quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

JOÃO DAS BOTAS

ENTRADA DAS TROPAS BRASILEIRAS
EM SALVADOR, NO DIA 2 DE JULHO
DE 1823





João Francisco de Oliveira Botas, mais conhecido como João das Botas,  herói da Independência, combateu as forças portuguesas nas águas da Bahia de Todos os Santos, na ilha de Itaparica e  no trecho da costa, compreendido entre a Praia da Ponta da Areia e a barra do rio Paraguassu.
Ao lado do almirante Lorde Thomas Cochrane, comandante da esquadra brasileira, é considerado herói da Marinha Nacional.
Na época da proclamação da Independência, nem todas as províncias aderiram à causa brasileira. O principal foco de resistência contra o domínio lusitano concentrou-se na Bahia, onde o Governador das Armas, General Madeira de Mello, tinha sobre seu comando apreciável força de terra e mar.
Inicialmente, a  reação foi desarticulada mas aos poucos foi se organizando e se alastrando  pelo interior.  Os portugueses recuaram, até se  confinarem à cidade de Salvador e  arredores. No mar, todavia, conservaram a supremacia.
A sorte da guerra acabou dependendo do domínio da Bahia de Todos os Santos e, consequentemente, do abastecimento das tropas  e das cidades envolvidas  no movimento.  Neste contexto, a vitória  ficou nas mãos  da “Flotilha Itaparicana” que durante sete meses combateu, sem tréguas, a esquadra lusitana.
João das Botas recebeu ordem de partir para Itaparica, e assumir o comando da flotilha. Ao chegar em Itaparica, em fins de novembro de 1822, tomou as primeiras providências. Em  6 de dezembro, lançou ao mar o primeiro barco artilhado, o “Pedro I”. Depois, acrescentou três outros barcos e pouco a pouco foi aumentado seus liderados, até alcançar um contigente de cerca de 800 homens.
Os portugueses atacaram  Itaparica com  quarenta lanchas, dois brigues de guerra e  várias canhoneiras.  João das Botas, com  quatro barcos, resistiu  durante três dias, tornando impossíel o  desembarque dos invasores.
Os portugueses perderam a supremacia marítima  e, ao mesmo tempo,   ficaram cercados por terra, nas cercanias  de  Pirajá.
Em 2 julho de 1823,  as tropas  brasileiras  entraram em  Salvador.
O General Madeira de Melo  rumou  para Portugal sob o fogo da Esquadra Brasileira.  A  Flotilha Itaparicana, sob o comando  de  João das Botas,  perseguiu  os barcos lusitanos até  alto mar.
 
 
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

CÂNDIDO DA FONSECA GALVÃO (DOM OBA II)


                     
                     CÂNDIDO DA FONSECA GALVÃO,
                    PRÍNCIPE OBA II
                        http://www.google.com.br/imgres?num=10&hl=pt-






