ALEXANDRE GOMES DE ARGOLO FERRÃO FILHO
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Alexandre Gomes de Argolo Ferrão
Filho, General do Exército Brasileiro e 1º
Visconde de Itaparica, nasceu em 8 de agosto de 1821. Seu pai, Alexandre Gomes de Argolo Ferrã, foi o 1º Barão de Cajaiba.
Espelhando-se em seu progenitor, assentou praça, aos dezesseis anos de idade, como 1º cadete no 1º Batalhão de Artilharia. Aos dezessete, foi promovido a 2º tenente. Em 1840, em gozo de licença, na
Bahia, apresentou-se para participar da expedição que se
destinava à província do Maranhão para lutar contra a “Balaiada”.
O principal líder desta revolta, Manuel Francisco
dos Anjos Ferreira, tinha o apelido de “Balaio”. Fabricava
balaios e se revoltou depois que uma de suas filhas foi violentada por um
policial. Procurando vingar-se, se tornou sanguinário e feroz, liderando um
grupo que devastou o interior do Maranhão, matando, violentando e arrasando os
locais por onde passava. O jovem Alexandre fez toda a campanha naquela
província.
Regressando à Bahia, um ano
depois, expedicionou para as províncias de São Paulo e Minas
Gerais. Em 1844, foi promovido a capitaõ. Em 1847, foi agraciado com a comenda
da Imperial Ordem da Rosa, no grau de
cavaleiro. Em 1849, foi distinguido com a comenda da Ordem de Cristo. Em 1852,
foi promovido ao posto de major, A partir de então sua vida foi toda ela
dedicada ao servido da pátria. Em 1868, assumiu o comando da 1ª divisão de
infantaria do 2º corpo do exército. Nomeado conselheiro, foi agraciado com o título de Visconde de
Itaparica.
Na Guerra do Paraguai comandou o
2º corpo de exército, e após ter conquistado uma das vitórias mais importantes
foi presenteado por Dom Pedro II com um título de nobreza. Designado por Caxias para construir a estrada
do Grão-Chaco, que permitiu que as forças brasileiras executassem a famosa marcha
de flanco através do chaco paraguaio. Conta-se que antes de iniciar a
construção, Caxias indagou se ele achava viável a construção. O Visconde, sem
pestanejar, respondeu: “Marechal ! Se for possível, está feita! Se for
impossível, vamos fazê-la!” O Visconde participou da Batalha de Tuiuti e da
Batalha de Itororó, onde foi ferido. Antônio Loureiro de Souza, referindo-se a bravura
do Visconde, afirmou: “O grande Caxias, com quem serviu, tinha-o em alta conta,
não se cansando de elogiá-lo em várias ordens do dia. Soube ser, assim, um
grande patriota, desses que pela impavidez e pelo patriotismo, se inscreveram
na história nacional.
Em 1869, deixou o
Paraguai e, um ano depois, no dia 23 de junho, faleceu em consequência do
ferimento de que foi vítima durante a Batalha do Itororó.
O Marechal Argollo, faleceu em 23 de junho de 1870, segundo o médico assinando o óbito como Túberculos Pulmonares", agravados pelo ferimento recebido no combate de Itororó, falecendo pouco depois de seu pai o Barão de Cajaíba (05/1870) estão enterrados no Cemitério do Campo Santo em Salvador.
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