TELAS DO PRIMEIRO BARÃO E DA BARONESA DE JAGUARIPE
EXISTENTES NO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA
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Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, primeiro
Barão de Jaguaripe, nasceu no Castelo da Casa da Torre, município de Mata de
São João, em 1785, sendo seus pais o
capitão-mor José Pires de Carvalho e Albuquerque e Ana Maria de São José e
Aragão. Desta feliz união nasceram três heróis da Independência: Francisco
Elesbão, Joaquim e Antônio Joaquim.
Após receber educação elementar e ter vivido a infância e a
adolescência no Castelo da Casa da Torre, Francisco Elesbão casou-se com sua
prima, Maria Delfina Pires e Aragão. Um filho, também chamado Francisco Elesbão
Pires de Carvalho e Albuquerque, falecido em 16 de agosto de 1884, foi o
segundo Barão de Jaguaripe
Entre os dias 17 e 20 de fevereiro de 1822, os militares
brasileiros aquartelados na Cidade do Salvador se insurgiram contra a nomeação
do General Madeira de Melo para o cargo de Governador das Armas. Os
revolucionários exigiam que o brasileiro Manuel Pedro Guimarães fosse mantido
no cargo de Governador das Armas, posto que ele ocupava até aquele momento, em
caráter interino.
O tenente coronel Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque
d´Ávila Pereira e o coronel Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque,
irmãos de Francisco Elesbão, aderiram ao movimento. A rebelião foi controlada e
Madeira de Melo, numa atitude ditatorial, dissolveu a Junta Administrativa da
província (da qual Francisco Elesbão era membro integrante). Afastado, Francisco Elesbão, foi
eleito presidente da Junta Revolucionária, pelo que assumiu o Governo da Bahia
durante esse conturbado período de nossa história.
Investido na chefia do governo, lutou com determinação e
coragem ao lado de seus irmãos, demonstrando em todos os episódios da Independência, muita garra e heroísmo.
Em 1º de dezembro de 1824, D. Pedro I o condecorou com a
Medalha da Independência (também chamada Medalha da Restauração da Bahia) e o
distinguiu com o título de Barão de Jaguaripe.
Cercado do conforto de seus familiares e do reconhecimento
de seus patrícios, Francisco Elesbão faleceu no Castelo da Casa da Torre, no
dia 5 de agosto de 1856.
Em sua homenagem existe um edifício e um logradouro no Rio
de Janeiro e um Proto Socorro em Roraima.
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