Cândido da Fonseca Galvão, conhecido como Oba II dÀfrica, nasceu em Lençóis, em 1845.
Oba, na língua Iorubá significa “rei”.  Seu avô, Aláàfin Abiodum, foi o último soberano do Reino de Oyo, hoje incorporado à Nigéria. Quando irrompeu a guerra civil em Oyo, a família real foi escravizada e o pai de Oba II, Benvindo da Fonseca Galvão, veio para  o Brasil, em busca dos diamantes da Chapada Diamantina. Consta que por ocasião do nascimento de seu filho, Cândido da Fonseca Galvão, os escravos das Lavras Diamantinas se reuniram e compraram sua carta de alforria.
Pouco sabemos da infância de Oba II.  Diz a tradição que ele aprendeu a ler e escrever com  seu pai.
Ao chegar na idade adulta, alistou-se voluntariamente para lutar na Guerra do Paraguai (1865-1870), onde serviu como alferes da 3ª Companhia de Zuavos Baianos. Ferido na mão direita, retirou-se da ativa no dia 31 de agosto de 1861. Buscou o reconhecimento de seus feitos e valimentos, dirigindo-se  inclusive  ao Imperador, que o atendeu concedendo a honra de oficial do Exército Brasileiro. Não satisfeito, pleiteou uma  pensão, o que lhe foi concedido no ano seguinte.
Terminada a Guerra, fixou-se no Rio de Janeiro, onde se tornou uma figura folclórica, reverenciado como um príncipe, por escravos e homens livres de cor que viviam nos subúrbios da capital do Império.
“Negro, alto, forte e elegante, trajando fraque, cartola e luvas, trazendo à mão bengala e guarda chuva, ostentando sobre o nariz um pince-nêz de ouro com lentes azuis, o principe Dom Obá II d´Africa era o primeiro a chegar às audiências públicas que o imperador Pedro II concedia aos sábados, na Quinta da Boa Vista”. Envergando uniforme de alferes,  fraque, ou casaca, visitava o Paço Imperial, onde era recebido por D. Pedro II como se fosse um dignatário estrangeiro, que falava  crioulo mesclado com palavras  do  latim  e  do iorubá.
Dom Oba II participava do debate intelectual e político com pensamento próprio e definido.  Defendia a lavoura de exportação como base econômica do Império,  combatia o trabalho escravista, e procurava o apoio de D. Pedro II para seus projetos. Tentou até ser nomeado embaixador do Brasil na Costa d`Àfrica (Àfrica Ocidental).
Ridicularizado por uns, reverenciado por outros, D. Obá II cultivava ideias  avançadas para  sua época: defendia a igualdade das raças, a abolição dos escravos,  a justiça social, a monarquia, e combatia os maus tratos no Exército, o uso da chibata e a Evolução das Espécies. Seus adeptos davam o dinheiro necessário para a difusão dessas ideias, publicadas em folhetos que eram distribuidos nas esquinas, quitandas e mercados. Oba II escreveu artigos nos jornais da Corte, divulgando  seu modo de pensar:  daí o motivo de ser  considerado pioneiro do movimento da negritude no Brasil.
Era  amigo particular de D. Pedro II que o recebia em audiência particular. Dentre os pertences da Princesa Isabel foi encontrado um retrato de Oba II, o que demonstra  o grau de seu relecinamento com a família imperial.
Com a chegada da Abolição, Oba II perdeu a capacidade de arrecadar impostos de seus súditos e, com a Proclamação da República, foi alvo de tenaz perseguição por parte dos republicanos. Triste e esquecido, faleceu no dia 8 de julho de 1890, em sua casa na Rua Barão de São Félix.
Sua morte foi noticiada na primeira página dos jornais, todos eles ressaltando a enorme popularidade do Príncipe Dom Oba, cuja magestade “ninguém se atraveu jamais a contestar”. D. Obá foi enredo da Escola de Samba Estação da Mangueira, tema de filme nas telas do cinema  e teve sua biografia escrita por  Eduardo Silva publicou, autor do livro "D. Oba II, Príncipe das Ruas".
 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1)Blog do Gutemberg (disponível em http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/2006/07/dom-ob-ii-dfrica.html). Acesso em 26 de janeiro de 2013.
2)Yahoo Respostas- Dom Obá- Príncipe do Povo, heroi dos desvalidos das ruas desta Pequena África (disponível em http://br.answers.yahoo.com/question/indexqid=20080113054522AAAAYuOV) Acesso em 26 de janeiro de 2013.
3)Wikipédia, a enciclopédia livre (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_da_Fonseca_Galv%C3%A3o) Acesso em 26 de janeiro de 2013.
 

DOM OBA II, PRINCIPE DAS RUAS
 
 
 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

GIL MÁRIO MENEZES


GIL MÁRIO MENEZES
 
 

Gil Mário de Oliveira Menezes, mais conhecido como Gil Mario Menezes, nasceu em 1947, em Salvador, sendo seus pais Maria Cristina de Oliveira Menezes, professora universitária, e Gilberto Menezes, empresário.
Aos 23 anos de idade, iniciou a vida profissional ensinando Desenho no Centro de Educação Técnica da Bahia (CETEBA). Para atender exigência do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio, foi para Recife, onde matriculou-se na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco e obteve a respectiva licenciatura, em 1972. Sua vocação era para as artes plásticas, motivo pelo qual ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde concluiu a licenciatura em Desenho e Plástica, no ano de 1979. Não satisfeito, fez o curso de pós-graduação em Artes Visuais: Cultura e Criação.
Assim qualificado, iniciou a vida acadêmica em Feira de Santana, e ingressou no mundo artístico. Aprovado como professor titular da Universidade Estadual de Feira de Santana, iniciou o magistério na referida Universidade, na qual foi aposentado em 2012.
Tem sido grande incentivador das atividades artísticas, no meio universitário e na comunidade. Na Universidade, foi assessor cultural do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA); participou da implantação da Galeria de Arte Caetano Veloso, em Santo Amaro, transformada posteriormente em Museu; incrementou o intercâmbio entre o Museu de Arte Moderna e o Museu Regional de Arte de Feira de Santana (do qual foi Curador, por mais de 16 anos). Na comunidade, publica artigos, mantém uma coluna especializada em artes, é crítico de arte em diversos jornais, participa de exposições individuais e coletivas, cria obras artísticas em avenidas e praças públicas (“Monumento ao Caminhoneiro” e o "Monumento a Georgina Erismann" são exemplos) e participa de instituições culturais, notadamente da Academia de Letras e Artes, da Academia de Educação e do Instituto Histórico e Geográfico.
Sua inclinação é, como dissemos, para as Artes Plásticas, das quais se tornou um dos maiores expoentes. No dizer de Edivaldo Boaventura, “Gil Mário desde muito cedo desenha e constrói com linhas e ângulos. Ao artesanato das maquetes, acrescentou a técnica do desenho e os segredos da plástica, que cada dia mais aperfeiçoa para atingir o ponto da possibilidade que emociona”.
A pintura de Gil Mário tem características marcantes: sua temática é a flora e a fauna; com idêntica perfeição, a pessoa humana (Carlos Eduardo da Rocha).
Até outubro de 2008, Gil Mário esteve presente em 23 exposições individuais (em Feira de Santana, Santo Amaro, Cachoeira, Salvador e São Paulo) e 91 exposições coletivas, em vários pontos do Brasil.
 
