domingo, 13 de janeiro de 2013

JOÃO UBALDO RIBEIRO


           
JOÃO UBALDO RIBEIRO

                                                                                  
 

 

João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, mais conhecido como João Ubaldo, escritor, jornalista, roteirista e professor, membro da Academia de Letras da Bahia e detentor da maior premiação para autores de língua portuguesa,  nasceu em Itaparica em 23 de janeiro de 1941, sendo seus pais Manoel Ribeiro, advogado de renome, fundador do curso de Direito da Universidade Católica do Salvador,  e Maria Felipa Osório Pimentel.
Ubaldo é autor de vários romances (Setembro não tem sentido, Sargento Getúlio, Vila Real, Viva o povo brasileiro, O sorriso do lagarto, O feitiço da Ilha do Povão, A Casa dos Budas Ditosos, Miséria e grandeza do amor de Benedita, Diário do Farol e O Albatroz Azul), Contos (Vencecavalo e o outro povo, e Livro de histórias), crônicas (Sempre aos domingos, Um brasileiro em Berlim, Arte e ciência de roubar galinhas, O Conselheiro Come, A gente se acostuma a tudo e Rei da Noite) e Ensaios (Política; quem manda, por que manda, como manda), alem de obras infanto-juvenis (Vida e paixão de Pandonar, o cruel, A vingança da Charles Tiburone e Dez bons conselhos de meu pai)
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Quando completou dois meses de idade seus pais mudaram-se para Aracaju, onde passou parte da infância.  Em 1947, estudou as primeiras letras com um professor particular.  Alfabetizado,  começou a ler Monteiro Lobato e outros autores de livros infantis. Em 1951, matriculou-se no Colégio Estadual  Atheneu Sergipense. Nessa época foi tomado  por uma verdadeira paixão pela leitura. Foi um excelente aluno.  Seu pai exigia contas sobre os textos que havia lido, obrigando-o a resumi-los e traduzir alguns  trechos. Nas férias, ao invés de se divertir, lia tudo que lhe chegava às mãos, praticava  latim, e copiava  sermões do Padre Vieira.  Quando seus pais se mudaram  para a Salvador,  o jovem Ubaldo fez amizade com engenheiros norte-americanos, e aprofundou  seus conhecimentos de inglês. Matriculou-se no curso clássico do Colégio da Bahia. No ano seguinte  conheceu Glauber Rocha, do qual  se tornou  grande amigo.
Em 1957, começou a trabalhar como repórter no “Jornal da Bahia”, onde iniciou a vida de jornalista. Depois, se transferiu para “A Tribuna da Bahia” e foi editor-chefe. Em 1959, participou da antologia “Panorama do Conto Bahiano”, organizada por Nelson de Araujo e Vasconcelos Maia. Ingressou na  Prefeitura de Salvador, como Office-boi; em seguida passou a redator, no Departamento Municipal de Turismo.
Concluído o curso clássico, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, pela qual foi diplomado em 1962. No penúltimo ano do curso, editou revistas e jornais culturais,  leu e releu os grandes mestres da literatura e  participou da coletânea de contos “Reunião”, editada pela Universidade Federal da Bahia.
Em 1962, fez pós-graduação em Administração Pública e, no ano seguinte, escreveu seu primeiro romance, “Setembro não faz sentido”.  Em 1964, foi para os Estados Unidos, onde fez seu mestrado em Administração Pública e Ciência Política. Regressou em 1965, quando começou a lecionar Ciências Políticas na UFBa. Ao cabo de seis anos deixou a carreira acadêmica e voltou ao jornalismo.
A partir de então, ganhou notoriedade.
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Seu estilo é caracterizado pela ironia e pelo contexto social do Brasil, sem perder os liames com a cultura portuguesa e a cultura africana. Às vezes, diz Antônio Olinto, “ele começa a história pelo meio, como se ela já houvesse existido antes. Mas como falar deste país sem o lanho do humor? Em tudo insere João Ubaldo a visão do humorista, que vê o que não aparece, identifica a nudez das gentes, entende os pensamentos ocultos".
 
  
 
 
 
     


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