segunda-feira, 19 de maio de 2014

RICARDO CASTRO

 
RICARDO  CASTRO
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Ricardo Castro, pianista e maestro brasileiro, nasceu em Vitória da Conquista, no ano de 1964.
Aos três anos, tomando parte nas aulas que sua irmã tomava com uma tia, demonstrou apurado gosto pelo piano. Aos cinco, foi aceito em caráter excepcional nos Seminários de Música de Salvador, oportunidade  em que esteve sob os auspícios  de  Hans    Joachim Koellreuter e Ernest Widmer. Aos oito, fez a sua estreia em um recital solo, tocando composições de Bach, Diabelli, Haydn e Villa-Lobos. Aos dez, foi solista do Concerto para piano em Ré Maior de Haydn, acompanhado pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia. Aos dezesseis, apresentou-se em São Paulo, com a Orquestra Sinfônica Estadual, regida por Eleazar de Carvalho, no Concerto para piano em La menor de Grieg. Finalmente, aos vinte, às suas próprias custas, foi estudar na Europa, onde ingressou no Conservatório Superior de Música de Genebra nas classes de virtuosidade e regência, ministradas respectivamente por Maria Tipo e Arpad Gerecz. Dos cinco aos dezoitos anos, foi discípulo de Esther Cardoso e Madalena Tagliaferro. Desta última recebeu o elogio que abaixo reproduzimos: “Ricardo Castro é um grande artista e um grande pianista. Só lhe falta envelhecer”.   
Em 1985, conquistou o primeiro lugar do concurso Rahn em Zurique e em 1986 o primeiro lugar no de Pembaur, em Berna. Assim credenciado, recebeu do Conservatório de Genebra, no ano seguinte, o “Premier Prix de Virtuosité avec Distinction et Félicitations du Jury”.
Ainda em 1987, foi vencedor do Concurso Internacional da ARD de Munique e pouco depois completou seus estudos de piano em Paris, como aluno de Dominique Merlet.
Em 1993, conquistou o primeiro lugar no famoso “Leeds International Piano Competion”, na Inglaterra (primeiro vencedor da América Latina, desde sua fundação, em 1963).
Passando a residir na Suíça, foi convidado a dar concertos na BBC Philharmonic de Londres e em várias outras orquestras européias. Nesta oportunidade, colaborou com regentes famosos, tais como Simon Rattle, Yakov Kreizberg, John Neschling, Kazimierz Kord, Gilbert Varga, Alexander Lazarev e Michioshi Inone.
Em 2003, iniciou uma colaboração em duo com a pianista portuguesa Maria João Pires, com a qual realizou vários recitais em Viena, Barcelona, Frankfurt, Madri, Amsterdam e Zurique.
Ricardo Castro já gravou diversos discos com obras de Mozart, De Falla, Liszt e Chopin (este último, em comemoração dos 150 anos de nascimento do grande compositor polonês).
Sua atividade pedagógica e social é intensa:
  • É professor de grupo de jovens pianistas profissionais na Haute École de Musique de Friburgo (Suiça),
  • Apoia o Projeto Axé, em Salvador,.
  • Apoia o programa Conquista Criança, em Vitória da Conquista,
  • É Diretor Geral e Artístico dos Núcleos de Orquestras Juvenis e Infantis do Estado da Bahia (Neojiba).
A discografia de Ricardo Castro, registra:
1990 - Olivier Messiaen - Quatuor pour la fin des temps
1995 – Frédéric Chopin – Nocturnes Vol. 1 Nos. 1-10
1995 – Franz Liszt – Années de Pélerinage – Rigoletto Concert Paraphrase
1998 – Frédéric Chopin – Nocturnes Vol. 2 Nos. 11-21
1998 - Frédéric Chopin – Piano Concertos Nos. 1&2; Vol. 1: Polonaises Op.22, 26 e 53
1999 – Frédéric Chopin – Sonatas – Waltzes – Nocturne
2004 – Franz Schubert – Ricardo Castro e Maria João Pires.
Em 14 de maio de 2013, em cerimônia realizada em Londres, Ricardo Castro recebeu o “Honorary Membership of the Royal Philarmonic Society”. Foi o primeiro brasileiro a receber esta distinção, criada em 1826, quando Carl Maria von Weber a recebeu pela primeira vez. Depois dele, o título foi concedido apenas a 131 personalidades: Mendelssohn (1829), Rossini (1839), Berlioz (1859), Wagner (1860), Brahms (1882), Clara Schumann (1887), Tchaikovsky(1889), Serguei Rachmaninov (1902), Stravinsky (1921), Aaron Copland (1970), Paul Sacher (1991), Evelyn Barbirolli (2001) e outros famosos compositores, maestros, interpretes,  editores e educadores.
Ricardo Castro  tem pouco interesse pela carreira solo, preferindo o duo,  música de câmara, concertos, atividades pedagógicas e sociais e, sobretudo, a educação musical. “A música, diz ele, precisa ser compartilhada não só através de apresentações mas também pelo ensino sistemático”. Por isso, desde 1992, ensina na classe de mestrado da Haute École de Musique de Lausanne, na Suíça.
Ao lado de sua atividade acadêmica, dedica-se a programas sociais para jovens e crianças. A partir de 2007  assumiu o encargo de implantar e dirigir em Salvador um projeto inspirado no “El Sistema” da Venezuela e apoiado pelo seu fundador José Antônio Abreu. A convite do Governo da Bahia, criou o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), programa pioneiro no Brasil. O NEOJIBA  já realizou  apresentações em importantes salas de concerto, tais como o ‘Queen Elizabeth Hall’ de Londres, o “Victoria Hall”  de Genebra, o ‘Konzerhaus’ de Berlim, o “Centro Cultural de Belém” em Lisboa e a “Sala São Paulo” na capital paulista.
“Ricardo Castro, afirma Teixeira Gomes, conseguiu extrair pepitas de ouro, onde antes parecia haver apenas um sáfaro deserto de vocações musicais (no campo, naturalmente, da música clássica na Bahia). Essas “pepitas” são os jovens que, em tão pouco tempo, ele formou e congregou em torno da Orquestra Juvenil da Bahia, fundada em 2007 e hoje uma realidade no panorama musical brasileiro”.
 
 
 
 
 
 


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