LUIS HENRIQUE DIAS TAVARES
Luis Henrique Dias Tavares,
historiador e escritor baiano, nasceu na cidade de Nazaré, no dia 25 de janeiro
de 1926.
Muito jovem, fundou com
Clóvis Neiva, o jornal “Parlapatão”. Aos
16 anos de idade, excursionou pelo teatro, participando de atividades amadorísticas no Teatro de Estudantes da Bahia (TEB) e
no Cineteatro Jandaia. Depois, iniciou a atividade jornalística no periódico “O
Momento”. “Esse
semanário , diz ele, ficou conhecido como uma iniciativa do Partido Comunista, na
época ainda ilegal, quando foi parte da luta não só pela participação do Brasil
na guerra contra o nazi-facismo, como, também, na luta pela democracia, pelo
fim da ditadura de Getúlio Vargas”.
Em 1948, ingressou na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Bahia, onde fez os cursos de bacharelado
e licenciatura em Geografia e História. È Doutor em História, tem pós-doutorado em História pela Universidade de Londres, é
professor catedrático aposentado de História do Brasil, na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal da Bahia (da qual é
Professor Emérito).
Foi diretor do Arquivo Público da
Bahia (1959-1969) e membro do Conselho Estadual de Culutra da Bahia. É Sócio
Emérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Geográfico da Histórico da Bahia
e da Academia Portuguesa de História e Professor Honoris Causa da Universidade
Estadual da Bahia.
Luis Henrique escreveu sobre a história da Bahia, desde o seu descobrimento. A Bahia é o seu tema permanente. Sua “ História da Bahia”, hoje na
décima primeira edição, é obra um livro obrigatório para a biblioteca de qualquer historiador. Na
opinião do Autor, esta obra “é mais voltada para a história e para a
literatura; teve uma excelente divulgação na sala de aula, não como
imposição, mas como auxílio aos professores”. “As histórias dos estados fazem
parte da história do país, diz ele. As nossas histórias do Brasil, em destaque
as que são didáticas, não dão atenção a importantes acontecimentos históricos ocorridos
nos estados”. Um dos eventos históricos mais estudados por Luiz Henrique Dias
Tavares, é a Conjuração Baiana do final do século XVIII, a qual -- afirma Luiz Henrique, tem duas fazes
distintas: a primeira, a cargo de proprietários; a segunda, mais radical, a cargo
de libertos e cativos.” Diz ele: “o
objetivo dos conjurados era fundar naquela terrivelmente pobre e miserável
capitania da Bahia a primeira república no Brasil: a República Bahiense”. Referindo-se
ao momento atual, afirma: “o atraso crônico do nosso país, nos dias dias de hoje,
é causado pela escravidão”.
A respeito de sua carreira de
escritor, conta Luis Henrique: “quando
era cronista no Jornal da Bahia, era responsável por uma seção chamada “Cidade,
Homens e Bichos”. Essas crônicas, que saiam na terça, quinta e no sábado, obtiveram
excelente repercussão. O grande Jorge Amado selecionou as que considerava
melhores para, por iniciativa própria, publicar na sua editora em São Paulo, a
Editora Martins, uma obra literária. Foi meu primeiro livro de crônicas, cujo
título era “Moça Sozinha na Sala”. Depois seguiram outros livros, inclusive
três novelas. Uma delas condenava a Ditadura, outra falava sobre a amizade e o
amor e, uma última, que condenava a exploração sexual infantil”.
Suas principais obras são:
FICÇÃO: A Noite do Homem (960),
Moça Sozinha na Sala (1960), Menino Pegando Passarinho (1966), O Sr. Capitão/ A
Hróica Morte do Combativo Guerreiro (1969), Homem Deitado na Rede (1969),
Almoço Posto na Mesa (1991), Não Foi o Vento que a Levou (1996), Sete Cães
Derrubados (1999).
HISTÓRIA: As Idéias Revolucionárias
de 1798 (1956), História da Bahia (1959), O Problema da Involução Industrial da
Bahia (1966), Duas Reformas da Educação na Bahia: 1895 e 1925 (1969), Curso de
História do Brasil, volume I (1971), História da Sedição Intentada na Bahia em
1798 (1975), Pedro Calmon (1977), A
Independência do Brasil na Bahia (1982), Manuel Vitorino: Um Político da Classe
Média (1981), O Fracasso do Imperador (1986), Comércio Proibido de Escravos
(1988), A Conjuração Baiana (1994), Bahia: 1798 (1995), O Movimento Revolucionário
Baiano (2001), Nazaré, Cidade do Rio Moreno (2003), Da Sedição de 1798 à
Revolta de 1824 na Bahia (2003)
FONTES: Site da Academia de Letras da Bahia
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LIVROS DE LUIS HENRIQUE DIAS TAVARES
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