1894, concluiu o curso de direito. No ano seguinte iniciou a vida profissional em Salvador, no escritório de advocacia de seu tio e pai adotivo..No mesmo ano foi nomeado professor substituto de Cronografia e História do Brasil, no Ginásio da Bahia, primeiro e único estabelecimento de ensino secundário até então existente na Bahia.

No exercício da profissão, se tornou um dos advogados mais importantes da capital baiana.

Em 1897, foi nomeado fiscal do governo do Estado junto ao Banco da Bahia.

Em 1910, desempenhou importante papel na reorganização do Banco Econômico da Bahia, do qual se tornou presidente.

Presidiu, também, o Instituto dos Advogados da Bahia.

Góes Calmon, apesar de  nunca ter sido político partidário, foi indicado para o governo da Bahia por J.J. Seabra. Recebeu  a adesão de diversas classes e saiu vitorioso. Dentre os chefes políticos que apoiaram Góes Calmon, destacamos Dr. Deocleciano Teixeira, médico da região de Caetité e pai de  Anísio Teixeira.

Eleito, realizou um governo inovador com um  secretariado composto por jovens com grande experiência acadêmica, taos como Anísio Teixeira (educação) e Nestor Duarte (agricultura).

Em seu primeiro ano de governo, presidiu as comemorações do centenário de seu mestre  Abílio Borges. Saneou as finanças do Estado, equilibrou o orçamento, pagou as dívidas, reformou a economia e incentivou a agricultura. Ampliou a rede rodoviária. Visitou os municípios do interior, reformou o ensino, criou as primeiras Escolas Normais. Ao destacar estes feitos, Edivaldo Boaventura acrescenta: “Góes Calmon era um apreciador do belo, um esteta, um colecionador das diversas artes, pintura, escultura e decorativas. Construiu uma casa de altíssimo gosto que veio a ser o Museu do Estado da Bahia com a coleção Jonathas Abbott. Hoje, sede da Academia de Letras, Citando  Afonso Taunaay, o mesmo Autor afirma: “E, como raros entre nós, Góes Calmon tinha a intuição dos valores estéticos, em considerável número de ramos da ciência do conhecimento.”

Faleceu relativamente jovem, em 29 de janeiro de 1932 com, apenas, 58 anos de idade.

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