segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

WILSON LINS


WILSON LINS
 




Wilson Mascarinhas Lins de Albuquerque, mais conhecido como Wilson Lins, romancista, ensaista, jornalista e político, nasceu em Pilão Arcado no dia 25 de abril de 1920, sendo seus pais Franklin Albuquerque e Sophia Mascarenhas de Albuquerque.
Fez o curso secundário na capital baiana, onde frequentou o Colégio da Bahia e os Ginásios Carneiro Ribeiroi e Ipiranga. Wilson Lins disse, em seu discurso de recepção na Academia de Letras da Bahia, que foi  “confessadamente mau aluno, por não se interessar pelas matérias formais da escola; deixou-se fascinar pela vasta biblioteca do Ginásio Carneiro Ribeiro, tornando-se leitor apaixonado de romances, devorando um após outro e, não contente com isso, escreveu a continuação deles, muitas vezes acrescidas de novos personagens, como fez ao volumoso  "As  minas de prata, de Alencar”.
A partir de 1948, colaborou, como jornalista,  no jornal "O Imparcial" e em outros periódicos de Salvador. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde escreveu no jornal "O Mundo" e na sucursal carioca do "O Estado de São Paulo". Regressando para Salvador, fundou o semanário "Amigo do Povo". No "O Imparcial", escreveu crônicas políticas com o pseudônimo Quincas Borba. No "Diário de Notícias", "Diário da  Bahia" e no vespertino "A Tarde" utilisando o pseudônimo Rubião Braz, conquistou, também como cronista, um público cativo. São crônicas esparsas, amplas e diversificadas e  têm forte componente político. Seu maior prestígio sempre foi o da militância política.
Além de cronista, foi ensaista.  "12 Ensaios de Nietzsche", "A Infância do Mundo" e "Tempos Escotológicos" exaltam o filósofo germânico e, ao mesmo tempo,  se aprofundam em questões políticas, existenciais e transcendentais.
Como político, foi eleito deputado estadual em várias legislaturas, foi Secretário de Educação e Cultura do Estado e presidiu o Conselho Estadual de Cultura.
Como intelectual foi eleito, em 1967, para a Academia de Letras da Bahia. Escreveu vários romances e ensaios, dos quais destacamos:
Zaratustra me Contou (romance surrealista, 1939)
12 Ensaios de Nietzsche ( ensaio,1946)
A Infância do Mundo (ensaio, 1946, 1951, 1960)
Os outros (crônicas, 1955)
 
Os Segredos do Heroi Cauteloso (novela, 1955, 1959)
 
O Médio São Francisco -- Uma sociedade de pastores e guerreiros (ensaio, 1952, 1960)
Tempos Escatológicos- (ensaios, 1959)
Os Cabras do Coronel – (romance, 1964)
O Reduto (romance, 1965)
Remanso da Valentia (romance, 1967)
Responso das Almas  (romance, 1970)
Militão sem Remorso (1980)
Crônicas do Epigrama na Bahia  (1996)
O maior trunfo de Wilson Lins, como escritor, é o de romancista. Jorge Calmon e Jorge Amado consideram sua vertente de romancista como "sua verdadeira vocação, acima até mesmo da política e do jornalismo”.
Foi  também historiador, antropólogo, sociólogo, folclorista e sociólogo. Registrou  de maneira admirável aspectos varidados da comunidade onde nasceu e viveu. “Mais do que um simples estudo, mais do que um livro de leitura agradável, o ensaio sobre o Vale do Médio São Francisco, por exemplo, é um documento, a fazer parte obrigatória da galeria das obras fundamentais, que estudam e explicam as diversas regiões da Bahia”, diz o portal da Academia de Letras da Bahia.
Wilson Lins faleceu no dia 4 de agosto de 2004.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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