BRASÃO DA FAMÍLIA FERRÃO
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Alexandre Gomes de Argolo Ferrão,
marechal de campo e herói da Independência, primeiro e único Barão de Cajaíba,
nasceu em 1800, na freguesia da Vila de São Francisco do Conde.
Filho de importante família de
ricos senhores de engenhos que teve origem em seu pai, José Joaquim de Argolo e
Queirós, construtor do sobrado do
Engenho da Ilha de Cajaiba e senhor do Engenho Itatingui. Sua mãe, Maria
Joaquina Gomes Ferrão Castelo Branco, era descendente de Antônio Gomes,
patriarca da família.
Em 21 de outubro de 1807, com
pouco mais de seis anos de idade, foi investido no posto de cadete. A partir
dos dez anos subiu todos os degraus da
hierarquia militar: alferes, aos dezoito anos; tenente, aos vinte; capitão aos
vinte e quatro; sargento-mor (major), aos vinte e seis; tenente-coronel e
depois coronel, aos trinta e oito; brigadeiro aos quarenta e dois e marechal de campo aos cinqüenta e dois.
Em 1821, foi deputado pela Bahia
às cortes portuguesas; em 1822, fez a campanha da Independência; em 1831, foi encaregado do policiamento das
Vilas de Santo Amaro da Purificação e São Francisco do Conde; em 1837, comandou
a brigada que combateu os revoltosos da “Sabinada”; em 1838, assumiu a Vice-Presidente da província da Bahia (cargo
que exerceu durante vinte anos); em 1865
foi presidente da Bahia; em 1860, foi veador de Sua Majestade a
Imperatriz.
Durante a luta pela Independência,
comandou um batalhão de caçadores na batalha de Pirajá e ”combateu bravamente
contra os portugueses e passou à história como
militar brioso e valente. Na “Sabinada” foi “um dos que
mais lutaram, contribuindo, decisivamente, para sufocar o levante” (Antônio
Loureiro de Souza), Na “Guerra dos Farrapos” lutou com com
coragem, valentia e patriotismo.
Era dono do Engenho de Cajaiba,
situado na ilha do mesmo nome. Como proprietário de escravos tinha fama de cruel. Diz Antônio Loureiro de
Souza: “Apontam-no como um caráter excessivamente rígido, impulsivo, violento,
implacável mesmo. As suas ações na vida privada como latifundiário, eram,
talvez, algo ásperas, menos benevolentes do que deveriam ser. O que se não
poderá contestar, entretanto, é o seu patriotismo e a sua bravura nos campos de
batalha, conduzindo as nossas forças armadas com um alteraria incontestável” A
respeito de sua crueldade com os escravos, contam que certa feita um
visitante elogiou os seis de uma de suas escravas. O Barão, no fim da refeição,
presenteou o convidado com os belos seios em uma bandeja.
Era comendador da Ordem de São
Bento de Avis, comendador da Ordem de Cristo, oficial da Ordem da Rosa, Medalha
da Independência e Barão com honras de grandeza. A Imperial Ordem de São Bento
de Avis é uma antiga ordem militar brasileira, originada da Ordem de Avis de
Portugal. A Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma antiga ordem
honorífica do Brasil, originada da Ordem Militar de Cristo. (depois da Ordem da
Rosa, é a que possui maior número de titulares). A Imperial Ordem da Rosa é uma
ordem honorífica brasileira, criada em 27 de fevereiro de 1829 pelo Imperador
D. Pedro I para perpetuar a memória de seu casamento, em segundas núpcias, com
Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt)
No fim da vida, o marechal
Alexandre Gomes de Argolo Ferrão
recolheu-se a uma propriedade que possuia no Recôncavo, onde faleceu em
10 de maio de 1870, com setenta anos. Deixou um filho, Alexandre Gomes de
Argolo Ferrão Filho, que foi, depois, o Visconde de Itaparica.
Simplesmente um assassino de escravos,nesta hora deve estar no inferno.
ResponderExcluirMas graças a ele, o Brasil tornou-se o que é....
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