quinta-feira, 15 de maio de 2014

ANTÔNIO JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE, BARÃO E VISCONDE COM GRANDEZA DA CASA DA TORRE

 
 
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Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Barão e Visconde com Grandeza da Casa da Torre de Garcia d´Ávila, nasceu em Salvador no dia 12 de fevereiro de 1785, sendo seus pais o capitão-mor José Pires de Carvalho e Albuquerque e Ana Maria de São José e Aragão.
Em sua atribulada existência foi portador dos seguintes cargos e honrarias: Capitão de Ordenanças de Santo Amaro da Purificação, Capitão-Mór da Vila de Santo Amaro, Oficial Tesoureiro do Regimento de Artilharia da Cidade do Salvador, Coronel do Regimento de Milícias e Marinha da Torre, Membro do Conselho Geral da Capitania da Bahia, Secretário de Estado do Governo do Brasil, Familiar do Santo Ofício, Comendador da Ordem de Cristo, Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro da Casa Imperial, Gentil-homem da Câmara, Oficial da Imperial Ordem de Avis, Grande do Império, Coordenador e Comandante do Exército Libertador que lutou pela Independência da Bahia e do Brasil.
Em 1 de dezembro de 1811, foi honrado com  o título de Barão da Torre de Garcia D´Ávila, único título outorgado  no dia da coroação de D. Pedro I e, durante quase dois anos, o único título nobiliárquica existente no Brasil.
O Decreto tem o seguinte texto: "Havendo respeito aos grandes merecimentos e distintas qualidades que concorrem na pessoa do Coronel Comendador Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Senhor da Torre de Garcia d'Ávila na Província da Bahia; e aos relevantes serviços que tem prestado com a maior honra, patriotismo, decidido entusiasmo em bem do Estado e gloriosa causa da Independência e Constituição do Império; e considerando também ser a Casa tal, por sua antigüidade e nobreza que os que nela sucederem me poderão sempre servir e aos meus Augustos Sucessores tão honradamente como deles espero, e o fizeram os de quem ele descende, cuja memória Me é muito presente; E por folgar outrossim que por todos estes motivos e pela muito boa vontade que tenho de lhe fazer Mercê (sendo por certo de quem ele é) Me saberá sempre merecer, continuando a prestar à Nação iguais serviços; Me praz e Hei por bem de lhe fazer Mercê, como faço, do Título de Barão da Torre de Garcia d'Ávila, elevando por este modo o Título de Senhorio de que de tempos antigos tem gozado a sua Casa e Família. Paço em o primeiro de Dezembro de mil oitocentos e vinte dois, primeiro da Independência e do Império." Imperador D. Pedro I
José Bonifácio de Andrada e Silva
(Arquivo Nacional, Rio de Janeiro / Graças Honoríficas).
Em 12 de janeiro, o Barão  agradeceu ao Imperador, dizendo: “Nada mais me resta, Senhor, que de novo possa oferecer à Vossa Majestade Imperial, porque honra, vida e fazenda há muito dediquei à defesa da Pátria". (Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, lata 34). O fato de mencionar o “Coronel Comendador Antônio Joaquim como Senhor da Torre de Garcia d´Àvila”, da qual era ainda herdeiro, suscitou um protesto de sua mãe D. Anna Maria de São José e Aragão, detentora do vinculo (Rui Vieira da Cunha, “Estudo da Nobreza Brasileira”, 1996).
Affonso De Taunay, em sua obra “Grandes Vultos da Independência do Brasil”, comemorativa do Primeiro Centenário da Independência, assim se refere à participação da Casa da Torre nas lutas pela Independência na Bahia: “Feliz casal, o do Secretário de Estado do Governo do Brasil e de D. Anna Maria de São José e Aragão! Três varões ilustres dele provieram: Joaquim, Antônio Joaquim e Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque. Um deles - Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, depois Barão de Jaguaripe, membro da junta administrava, ditatorialmente dissolvida pelo General Madeira, eleito para a junta revolucionária, aclamado seu presidente, é o chefe do Governo que dirige a Província em todo esse dificílimo período. Outro - o Coronel de Linha Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Brigadeiro graduado, Barão e depois Visconde de Pirajá, envolve-se nas primeiras conspirações; submetido a Conselho, retira-se para os seus engenhos, levanta os ânimos, arma soldados a sua custa e é quem primeiro se apresenta no campo de luta, de que saiu arruinado. Outro finalmente, o primogênito, que lhe havia de suceder, como sucedeu, nos bens e títulos da Casa - o Coronel Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Barão e depois Visconde da Torre de Garcia d'Ávila, seguiu para o seu Castelo, onde organizou e de onde comandou a base de operações do exercito libertador, renovando os relevantíssimos serviços que na invasão holandesa prestara seu avô Francisco de Avila ... . "
Em 2 de julho de 1825, o Imperador D. Pedro I criou a Medalha da Independência, também chamada Medalha da Restauração da Bahia e com ela condecorou os três irmãos.
Em 12 de outubro de 1826, o Visconde da Casa da Torre com a filha de seu irmão, o Coronel de Linha Brigadeiro Graduado Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Visconde de Pirajá, e de sua mulher Maria Luiza Queiroz de Teive e Argolo.
Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque faleceu em Salvador, em 5 de dezembro de 1852, vitimado por uma doença do coração. Com sua morte, já extinto o regime de Morgadio no Brasil desde 1835, não houve sucessão do Morgado, nem de seus anexos, por não mais existirem os vínculos.
 
 
 
 

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