 
FONTES: Sites do artista, da Wikipédia e da Academia de Educaçã de Feira de Santana. 
 
VEGATAÇÃO BRASILEIRA, I - 2011
SÃO JERÔNIMO- 2010
ARTE COMESTÍVEL - 2010
SÃO FRANCISCO DE ASSS - 2010
NOSSA SENHORA SANTANA,PADROEIRA
DE FEIRA DE SANTANA - 2010

 

 
 
 
 

sábado, 19 de janeiro de 2013

ANTÔNIO BRASILEIRO


ANTÔNIO BRASILEIRO





Antônio Brasileiro Borges, mais conhecido como Antônio Brasileiro, ou simplesmente “Brasileiro”, poeta, prosador, pintor, editor, ensaísta e professor  universitário,  nasceu  em 1944, na cidade de  Rui Barbosa, onde viveu até 1955. Na década de 1950, foi aluno, em Feira de Santana, do Colégio Santanópolis, fundado e dirigido por Áureo de Oliveira Filho.
Passou algum tempo em Salvador mas desde 1972 vive em Feira de Santana, onde é Professor de Teoria da Literatura na Universidade Estadual. É membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupa a Cadeira 21, anteriormente ocupada por Jorge Amado e, depois. por Zélia Gattai.  Com dezenas de  livros publicados,  é o primeiro escritor, residente no interior do estado, a assumir uma Cadeira na referida Academia.
Brasileiro é  o  criador do grupo “Hera de Poesia” (movimento formado por figuras da literatura baiana dos anos 70, dentre os quais destacamos Roberval Pereyr, Juraci Dórea e Leni David) e um dos fundadores da “Projeto Chocalho de Cabra” (que reúne artistas em locais públicos para produção de obras de artes).
Sua temática é o  que ele chama “desconcerto do mundo”. Ele   criou uma  poesia própria , “na tentativa vã de compreender a dinâmica terráquea”.   Dizem os entendidos que “ele convive com os outros homens, mas não como os outros homens”. Ele próprio diz: “Prezados senhores, somos todos da mesma cepa se vistos de binóculos/ Mas não somos os mesmos/ Eu, com meus poemas indecifráveis/ Vós, com vossas gravatas coloridas/ Eu, com esta consciência de mim/ Vos, com vossa mesa farta/ Eu, buscando sempe o inatingível.../ de binóculo somos os mesmos/ Eis uma grande inustiça"...
Antônio Brasileiro tem uma cosmografia sua, uma cosmografia do mundo que ele habita, do mundo que ele fala. Não é uma poesia esquisofrênica: pelo contrário, é uma  poesia  agradável de ser lida e   ouvida.
Sua contribuição nas letras e nas artes é significativa.  Com 25 obras publicadas,  pode se orgulhar de ter contribuído para a formação de vários escritores baianos que  surgiram, ou não, em sua época.
Cuida de coisas etéreas, e também de coisas concretas. É fazendeiro  no Acre e  faz  o que os outros homens também fazem: joga tênis, faz caminhadas  e reúne amigos para tertúlias.
 
