GILBERTO GOMES
ssl#q=gilberto+gomes
Gilberto Geraldo dos Santos Gomes,
mais conhecido como Gilberto Gomes, pintor, desenhista, ilustrador, gravador,
escultor, restaurador e professor, nasceu em Aparecida, São Paulo, no dia 16 de
outubro de 1955, sendo seus pais Geraldo Gomes e Helena Rangel dos Santos
Gomes.
Filho mais velho de uma família operária,
fez sua carreira artística na Bahia. Quando criança, em dias de chuva
aproveitava o barro colhido na rua para modelar suas primeiras esculturas e se
distraia fazendo desenhos.
Aos 13 anos, mudou-se com a
família para uma casa no centro de sua cidade natal, ocasião em que passou a
frequentar o atelié do pintor e escultor Teixeira Machado. Por este atelié passaram
personalidades famosas: Di Cavalcanti,
José Pasin, Hebe Camargo, Mazzaropi, Pixiguinha, Walmor Chagas e outros. Sob a
orientação de Machado se iniciou na pintura e realizou suas primeiras
exposições. Em 1970, venceu um concurso de desenho. Três anos depois, com a
morte de Teixeira Machado, Gilberto, profundamente abalado, passou alguns meses
confinado em um porão, em Aparecida. Vencida esta ruptura, frequentou a
Associação Paulista de Belas Artes e em seguida, atendendo o chamamento de seus
pais que estavam estabelecidos em Santo Amaro da Purificação, mudou-se para a
Bahia onde passou a morar.
Na Bahia consolidou sua carreira
artísitica, especializando-se em desenho, retratando a bico de pena igrejas,
casario e figuras de santos, além de se tornar crítico de arte, professor de
artes plásticas e colaborador de jornais e revistas.
A obra de Gilberto Gomes é rica
em desenhos e pinturas de cunho
expressionista figurativo, abstracionisa, “sem deixar-se prender em um
único movimento estético”. Inicialmente formado em um formalismo acadêmico,
Gilberto conseguiu excursionar em variadas
técnicas e adaptar-se às
correntes de seu tempo. Seus trabalhos fazem
parte de acervos famosos, no Brasil e fora dele.
Gilberto Gomes chegou em Santo
Amaro da Purificação com 19 anos de idade. Aproximou-se de Jorge Portugal,
Rodrigo Veloso, José Raimundo, Raimundo Sodré, Roberto Mendes e outros
intelectuais baianos. No ano seguinte, partiu para Cachoeira, onde fez sua
primeira exposição individual e se profissionalizou como artista plástico. Lecionou
Desenho e Pintura, foi eleito Presidente do Foto Clube da Bahia. restaurou a
obra “O Primeiro Passo para a Independência” (de Antônio Parreiras) e fez
amizade com Hansen Bahia, Rainer, Jorge
Amado, Carlos Bastos, Noelice Costa Pinto e Rescala.
Em 1978, mudou-se para a visinha
cidade de São Félix onde se tornou amigo do poeta Ubiratan Chamusca. Em seguida
fixou-se em Feira de Santana onde permaneceu oito anos ilustrando livros,
fazendo exposições individuais e coletivas, atendendo encomendas de obras de
arte e ensinando na Universidade Estadual. Em 1985, virou verbete no “Dicionário de Pintores Brasileiros” (de
Walmir Ayála) e, dois anos mais tarde, realizou a exposição “Pinturas Recentes”, no
Museu Regional (considerada pela crítica como “uma das três principais mostras
do ano no Brasil”).
Finalmente em 1989 regressou à
terra natal, fixando-se no sul do país onde continuou sua trajetória artística.
Hoje é um consagrado artista que coleciona depoimentos elogiosos:
"Gilberto Gomes é, antes de
tudo, um excelente desenhista. Aquele artista compromissado com a busca e o
domínio do traço, da sombra e da luz [...] Conhecer a obra desse artista foi,
para mim, um grande privilégio." (Renée Lefevre).
"Pareceu-me estar diante de um
pintor de sensibilidade e ofício. Suas telas demonstram a qualidade de um
artista sério, que busca sua expressão própria"(Joge Amado).
"[...] jovem entre São Félix
e Cachoeira deixa entrever a sua pintura, algo das cidades velhas e barrocas; a sua
exuberância tropical
parada no tempo..." (Carlos Bastos).
"diálogo das cores (...)
numa explosão de sentimentos, devaneios e sonhos de uma fervorosa alma de
artista na busca incessante da beleza." (Herberto Sales).
"Gilberto teve coragem de
romper com o Expressionismo tradicional para tentar explicar e livrar-se do século XX.
(...) A série em azul e branco é o caminho da redendação do pintor, ou seja, a
reconciliação do artista com o mistério da criação e da vida." (Magno dos
Reis).
"Em busca da essência da
arte em sua própria essência, desvencilhou-se do formalismo acadêmico dos
antigos mestres e de todos os ismos que enrijecem o espírito e impedem a
criação” (Alexandre Marcos Lourenço Barbosa)
De seu Memorial constam vários
prêmios, exposições individuais e exposições coletivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário