MÃE SENHORA
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Maria Bibiana do Espírito Santo,
conhecida como Mãe Senhora, nasceu em Salvador, no dia 31 de março
de 1880, sendo seus pais Félix do Espírito Santo e Caludiana do Espírito
Santos. Foi a terceira Iyalorixá do Ilê Opô Afonjá. Descendente da nobre família Asipá, era neta de Marcelina da Silva, fundadora do
Candomblé da Barroquinha, primeira casa de candomblé no BrasIL.
Foi Iniciada na nação de Ketu por
Mãe Aninha, em 4 de novembro de 1907. Casou-secom Arsênio dos Santos e com ele
teve um único filho, Deoscórides Maximiniano
dos Santos (Mestre Didi).
Possuia uma barraca na rampa do
Mercado Modelo. Pela manhã vendia manga,
araçá, mangaba, bolinhos, manauês e bolachinhas de goma. No início da tarde voltava para casa, levando suprimentos para o preparo dos quitutes do dia seguinte. Em janeiro, por
ocasião das festas do Senhor do Bonfim, vendia cocada
e outros doces, no largo da Ribeira.
Frequentava igrejas, e assistia missas. Nas rua andava como se fosse qualquer pessoa. No terreiro de Candomblé, usava as roupas do preceito, isto é, lenço na
cabeça, bata, colar, balagandãs, berloques e saia rodada.
Em 1945, sete anos depois da
morte de Mãe Aninha, Maria Babiana
passou a Ialorixá . Como mãe de santo, conta Agenor Miranda, “foi a
verdadeira continuadora de mãe Aninha. Quando a conheci, diz ele, Mãe Senhora
era uma verdadeira rainha. Sabia
ser dócil e meiga mas, também, sabia impor respeito, quando necessário. Todos respeitavam Mãe Senhora. Eu era amigo dela mas sempre a respeitei porque os antigos sempre tinham em mente a
hierarquia. Ela era mais velha do que eu.”
Várias pessoas abordaram
diferentes aspectos de Mãe Senhora:
1) Sinval
da Costa Lima, disse que ela “era uma
mulher muito rigorosa com as coisas da seita; não abria mão de nada que não fosse
determinado, não fazia nada sem "ir ao pé de Xangô", isto é sem que
ele autorizasse e confirmasse...”
2) Sua
neta Nídia, filha de Mestre Didi contou que na festa de Oxum Mãe Senhora se mudava para
a casa de Oxum e lá permanecia 16 dias em companhia das pessoas mais íntimas.
Na casa de Oxum cozinhava, lavava roupa e fazia as demais obrigações.
3) Moacyr
Barreto Nobre acrescentou: “era uma maravilha. Eram 16 dias de obrigação para
Oxum. Ela vibrava e dançava muito. Ela era leve, era linda”.
4) Mãe
Carmen, filha de Menininha do Gantois, relatou que Mãe Senhora Senhora “era bem meiguinha; aquele jeito de Oxum, aquele carinho, mas na
hora necessária tinha pulso forte. Era baixinha, meio forte, aquele jeito de mãezona,
um jeito gostoso de baiana, que a gente não vê mais. Meio gordinha, meio
redondinha, meio fofinha-, andar macio, pisando mais para um lado, aquele jeito
manhoso de andar...”
5) Nancy
Carybé contou que Mãe Senhora “tinha uma coisa que impressionava muito: era o de olhar para a
pessoa e saber das coisas que se passavam com ela, o que ia em sua cabeça. Ela dizia
coisas que depois, quando se consultava
os búzios, eles confirmavam tudo..."
6) Nídia
Maria Santos recordou que Mãe Senhora “não
dava entrevista, não gostava de repórter. Só quem conseguia entrevistá-la era Jorge Amado, Antônio Olinto, Carybé, Camafeu de Oxóssi,
que eram muito amigos dela.”
7) O
antropólogo Vivaldo da Costa
Lima, disse que Mãe Senhora iniciou cerca de oitenta
pessoas, sendo que apenas oito eram do sexo masculino.
Mãe Senora morreu em 22 de
janeiro de 1967. Quinta feira, 19 de janeiro, recebeu a visita do amigo Luiz Domingos. Olhou para ele e disse: “Olhe,
meu escurinho, no sábado eu quero comer peixe trazido por você”. Sexta feira,
dia 20, passou mal. No sábado pela manhã Luiz Domingos, onforme prometera, mandou peixe fresco para o almoço; à tarde, Jorge Amado levou o médico Menandro Novais que, ao
examiná-la, recomendou repouso. Ela alegou que não podia repousar pois tinha
de fazer as obrigações de Xangô. À noite foi dormir e, na madrugada de domingo,
22 de janeiro, faleceu.
FONTE: Wikepédia, a enciclopédia livre
Mãe Senhora, Jorge Amado, Zélia Gattai. Simone de
Beauvoir e Jean-Paul Sarte
Mãe Senhora, Vivado Costa Lima, Jorge Amado,
Zélia Gattai, Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre
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