FONTE: site da Academia de Letras da Bahia
 
 
OBRAS DE ANTÔNIO BRASILEIRO
 
         
 
      
 
                                                                 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA


       
RAIMUNDO DE OLIVEIRA  (AUTO-RETRATO)
 
 
 



Raimundo Falcão de Oliveira, mais conhecido como Raimundo de Oliveira, pintor, gravador e desenhista baiano,  nasceu em Feira de Santana, em 1930.
Filho de uma pintora com forte temática religiosa,  Raimundo foi  desde cedo  iniciado no desenho, na pintura e na religião. Estimulado pela sua professora de desenho, expôs pela primeira vez no ginásio onde estudava, Ginásio Santanópolis. Nessa exposição, fez os retratos de seus professores.
Em 1947, foi para Salvador,  onde  ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Foi aluno da pintora Maria Célia Amado e conheceu Mário Cravo Júnior e Jenner Augusto.
Assim iniciado, realizou sua primeira exposição individual no hall da Prefeitura de Feira de Santana, em 1951. Depois, foi residir em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1966, regressou para a Bahia e neste ano, ainda jovem, com 36 anos de idade, pôs fim a sua vida cometendo  suicídio.
No  ano do suicídio, foi editada a “Pequena Bíblia de Raimundo Oliveira”, uma coletânea  de xilografias prefaciada  por Jorge Amado. Em 1982,  a Fundação Cultural do Estado da Bahia publicou o álbum “Via Crucis” e inaugurou a Galeria Raimundo de Oliveira.
A obra de Raimundo de Oliveira  gira em torno de um contexto religioso  onde se vê, às vezes em uma mesma cena,  santos, anjos,  cenas bíblicas, e passagens do Evangelho.  Dizem os entendidos que no início, de 1950 a 1960, tinha cores sombrias e caráter expressionista. Depois, se aproximou de pequenos enredos de passagens bíblicas e pessoas apequinadas.
ALGUMAS CRÍTICAS, SURGIDAS APÓS A SUA MORTE:
“Raimundo de Oliveira, filho da terra, desde menino um vago, sem jeito para o trabalho, a não ser para riscar papel, se isso é trabalho que se considere. Tinha ido embora fazia tempo, dele não havia notícia. Apareceu agora de repente e em torno de sua grande cabeça pairava uma atmosfera mágica, como se o cercasse a luz da madrugada” (Jorge Amado).
“Esse pintor, esse grande pintor da Bíblia e da Bahia, esse que passou a limpo a violência do Velho Testamento e o tornou de maciez de veludo, esse que encheu de flores a áspera tragédia antiga, esse moço de voz tímida e segura certeza, esse Raimundo de Oliveira é um profeta com alma de Francisco de Assis. Só a Bahia o podia produzir, nos caminhos da cidade onde nasce o sertão; só a Bahia o podia alimentar e o oferecer às galerias do sul, à glória e à fama, pois sua Bíblia tem uma respiração de candomblé. Mestre pintor, não sei de outro que tenha crescido tanto em sua arte”  (Jorge Amado).
 
“Raimundo de Oliveira (...) não ficou na Bahia. Era um profeta e tinha de levar sua profecia mundo adentro. Tinha de correr os caminhos e demorar em terras distantes. Anda por aqui e por ali, mas é na Bahia que ele vem se alimentar de terra, de animais, de Deus e de amor, é na Bahia que ele vem, humilde e vitorioso, reapreender o mistério do homem e sua necessidade de paz e de fartura" (Jorge Amado).
"Este livro de xilogravuras ("Pequena Bíblia de Raimundo de Oliveira") nasceu há mais de dois anos, quando Raimundo de Oliveira me procurou para que eu o ajudasse a distribuir convites para a sua exposição, na Galeria Astréia. Saímos juntos, nessa simples missão, e foi no caminho que nasceu a idéia de fazer uma pequena Bíblia. Daí em diante, durante muitos meses, trabalhamos em estreita colaboração. Levamos bastante tempo escolhendo as cenas bíblicas que nos pareciam mais representativas. Essa escolha levava em consideração tanto o aspecto bíblico como o artístico. Além disso, teve que sujeitar-se às limitações impostas pela técnica da xilogravura" (Júlio Pacello).
"Apesar da ingênua composição plástica de suas obras e de sua franca rebeldia em relação à disciplina escolar (...) jamais foi, como equivocadamente o apresentaram (...), um primitivo, um "naif" (...) estava preocupado com a problemática estilística que lhe provocavam os temas e as narrativas religiosos, interpretando-os com cenas de extremo lirismo" (Clarival do Prado Valadares).
 
FONTE: ITAÚ CULTURAL
 
 
 
OBRAS DE RAIMUNDO DE OLIVEIRA
 
DOMINGO DE RAMOS
NANQUIM
 
"PEQUENA BÍBLIA"
XILOGRAVURA,
 
 
CENA BÍBLICA
AQUARELA, 1958
CRISTO
GUACHE
 
ARTE PRIMITIVA
XILOGRAVURA
 
MADONA
ÓLEO SOBRE TELA, 1950
 
ANJO
TÉCNICA MISTA SOBRE PAPEL, 1958
 
CRISTO
TÉCNICA MISTA SOBRE PAPEL, 1959
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

OLNEY SÃO PAULO

 





Olney Alberto São Paulo, mais conhecido como Olney São Paulo, cineasta  baiano, nasceu em Riachão do Jacuípe, no dia 7 de agosto de 1936, sendo seus pais Joel São Paulo Rios e Rosália Oliveira São Paulo  (mais conhecida como Zali).

Estudou as primeiras letras em sua cidade de origem, época em que perdeu seu pai e foi morar com o avô. Aos 12 anos de idade, mudou-se para Feira de Santana, onde estudou no Colégio Santanópolis.
 
Em 1954,  Alex Viany chegou em Feira de Santana para filmar  “Rosa dos Ventos”. Olney atuou como figurante em alguma cenas e  se apaixonou pelo cinema. Concluída a participação, escreveu para Alex dizendo: “Eu sou um jovem que tem inclinação invulgar para o cinema. Porém, como neste mundo aquilo que desejamos nos foge sempre da mão, eu luto com incríveis dificuldades para alcançar o meu objetivo”.
Depois desta profecia, teve uma existência penosa. Começou escrevendo uma série de artigos sobre cinema, no jornal do Colégio Santanópolis; depois,  criou e dirigiu o programa “Cinema” na Rádia Cultura de Feira de Santana, no qual comentava filmes  e anunciava novidades.
 
O tema central de sua vida foi o agreste nordestino.
 
Em 1955, produziu com o dinheiro coletado entre amigos, seu primeiro curta-metragem, “Um Crime na Feira”. O filme, com duração de dez minutos, foi exibido no Teatro de Amadores de Feira de Santana, e em cinemas de  algumas cidades vizinhas, em mistura com peças teatrais de Olney São Paulo.
No ano seguinte, conquistou dois prêmios lieterários, em concursos de contos,  no Rio de Janeiro.
 
Em 1959, escreveu dois roteiros: “O Bandido Negro” (focado em Lucas da Feira, um bandido que cometeu crimes abomináveis na região de Feira de Santana) e “O Vaqueiro das Caatingas”.
Pouco depois, Nelson Pereira dos Santos foi a Feira de Santana com o obetivo de filmar “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Em virtude de intempéries do momento, foi obrigado a improvisar outro roteiro, do que resultou o filme “Mandacarú Vermelho”, no qual Olney São Paulo participou da produção, como assistente de direção e de composição do elenco.
 
Em 1962, foi assistente de direção de “O Caipora”, de Oscar Santana, rodado no interior da Bahia. Nessa ocasião, se tornou amigo de Glauber Rocha.
Em 1964, depois de um esforço imenso, realizou seu primeiro longa-metragem, “O Grito da Terra”. Para compor a cenografia,  apelou para vários amigos e alguns comerciantesa que esmprestaram móveis, adereços e  roupas. O filme foi exibido no Rio de Janeiro, Salvador, Aracaju e Recife e participou do I Festival Internacional do Filme da Guanabara; do Festival do Cinema Baiano, em Fortaleza;  e da Noite do Cinema Brasileiro, organizado pela Embaixada dos Estados Unidos.
 
Três anos depois, realizou “Manhã Cinzenta”, com o registro de alguns protestos  contra a ditadura, pelo que foi detido, levado para local ignorado e ficou  incomunicável durante 12 dias. “Manhã Cinzenta”, embora proibido no Brasil, foi exibido com sucesso em festivais cinematográficos da Itália, Chile, França e Alemanha.
Em 1970, produziu o documentário “O Profeta de Feira de Santana”, onde focalizou a vida e a obra do artista plástico Raimundo de Oliveira.
 
Doente, realizou mais dois longa-metragens:  “O Forte” e “Pinto Vem Aí”.
Acometido de neoplasia pulmonar, Olney faleceu ainda moço,  no Rio de Janeiro, em 15 de feveriro de 1978. De sua filmografia constam 8 curtas, 3 médias e 4 longas metragens.
 
Depois de sua morte, várias personalidades  fizeram pronunciamentos elogiosos sobre a vida e a obra de Olney São Paulo:
"Olney é a Metáfora de uma Alegoria. Retirante dos sertões para o litoral – o cineasta foi perseguido, preso e torturado. A Embrafilme não o ajudou, transformando-o no símbolo do censurado e reprimido. "Manhã Cinzenta" é o grande filme explosão de 1968 e supera incontestavelmente os delírios pequeno-burgueses dos histéricos udigrudistas” (Glauber Rocha).
 
“A imagem que guardo do meu compadre é uma síntese daquele documentário que ele fez sobre os sábios do tempo, os velhos sertanejos que dominam sistemas ancestrais de medição meteorológica. Vejo-o de chapéu de couro, no raso da caatinga, conversando com os ventos, para saber de onde vêm e para onde vão” (Nelson Pereira dos Santos).
 
