sexta-feira, 9 de maio de 2014

PLÍNIO DE LIMA


PLÍNIO DE LIMA




Plínio Augusto Xavier de Lima, jovem advogado e romântico poeta, mais conhecido como Plínio de Lima, nasceu em Caetité no dia 17 de outubro de 1845, sendo seus pais o Coronel Antônio Joaquim de Lima  e  Francelina de Albuquerque Lima.
Fez o curso primário em sua cidade natal e iniciou os preparatórios com o professor Theotônio Soares Barbalho, regente da cadeira de latim naquela cidade. Depois, foi para a capital, onde foi aluno do Ginásio Bahiano, dirigido por Abílio Borges. Em seguida mudou-se para São Paulo e Pernambuco, onde completou os preparatórios.

Iniciou os estudos acadêmicos na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi colega de Castro Alves, Ruy Barbosa, João Baptista Regueira Costa e Sátiro Dias, com os quais fundou uma sociedade abolicionista. Em 1867, transferiu-se para a Faculdade de Direito de Recife, pela qual foi diplomado em 29 de novembro de 1871. Nesta ocasião  os doutorandos ofereceram ao Dr. Aprígio Justiniano da Silva Guimarães o seu retrato. Plínio foi o intérprete, proferindo  um discurso “de peregrina eloqüência, publicado na imprensa pernambucana com elogiosas referências"
Desde cedo demonstrou o gosto pela poesia. Graças às figurações de seu talento, acrescidas pelo estudo, tornou-se um cultor primoroso do verso. Disse um de seus contemporâneos: “O jovem Plínio de Lima era uma figura original de sertanejo de cabeleira aloirada e olhos verdes, apresentando-se sempre com requintes de elegância de um parisiense, e primando por um espírito cintilante, por vezes finamente mordaz, só saindo de seu aspecto expansivo e risonho na hora da luta, em que se transformava num valoroso guerreiro. Tinha uma compleição de ateniense que fazia lembrar Alcebíades”.
Registra outra fonte: “Nas teses científicas e literárias que se apresentavam, nas discussões eruditas que se travavam, a sua palavra eloquente soava sempre com prestígio singular. Múltiplas e superiores foram as manifestações de seu estro no último período de sua jornada acadêmica: nos comícios escolares, nas manifestações patrióticas desse época de guerra, nas solenidades em que se iniciava, pujante, a cruzada emancipadora, a sua voz, de uma sonoridade empolgante, era sempre ouvida com encanto
 
Em 1864, aos 19 anos, prefaciou o livro do poeta baiano Antônio Alves de Carvalhal, intitulado “Lésbia”. Depois, publicou no “Correio de Pernambuco”, poemas, sátiras e folhetins cheios de humor, sobre a vida social e  acontecimentos públicos, sob o pseudônimo de Lúcio Luz.
Plínio de Lima, este poeta tão festejado pela mocidade do seu tempo, morreu em sua cidade natal, no dia 17 de abril de 1873, aos 27 anos, sem ter publicado nenhum livro. Muito tempo depois, em 1928, João Gumes recuperou e publicou pequena parte de sua obra no “O Estado de São Paulo”, sob título “Pérolas Renascidas”. Outros poemas, com o concurso de Sylvio Gumes Fernandes, foram publicados eletronicamente pelo município de Caetité, em 2002.
 


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