sexta-feira, 6 de junho de 2014

JOSÉ DA COSTA CARVALHO, BARÃO, VISCONDE E MARQUÊS DE MONTE ALEGRE

 
JOSÉ DA COSTA CARVALHO
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José da Costa Carvalho, primeiro Barão, Visconde e Marquês  de Monte Alegre, político, jornalista e magistrado baiano, membro da Regência Tina Permanente e Primeiro Ministro  do Império do Brasil, nasceu em Salvador, em 7 de fevereiro de 1796, sendo seus pais José da Costa Carvalho  (patrão-mor da barra da Bahia) e Ignez Maria da Piedade Costa.
Após concluir o curso de humanidades em sua terra natal,  seguiu para Portugal onde se matriculou na Universidade de Coimbra e fez o curso de Leis. Diplomado em 1819, retornou ao Brasil.
Formado, foi nomeado Juiz de Fora e Ouvidor da cidade de São Paulo (1822-1823). Em 1823, foi eleito Deputado Constituinte pela Bahia. Dissolvida a Constituinte, voltou para São Paulo, sendo eleito Deputado Geral, nas legislaturas de 1826-1929    e 1830-1833, tendo presidido  a Câmara em ambas os mandatos.
Em 1827, fundou  “O Farol Paulistano”, primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo.
Em 1831, com a abdicação de D. Pedro I, os exaltados aproveitaram o acontecimento para sublevar o povo e levá-lo á desordem. Um grupo de patriotas, formado por 26 senadores e 36 deputados, nomeou, em 7 de abril, uma Regência Trina Provisória para governar o Brasil em nome do jovem imperador (que tinha, apenas, 6 anos de idade). Esta primeira Regência convocou os ministros demitidos por D. Pedro I e publicou um manifesto  aconselhando ordem e prudência e pregando a união de todos os brasileiros. O clima de exaltação perdurou. Por quase todas as províncias reinava a desunião: no Pará, no Maranhão, na Bahia, no Ceará, em Minas Gerais e em Pernambuco. Repetiam-se distúrbios e conflitos, entre brasileiros e também entre brasileiros e portugueses, sobretudo na Bahia e em Pernambuco. Nesta contingência foi nomeada, em 17 de junho, a Regência Trina Permanente, composta pelo general Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João Bráulio Muniz. A Regência Trina Permanente administrou o país com competência e segurança, entregando-o aos moderados.
Em 1833, disfarçando seu desencanto com a vida pública e alegando motivos de saúde, José da Costa Carvalho voltou para São Paulo e assumiu a direção de Faculdade de Direito, permanecendo como seu diretor até 1836 (ano em que faleceu sua primeira esposa, Genebra de Barros Leite).
Em 1939, foi eleito Senador por Sergipe e contraiu casamento, em segunda núpcias, com Maria Izabel de Souza Alvim.
Em 23 de agosto de 1841, foi agraciado com título de Barão de Monte Alegre.
Em 1842, foi nomeado Conselheiro de Estado e, no mesmo ano, Presidente da Província de São Paulo.
Em 16 de dezembro de 1843, foi elevado a Visconde. Em 1848, foi Ministro do Império, assim permanecendo até 1852.
Em 1854, foi agraciado com título de Marquês de Monte Alegre e em 1848 foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, cargo que exerceu durante quatro anos.. Autoritário e intransigente, realizou a intervenção armada do Brasil no Rio da Prata  e foi, simultaneamente, Ministro da Justiça, Ministro da Marinha, Ministro da Guerra e Ministro da Fazenda.
O Marquês de Monte Alegre foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundador e primeiro presidente da Sociedade de Estatística do Brasil e da Associação Central de Colonização do Rio de Janeiro;  Membro Honorário da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, da Academia Imperial de Belas Artes e de várias outras instituições científicas e culturais. Idealista e culto, foi o responsável por diversas leis importantes, tal como a do fim do tráfico negreiro (Lei Eusébio de Queiroz).
Além dos títulos nobiliárquicos, recebeu  condecorações,  como a Grã-Cruz da Legião de Honra (França) e a Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro (Brasil).
Morreu em São Paulo, no dia 18 de setembro de 1860, sem deixar descendentes. O nome Monte Alegre refere-se a uma fazenda de sua propriedade localizada em Piracicaba, interior de São Paulo.


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