 
 
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CHICO LIBERATO


   
CHICO LIBERATO
 
 



Francisco Liberato de Matos, mais conhecido como Chico Liberato, artista plástico e cineasta baiano, nasceu em Salvador, no ano de 1936.
Começou a pingar desde os 10 anos. Aos 12, fez um quadro que causou confusão. Chamava-se “O enterro”. Em cada casa onde o quadro passava, morria alguém. Referindo-se a este fato escabroso, disse: “Continuei a pintar assim mesmo. Mas um dia, sentado sob uma árvore, às margens do Rio Paiaiá, contemplei a natureza de um jeito diferente. Alí percebi que pelo processo da arte eu poderia chegar à transcendência. No caminho cheguei ao cinema”.
Apareceu no meio artístico nos anos de 1960, quando participou do movimento cultural promovido por vários artistas.  Em 1963, fez sua extreia como artista plástico, promovendo uma primeira exposição  na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes participou da “I Bienal de Artes Plásticas da Bahia” (1966), da “Bahia Década de 70”, no Instituto Goethe, e de várias outras exposições coletivas.
A partir de então, ganhou fama nacional. Entre 1979 e 1991, dirigiu o Museu de Arte Moderna da Bahia e coordenou a área de Artes Visuais e Multimeios da Diretoria de Imagem e Som da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Em 1972, influenciado por Guido Araújo, organizador da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, começou a fazer conjecturas sobre os filmes de animação; fez um curta-metragem, “Ementário” e com ele ingressou no mundo cinematográfico. É o pioneiro do cinema de animação na Bahia. Depois de "Ementário", fez oito curta-metragens e em 1984, lançou "Boi Arauá", premiado pela UNESCO.
Liberato  justifica sua passagem para o mundo do cinema, dizendo: "Eu já estava conformado em passar a vida fazendo quadros para expor em parede. Comecei a pintar ainda menino na Bahia e passei os anos 1960 enfiado entre os maiores nomes das artes plásticas do país. Mas faltava uma coisa: o movimento. Isso eu ia conseguir no cinema. Com o movimento, fica mais fácil alcançar a transcendência que eu procuro, a partir do imaginário de um continente chamado sertão. Continente que explodia em tintas de cordel em "Boi Aruá".
Sua última produção é um novo longa metragem em animação, “Ritos de Passagem”. O filme retrata dois persogens do imaginário do sertão que morrem e, após a morte, entraram na barca de Caronte (Caronte, da mitologia grega) com o objetivo de navegarem pelo rio da morte. No trajeto, iduzem à reflexão sobre as ações e opções que cada um fez diante dos acontecimento que a vida lhes apresentou. Rememoram “os acontecimentos vividos no contexto denso, dramático e adverso propiciado pelos rigores da vida áspera do sertão”. Neste clima, surgem as figuras carismáticas e controvertidas que habitam o mundo sertanejo, influenciando o comportamento das multidões. O roteiro é permeado de cânticos populares, costumes, idumentárias, vocabário, sotaque e hábitos da região.
A filmografia de Liberato tem a seguinte cronologia: “Anti-strofe” (1972), “Ementário” (1973), “O que os olhos vêm” (1973). “Deus não está morto” (1974), “Caipora” (1974), “Pedro Piedra” (1976). “Eram-se opostos” (1977), “Muçaambira (1982), “Boi Aruá”(1983), “Caravana”(1985). “Um Outro” (2008) e, finalmente, “Ritos de Passagem”(2008). “Muçagambira” ganhou o prêmio Melhor Filme Bahiano, na XXI Jornada Brasileira de Curta-Metragem; “Caravana” levou o Prêmio Concine.
Suas exposições individuais foram realizadas em Salvador, Rio de Janeiro e Zurich (Suiça). As coletivas, em Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Paris (França) e Belém.
 FONTES:  Wipédia, a enciclopédia livre e Globo Cultura
              
 
            
OBRAS DE CHICO LIBERATO
 
"UM OUTRO,"  2008
"RITOS DE PASSAGEM", 2008
"RITOS DE PASSAGEM", 2008

"JANELA POÉTICA", PINTURA
"BOI ARAUÁ", 1984, PRÊMIADO PELA UNESCO
 

MANUEL QUERINO


        
 
 



