quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CHICO LIBERATO


   
CHICO LIBERATO
 
 



Francisco Liberato de Matos, mais conhecido como Chico Liberato, artista plástico e cineasta baiano, nasceu em Salvador, no ano de 1936.
Começou a pingar desde os 10 anos. Aos 12, fez um quadro que causou confusão. Chamava-se “O enterro”. Em cada casa onde o quadro passava, morria alguém. Referindo-se a este fato escabroso, disse: “Continuei a pintar assim mesmo. Mas um dia, sentado sob uma árvore, às margens do Rio Paiaiá, contemplei a natureza de um jeito diferente. Alí percebi que pelo processo da arte eu poderia chegar à transcendência. No caminho cheguei ao cinema”.
Apareceu no meio artístico nos anos de 1960, quando participou do movimento cultural promovido por vários artistas.  Em 1963, fez sua extreia como artista plástico, promovendo uma primeira exposição  na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes participou da “I Bienal de Artes Plásticas da Bahia” (1966), da “Bahia Década de 70”, no Instituto Goethe, e de várias outras exposições coletivas.
A partir de então, ganhou fama nacional. Entre 1979 e 1991, dirigiu o Museu de Arte Moderna da Bahia e coordenou a área de Artes Visuais e Multimeios da Diretoria de Imagem e Som da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Em 1972, influenciado por Guido Araújo, organizador da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, começou a fazer conjecturas sobre os filmes de animação; fez um curta-metragem, “Ementário” e com ele ingressou no mundo cinematográfico. É o pioneiro do cinema de animação na Bahia. Depois de "Ementário", fez oito curta-metragens e em 1984, lançou "Boi Arauá", premiado pela UNESCO.
Liberato  justifica sua passagem para o mundo do cinema, dizendo: "Eu já estava conformado em passar a vida fazendo quadros para expor em parede. Comecei a pintar ainda menino na Bahia e passei os anos 1960 enfiado entre os maiores nomes das artes plásticas do país. Mas faltava uma coisa: o movimento. Isso eu ia conseguir no cinema. Com o movimento, fica mais fácil alcançar a transcendência que eu procuro, a partir do imaginário de um continente chamado sertão. Continente que explodia em tintas de cordel em "Boi Aruá".
Sua última produção é um novo longa metragem em animação, “Ritos de Passagem”. O filme retrata dois persogens do imaginário do sertão que morrem e, após a morte, entraram na barca de Caronte (Caronte, da mitologia grega) com o objetivo de navegarem pelo rio da morte. No trajeto, iduzem à reflexão sobre as ações e opções que cada um fez diante dos acontecimento que a vida lhes apresentou. Rememoram “os acontecimentos vividos no contexto denso, dramático e adverso propiciado pelos rigores da vida áspera do sertão”. Neste clima, surgem as figuras carismáticas e controvertidas que habitam o mundo sertanejo, influenciando o comportamento das multidões. O roteiro é permeado de cânticos populares, costumes, idumentárias, vocabário, sotaque e hábitos da região.
A filmografia de Liberato tem a seguinte cronologia: “Anti-strofe” (1972), “Ementário” (1973), “O que os olhos vêm” (1973). “Deus não está morto” (1974), “Caipora” (1974), “Pedro Piedra” (1976). “Eram-se opostos” (1977), “Muçaambira (1982), “Boi Aruá”(1983), “Caravana”(1985). “Um Outro” (2008) e, finalmente, “Ritos de Passagem”(2008). “Muçagambira” ganhou o prêmio Melhor Filme Bahiano, na XXI Jornada Brasileira de Curta-Metragem; “Caravana” levou o Prêmio Concine.
Suas exposições individuais foram realizadas em Salvador, Rio de Janeiro e Zurich (Suiça). As coletivas, em Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Paris (França) e Belém.
 FONTES:  Wipédia, a enciclopédia livre e Globo Cultura
              
 
            
OBRAS DE CHICO LIBERATO
 
"UM OUTRO,"  2008
"RITOS DE PASSAGEM", 2008
"RITOS DE PASSAGEM", 2008

"JANELA POÉTICA", PINTURA
"BOI ARAUÁ", 1984, PRÊMIADO PELA UNESCO
 

Um comentário:

  1. Já que vc gosta de nossas artes, comapreaça na UFBA, dia 30 http://www.facebook.com/QuadrinhoNacional2013

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