CHICO LIBERATO
Francisco Liberato de Matos, mais
conhecido como Chico Liberato, artista plástico e cineasta baiano, nasceu em
Salvador, no ano de 1936.
Começou a pingar desde
os 10 anos. Aos 12, fez um quadro que causou confusão. Chamava-se “O
enterro”. Em cada casa onde o quadro passava, morria alguém. Referindo-se a este
fato escabroso, disse: “Continuei a pintar assim mesmo. Mas um dia, sentado sob
uma árvore, às margens do Rio Paiaiá, contemplei a natureza de um jeito
diferente. Alí percebi que pelo processo da arte eu poderia chegar à
transcendência. No caminho cheguei ao cinema”.
Apareceu no meio artístico nos
anos de 1960, quando participou do movimento cultural promovido por vários
artistas. Em 1963, fez sua extreia como artista plástico,
promovendo uma primeira exposição na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro. Nos
anos seguintes participou da “I Bienal de Artes Plásticas da Bahia” (1966), da “Bahia
Década de 70”, no Instituto Goethe, e de várias outras exposições coletivas.
A partir de então, ganhou fama
nacional. Entre 1979 e 1991, dirigiu o Museu de Arte Moderna da
Bahia e coordenou a área de Artes Visuais e Multimeios da Diretoria de Imagem e
Som da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Em 1972, influenciado por Guido
Araújo, organizador da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, começou a
fazer conjecturas sobre os filmes de animação; fez um curta-metragem,
“Ementário” e com ele ingressou no mundo cinematográfico. É o pioneiro do
cinema de animação na Bahia. Depois de "Ementário", fez oito
curta-metragens e em 1984, lançou "Boi Arauá", premiado pela UNESCO.
Liberato justifica sua passagem
para o mundo do cinema, dizendo: "Eu já estava conformado em passar a vida
fazendo quadros para expor em parede. Comecei a pintar ainda menino na Bahia e
passei os anos 1960 enfiado entre os maiores nomes das artes plásticas do país.
Mas faltava uma coisa: o movimento. Isso eu ia conseguir no cinema. Com o
movimento, fica mais fácil alcançar a transcendência que eu procuro, a partir
do imaginário de um continente chamado sertão. Continente que explodia em
tintas de cordel em "Boi Aruá".
Sua última produção é um novo
longa metragem em animação, “Ritos de Passagem”. O filme retrata dois persogens
do imaginário do sertão que morrem e, após a morte, entraram na barca de
Caronte (Caronte, da mitologia grega) com o objetivo de navegarem pelo rio da
morte. No trajeto, iduzem à reflexão sobre as ações e opções que cada um fez
diante dos acontecimento que a vida lhes apresentou. Rememoram
“os acontecimentos vividos no contexto denso, dramático e adverso propiciado
pelos rigores da vida áspera do sertão”. Neste clima, surgem as figuras
carismáticas e controvertidas que habitam o mundo sertanejo, influenciando o
comportamento das multidões. O roteiro é permeado de cânticos populares,
costumes, idumentárias, vocabário, sotaque e hábitos da região.
A filmografia de Liberato tem a
seguinte cronologia: “Anti-strofe” (1972), “Ementário” (1973), “O que os olhos
vêm” (1973). “Deus não está morto” (1974), “Caipora” (1974), “Pedro Piedra”
(1976). “Eram-se opostos” (1977), “Muçaambira (1982), “Boi Aruá”(1983),
“Caravana”(1985). “Um Outro” (2008) e, finalmente, “Ritos de Passagem”(2008).
“Muçagambira” ganhou o prêmio Melhor Filme Bahiano, na XXI Jornada Brasileira
de Curta-Metragem; “Caravana” levou o Prêmio Concine.
Suas exposições individuais foram
realizadas em Salvador, Rio de Janeiro e Zurich (Suiça). As coletivas, em
Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Paris
(França) e Belém.
OBRAS DE CHICO LIBERATO
Já que vc gosta de nossas artes, comapreaça na UFBA, dia 30 http://www.facebook.com/QuadrinhoNacional2013
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