http://pt.wikipedia.org/wiki/Almachio_Diniz
Almachio Diniz Gonçalves, advogado, jurista, professor,
escritor e poeta, nasceu em Salvador, no dia 7 de maio de 1880, sendo seus pais
o farmacêutico e naturalista Adolfo Diniz Gonçalves e Maria Rosa Guimarães Diniz
Gonçalves.
Estudou as primeiras letras, e os preparatórios, em Salvador,
onde se matriculou na Faculdade de Direito da Bahia e se bacharelou em ciências
jurídicas e sociais, no ano de 1899. Três
anos depois, tornou-se professor de Filosofia do Direito, e lente substituto de
Direito Civil, por concurso, da mesma Faculdade.
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Transferido para o Rio de Janeiro, tornou-se Livre Docente e
catedrático da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, onde
lecionou Direito Civil. Pouco depois, foi um dos fundadores da Faculdade
Teixeira de Freitas, em Niteroi.
Almachio Diniz foi Presidente de Honra da extinta Academia
Baiana de Letras, fundada em 1911: proferiu seu discurso de instalação e ocupou, como
membro-fundador, a Cadeira de número 11. Em 1917, fundou, com outros
companheiros, a Academia de Letras da Bahia, onde ocupou a Cadeira de número
37. Em 1934, fez-se membro-fundador da
Academia Cariosa de Letras, onde ocupou a Cadeira de número 3. Foi membro
correspondente do Instituito Histórico e Geográfico de Sergipe esócio efetivo do Instituto dos Advogados
Brasileiros.
Como crítico teatral, colaborou com os jornais “A Bahia” e
“Diário da Bahia”, de Salvador.
Almachio Diniz, ao
candidatar-se à vaga deixada por Euclides da Cunha na Academia Brasileira de
Letras, encontrou como oponente outro baiano, Afrânio Peixoto. Estabeleceu-se notável
contenda que terminou com a eleição do seu opositor, na época um jovem médico cuja candidatura fora lançada à
revelia por Mário de Alencar. Almachio Diniz tentou infressar na Academia
Brasileira de Letras em outras três ocasiões, sendo em todas recusado. Suas
candidaturas foram tema de um livro de Renato Berbet de Castro, publicado em
1999.
Sua obra é imensa e variada. Escrevia quase ao mesmo tempo vários
livros sobre assuntos diferentes, pelo que mereceu o apelido de “Almanaque
Diniz”. Para Antônio Loureiro de Souza, Almachio Diniz era possuidor de “uma
formação enciclopédica, rara entre seus contemporâneos...... nos diversos ramos
da cultura humanística, ele foi brilhante e profundo”. Publicou imensa
variedade de textos sobre direito, literatura, filosofia, política e assuntos
os mais diversos. Monista, empolgou-se pela análise filosófica de Haeckel. Kant
era a sua referência máxima. Padre Leonel Franca escreveu que Almaquio Diniz
Gonçalves tinha uma concepção biológica e mecânica materialista e, por isto não
o citou na sua História da Filosofia.
De sua produção, destacamos:
Ensaios Filosóficos Sobre o Mecanismo do Direito. Salvador,
1906.
Pavões. (romance) Salvador, 1908.
Zoilos e Estetas. (crítica literária). Porto, 1908.
Questões Atuais de Filosofia e Direito. Rio de Janeiro,
1909.
O Diamante Verde. (romance) Lisboa, 1910. .
A Carne de Jesus. (estudo filosófico). Salvador :
Livraria Gomes Carvalho, 1910 .
Sociologia e Critica; estudos, escriptos e polêmicas.
Porto : Magalhães & Moniz, 1910. .
Um Artista da Moda. Lisboa, 1910.
Serpente. Salvador, 1911.
Mundanismo. Coimbra, 1911.
.
Troféus em cinzas. (peça teatral). Salvador, 1911.
Curso de Enciclopédia Jurídica. Salvador, 1913.
Bodas Negras. (romance). Rio de Janeiro, 1913.
Direito da Família. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916.
.
Direito das Coisas. (Manuais Alves). Rio de Janeiro, 1916.
Direito das Sucessões. (Manuais Alves). Rio de Janeiro,
1916.
Direito das Obrigações. (Manuais Alves). Rio de Janeiro,
1916. .
Direito Público Constitucional. Rio de Janeiro, 1917. 346 p.
Teoria Geral do Processo ou Teoria das Ações. Salvador,
1917.
Almachio Diniz morreu em 1927, com 57 anos de idade.
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