DOMINGOS BORGES DE BARROS, VISCONDE DE PEDRA BRANCA
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Domingos Borges de Barros, visconde de Pedra Branca,
advogado, escritor, poeta, diplomata, político e senhor de engenho, nasceu em
Salvador, no dia 10 de outubro de 1780, sendo seus pais o capitão-mor Francisco
Borges de Barros e Luiza Clara de Santa Rita Borges, senhores do Engenho de São
Pedro, na Freguesia do Rio Fundo, Comarca de Santo Amaro da Purificação.
Para Antônio Loureiro de Souza, Domingos Borges de Barros
nasceu em Santo Amaro.
Iniciou e concluiu as
primeiras letras em sua terra natal, e fez o secundário em Lisboa, no Colégio
dos Nobres. Em 1800, matriculou-se na Universidade de Coimbra, sendo por ela diplomado
em ciências jurídicas e sociais no dia 6 de julho de 1804.
Viveu algum tempo em Lisboa, onde se dedicou à literatura,
convivendo com Bocage, Filinto Elísio e José Agostinho de Macedo. Fez traduções
do grego, latim, francês e italiano, de obras de Safo, Vergílio, Delille,
Parny, Voltaire, La Fontaine, Metastasio e outros.
Viveu em Paris, durante a Revolução Francesa, sendo preso,
em 1806. Durante o tempo em que permaneceu na prisão, escreveu um dicionário
Português-Francês, Francês-Português, em dois volumes. Em 1810, fugiu para os
Estados Unidos, onde permaneceu algum tempo em Filadelfia e Nova York.
Em 1811, voltou para à Bahia. Aqui chegando, foi preso sob
suspeita de ser agente a serviço da França, contra Portugal. Transferido para o
Rio de Janeiro, foi julgado e posto em liberdade.
Regressando à Bahia, casou-se em 20 de maio de 1814, com D.
Maria do Carmo de Gouvêa Portugal, viúva do coronel Manoel Ferreira de Andrade,
“ricamente dotada”.
Em 1821, voltou à Europa como Deputado às Cortes de Lisboa.
Como deputado apresentou vários projetos. Em um deles, propôs a emancipação do
sexo feminino. Em outro, propôs a extinção do tráfico dos africanos e a
emancipação gradual dos escravos. Finalmente, abandonou as Cortes, por não querer
jurar a Constituição.
Proclamada a Independência, Borges de Barros foi enviado à
Lisboa e Paris, com a missão de conseguir o reconhecimento do
governo de Portugal e da França. Missão difícil: somente a 11 de fevereiro de
1826, conseguiu apresentar suas credenciais, e, con seqüentemente, o reconhecido do Império do Brasil. Como recompensa, foi agraciado com o título de Barão.
Depois, Foi senador do Império, e encarregado de
acertar o casamento de D. Pedro I com a
princesa D. Amélia de Leuchtenberg.
Agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo e a da Imperial
Ordem da Rosa, recebeu do Imperador o título de visconde de Pedra Branca.
Como historiador, pertenceu ao Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro. Como grande do Império, foi o pai da Condessa de Barral,
preceptora da Princesa Isabel.
Cercado pela admiração de todos, faleceu em 20 de março de
1855, aos 74 anos, sendo enterrado no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.
“Honrou as letras e soube bem servir à pátria, prestando-lhe
os mais assinalados serviços, quer no parlamento, onde a sua atividade foi
brilhante e profícua, quer no estrangeiro, onde, por varias vezes, representou
os interesses do Brasil, sempre com inexcedível atitude. Guarda-lhe a pátria,
por isso, o nome venerando, que se acha inscrito entre os maiores brasileiros”
(Antônio Loureiro de Souza).
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