Manuel Raimundo Querino, mais conhecido como Manuel Querino, nasceu em Santo Amaro da Purificação, em 28 de julho de 1851, sendo seus pais o carpinteiro José Joaquim dos Santos Querino e Luzia da Rocha Pita, negros libertos que faleceram vitimados pela cólera, no ano de 1855.
Com a morte dos pais, Manuel Querino foi entregue, a mando do Juiz dos Orfãos, a um tutor, o Bacharel Manuel Correia Garcia, residente em Salvador.
Diz Augusto Viana que o Dr. Manoel Correia Garcia “era um espírito elucidado, educado na Europa, cultor das letras e amante das coisas do ensino”. Consuelo Novais acrescenta: “era professor aposentado, político, jornalista e advogado, foi deputado pelo Partido Liberal, praticava o Espiritismo e era Doutor em Filosofia pela Universidade de Tubinge, na Alemanha”. Diz mais: “era professor de Aritmética, Desenho Linear e Caligrafia na Escola Normal e principal fundador do antigo Instituto Histórico da Bahia, em 1855 ou 1856”.
O tutor não fez de Manuel Querino um serviçal. Pelo contrário, o encaminhou para ser um homem de bem, e dedicado ao amor aos livros. Tentou atraí-lo para a pintura; o jovem, inspirado no exemplo do protetor, inclinou-se também para o magistério, a política e a pesquisa histórica e antropológica.
Com 16 ou 17 anos de idade, foi para Pernambuco e Piauí. Estando no Piauí, foi recrutado e enviado para treinamento no Rio de Janeiro. Mandado para a Guerra do Paraguai, foi promovido a cabo de esquadra.
Terminada a guerra, regressou à Bahia, onde trabalhou como pintor e decorador. Nas horas vagas, entregou-se ao estudo. Estudou francês no Colégio 25 de Março, foi um excelente aluno do Liceu de Artes e Ofícios, fez exames e foi aprovado com distinção.
Em 1877, o artista plástico Miguel Navarro y Cañizares, fundou a Escola de Belas Artes da Bahia; durante a construção da Escola, contratou Manuel Querino como pintor. Querino matriculou-se, primeiro no curso de desenho, depois no curso de arquitetura. Licenciado como professor de Desenho, lecionou no Colégio de Órfãos de São Joaquim e no Liceu. Foi professor de Desenho Geométrico em 1885 e agraciado como sócio benemérito, algum tempo depois.
Como decorador, desenhista e artista plástico, Manoel Querino produziu obras que mereceram medalhas de prata e de bronze, e menção honrosa,  em vários concursos promovidos pelo Liceu de Ares e Ofícios. Ninguém se empenhou, mais do que ele, pelo levantamento das artes na Bahia. Como arquiteto, concorreu a um projeto de escolas. Como funcionário público, exerceu diversos cargos na Diretoria de Obras e na Secretaria de Agricultura. Como político, militou no Partido Liberal, onde foi solidário ao seu padrinho e tutor, aos seus irmãos de cor, aos republicanos e aos abolicionistas. Foi candidato a Deputado Federal e membro do Conselho Municipal, por duas vezes, em 1881 e 1887-1889. Como jornalista, criou dois jornais, “A Província” (1887-1888) e “O Trabalho” (1892), nos quais escreveu artigos condenando as injustiças da escravidão, defendeu a "libertação dos escravos seguida de preparação para o mundo do trabalho”, e afirmou que “o ser humano não pode evoluir sem a educação". Como operário e artesão, além de defender os direitos dos operários,  incentivou a qualificação da mão de obra, o ensino profissional e a união dos operários. Liderou o Partido Operário e foi o representante da classe no Conselho Municipal da Cidade do Salvador (1880). Como intelectual, publicou“Artistas Baianos” (1909), “Bailes Pastoris” (1914), “A Raça Africana e os Seus Costumes na Bahia” (1916). “A Bahia de Outrora” (1916) e “O Colono Preto como Factor da Civilização Brasileira” (1918). Seu livro mais conhecido, “A Arte Culinária na Bahia”, foi lançada em 1928, cinco anos após a sua morte. Como professor, lecionaou Desenho Linear e Desenho Geométrico e publicou dois livros didáticos (“Desenho Linear das Classes Elementares” e “Elementos de Desenho Geométrico”.
David Brookshaw, pesquisador norte-americano, declarou que Manuel Querino seguiu as pegadas de Nina Rodrigues, defendeu os negros e exaltou suas qualidades e lutou pela reabilitação do mestiço urbano alfabetizado. "Seu papel, disse ele, pode ser comparado ao de Booker Washington nos Estados Unidos, de quem, aliás, era fervoroso admirador”
Manoel Raimundo Quirino faleceu em Salvador, no dia 14 de fevereiro de 1923.
 
