JOSÉ DA COSTA CARVALHO
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José da Costa Carvalho, primeiro Barão, Visconde e Marquês de Monte Alegre, político, jornalista e
magistrado baiano, membro da Regência Tina Permanente e Primeiro Ministro do Império do Brasil, nasceu em Salvador, em 7
de fevereiro de 1796, sendo seus pais José da Costa Carvalho (patrão-mor da barra da Bahia) e Ignez Maria
da Piedade Costa.
Após concluir o curso de humanidades em sua terra natal, seguiu para Portugal onde se matriculou na
Universidade de Coimbra e fez o curso de Leis. Diplomado em 1819, retornou ao Brasil.
Formado, foi nomeado Juiz de Fora e Ouvidor da cidade de São
Paulo (1822-1823). Em 1823, foi eleito Deputado Constituinte pela Bahia.
Dissolvida a Constituinte, voltou para São Paulo, sendo eleito Deputado Geral, nas
legislaturas de 1826-1929 e 1830-1833,
tendo presidido a Câmara em ambas os
mandatos.
Em 1827, fundou “O Farol
Paulistano”, primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo.
Em 1831, com a abdicação de D. Pedro I, os exaltados aproveitaram
o acontecimento para sublevar o povo e levá-lo á desordem. Um grupo de
patriotas, formado por 26 senadores e 36 deputados, nomeou, em 7 de abril, uma
Regência Trina Provisória para governar o Brasil em nome do jovem imperador (que
tinha, apenas, 6 anos de idade). Esta primeira Regência convocou os
ministros demitidos por D. Pedro I e publicou um manifesto aconselhando ordem e prudência e pregando a união de todos os brasileiros. O
clima de exaltação perdurou. Por quase todas as províncias reinava a desunião:
no Pará, no Maranhão, na Bahia, no Ceará, em Minas Gerais e em Pernambuco.
Repetiam-se distúrbios e conflitos, entre brasileiros e também entre brasileiros e portugueses,
sobretudo na Bahia e em Pernambuco. Nesta contingência foi nomeada, em 17 de
junho, a Regência Trina Permanente, composta pelo general Francisco de Lima e
Silva, José da Costa Carvalho e João Bráulio Muniz. A Regência Trina Permanente
administrou o país com competência e segurança, entregando-o aos moderados.
Em 1833, disfarçando seu desencanto com a vida pública e alegando
motivos de saúde, José da Costa Carvalho voltou para São Paulo e assumiu a direção
de Faculdade de Direito, permanecendo como seu diretor até 1836 (ano em que
faleceu sua primeira esposa, Genebra de Barros Leite).
Em 1939, foi eleito Senador por Sergipe e contraiu
casamento, em segunda núpcias, com Maria Izabel de Souza Alvim.
Em 23 de agosto de 1841, foi agraciado com título de Barão
de Monte Alegre.
Em 1842, foi nomeado Conselheiro de Estado e, no mesmo
ano, Presidente da Província de São Paulo.
Em 16 de dezembro de 1843, foi elevado a Visconde. Em 1848,
foi Ministro do Império, assim permanecendo até 1852.
Em 1854, foi agraciado com título de Marquês de Monte Alegre
e em 1848 foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, cargo que exerceu durante quatro anos..
Autoritário e intransigente, realizou a intervenção armada do Brasil no Rio da
Prata e foi, simultaneamente, Ministro da Justiça, Ministro
da Marinha, Ministro da Guerra e Ministro da Fazenda.
O Marquês de Monte Alegre foi sócio do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, fundador e primeiro presidente da Sociedade de
Estatística do Brasil e da Associação Central de Colonização do Rio de Janeiro;
Membro Honorário da Sociedade Auxiliadora
da Indústria Nacional, da Academia Imperial de Belas Artes e de várias outras
instituições científicas e culturais. Idealista e culto, foi o responsável por diversas
leis importantes, tal como a do fim do tráfico negreiro (Lei Eusébio de
Queiroz).
Além dos títulos nobiliárquicos, recebeu condecorações, como a Grã-Cruz da Legião de Honra (França) e
a Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro (Brasil).
Morreu em São Paulo, no dia 18 de setembro de 1860, sem
deixar descendentes. O nome Monte Alegre refere-se a uma fazenda de sua
propriedade localizada em Piracicaba, interior de São Paulo.
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