O SALVADOR E O PRECURSOR- PRANCO VELASCO
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Antônio Joaquim Franco Velasco, mais conhecido como Franco
Velasco, pintor e professor, nasceu em Salvador, em fevereiro de 1780, sendo
seus pais Mateus Franco da Silva e Molina Velasco.
Foi batizado no dia 3 de outubro de 1780. Seu pai morreu quando ele era criança, mas sua mãe lhe deu educacação esmerada. Desde cedo revelou tendência para pintura, desenho e literatura..
Foi aluno, provavelmente, de José Joaquim da Rocha (1737-1807),
mas sua arte não revela grande influência desse mestre. Sua preferência era o retrato e a figura de modelo vivo. Dos
retratos que pintou, destacamos os do Conde dos Arcos, Dom Romualdo Coelho, João Ladislau de Figueiredo e Melo, Pedro
Gomes Ferrão, Jerônimo Bonaparte (pintado quando o ilustre retratado visitava
Salvador) e D. Pedro I. São de sua autoria dois trabalhos hoje expostos na
Fundação Catro Maya do Rio de Janeiro, denominados “Retrato de uma Senhora” e
“Menino com Cachorro”, ambos pintados em 1817. Mesmo assim realizou pintura
perspectivista nas Igrejas da Matriz de Santana (1813) e Senhor do Bonfim (1818-1820), em Salvador e na
Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento,em Itaparica. Seus retratos revelam que
o autor era um “desenhista correto e
discreto colorista, capaz de penetrar a psicologia de seus modelos”
Velasco gosta de ler, era conhecedor de línguas estrangeiras
e estudioso da vida dos grandes pintores.
Em 1821, após ter oferecido duas pinturas a D. João VI, foi nomeado
professor substituto da Aula Pública de Desenho de Salvador, cargo no qual foi
efetivado quatro anos depois.
Sua obra é uma transição entre o rococó e neoclássico, seus quadros tinha grande apreço no Brasil e
em Portugal e seu estilo mesclava
elementos setecentistas com novos ingredientes aqui plantados pela “Missão
Artística Francesa”
Deixou muitos alunos,
dentre os quais destacamos Bento José Rufino Capinam (1791-1874) e José
Rodrigues Nunes (1800-1881).
Em 3 de março de 1883, quando estava pintando o forro da nave e o douramento da capela-mor da Igreja
da Ordem Terceira de São Francisco da Penitenciária, em Salvador, foi
surpreendido pela morte. José Rodrigues Nunes concluiu o trabalho, de acordo
com os originais deixados por Velasco.
“Lembrar Franco Velasco é recordar um artista baiano,
injustamente, esquecido pelos conterrâneos, cujo valioso auto retrato faz parte
da pinacoteca do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia”. (Consuelo Pondé de
Sena).
Olá, muito interessante sua postagem, muito bom saber sobre um artista tão interessante. Uma das pinturas dele que quase não é citada, senão nunca, é a do Frei Caetano Brandão. Fiz um post sobre ela em meu blog, se quiser ler, https://belemepoque.blogspot.com.br/2017/05/eternizados-em-nossas-ruas-ou-pracas.html
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