 FONTE:
SabrinaGledhil
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HOMENAGENS A  MANUEL QUERINO,
 
 
 
 
 
BIBLIOTECA MANUEL QUERINO, NO PELOURINHO (SALVADOR)
 
 
 
OBRAS DE MANUEL QUERINO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

LUIS HENRIQUE DIAS TAVARES


LUIS HENRIQUE DIAS TAVARES






Luis Henrique Dias Tavares, historiador e escritor baiano, nasceu na cidade de Nazaré, no dia 25 de janeiro de 1926.
Muito jovem, fundou com Clóvis Neiva, o jornal “Parlapatão”.  Aos 16 anos de idade, excursionou pelo teatro, participando de atividades amadorísticas  no Teatro de Estudantes da Bahia (TEB) e no Cineteatro Jandaia. Depois, iniciou a atividade jornalística no periódico “O Momento”. “Esse semanário , diz ele, ficou conhecido como uma iniciativa do Partido Comunista, na época ainda ilegal, quando foi parte da luta não só pela participação do Brasil na guerra contra o nazi-facismo, como, também, na luta pela democracia, pelo fim da ditadura de Getúlio Vargas”.
Em 1948, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Bahia, onde fez  os cursos  de  bacharelado e licenciatura em Geografia e História. È Doutor em História, tem pós-doutorado em História pela Universidade de Londres, é professor catedrático aposentado de História do Brasil, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal da Bahia (da qual é Professor Emérito).
Foi diretor do Arquivo Público da Bahia (1959-1969) e membro do Conselho Estadual de Culutra da Bahia. É Sócio Emérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,  do Instituto Geográfico da Histórico da Bahia e da Academia Portuguesa de História e Professor Honoris Causa da Universidade Estadual da Bahia.
Luis Henrique escreveu sobre  a história da Bahia, desde o  seu descobrimento. A Bahia é o seu tema  permanente. Sua “ História da Bahia”, hoje na décima  primeira edição,  é obra um livro obrigatório para  a biblioteca de qualquer historiador. Na opinião do Autor, esta obra “é mais voltada para a história e para a literatura; teve uma excelente divulgação na sala de aula, não como imposição, mas como auxílio aos professores”. “As histórias dos estados fazem parte da história do país, diz ele. As nossas histórias do Brasil, em destaque as que são didáticas, não dão atenção a importantes acontecimentos históricos ocorridos nos estados”. Um dos eventos históricos mais estudados por Luiz Henrique Dias Tavares, é a Conjuração Baiana do final do século XVIII,  a qual -- afirma Luiz Henrique, tem duas fazes distintas: a primeira, a cargo de  proprietários; a segunda, mais radical, a cargo de libertos  e cativos.” Diz ele: “o objetivo dos conjurados era fundar naquela terrivelmente pobre e miserável capitania da Bahia a primeira república no Brasil: a República Bahiense”. Referindo-se ao momento atual, afirma:  “o atraso  crônico do nosso país, nos dias dias de hoje, é causado pela escravidão”.
A respeito de sua carreira de escritor, conta Luis Henrique:  “quando era cronista no Jornal da Bahia, era responsável por uma seção chamada “Cidade, Homens e Bichos”. Essas crônicas, que saiam na terça, quinta e no sábado, obtiveram excelente repercussão. O grande Jorge Amado selecionou as que considerava melhores para, por iniciativa própria, publicar na sua editora em São Paulo, a Editora Martins, uma obra literária. Foi meu primeiro livro de crônicas, cujo título era “Moça Sozinha na Sala”. Depois seguiram outros livros, inclusive três novelas. Uma delas condenava a Ditadura, outra falava sobre a amizade e o amor e, uma última, que condenava a exploração sexual infantil”.
Suas  principais obras são:
FICÇÃO: A Noite do Homem (960), Moça Sozinha na Sala (1960), Menino Pegando Passarinho (1966), O Sr. Capitão/ A Hróica Morte do Combativo Guerreiro (1969), Homem Deitado na Rede (1969), Almoço Posto na Mesa (1991), Não Foi o Vento que a Levou (1996), Sete Cães Derrubados (1999).
HISTÓRIA: As Idéias Revolucionárias de 1798 (1956), História da Bahia (1959), O Problema da Involução Industrial da Bahia (1966), Duas Reformas da Educação na Bahia: 1895 e 1925 (1969), Curso de História do Brasil, volume I (1971), História da Sedição Intentada na Bahia em 1798 (1975),  Pedro Calmon (1977), A Independência do Brasil na Bahia (1982), Manuel Vitorino: Um Político da Classe Média (1981), O Fracasso do Imperador (1986), Comércio Proibido de Escravos (1988), A Conjuração Baiana (1994), Bahia: 1798 (1995), O Movimento Revolucionário Baiano (2001), Nazaré, Cidade do Rio Moreno (2003), Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824 na Bahia (2003)
FONTES: Site da Academia de Letras da Bahia
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LIVROS DE LUIS HENRIQUE DIAS TAVARES