segunda-feira, 7 de abril de 2014

RUY ESPINHEIRA FILHO


RUY ESPINHEIRA FILHO
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Ruy Alberto d´Assis Espinheira Filho, mais conhecido como Ruy Espinheira Filho, um dos grandes poetas do Brasil, jornalista, romancista e escritor, nasceu em Salvador, no dia 12 de dezembro de 1942, sendo seus pais Ruy Alberto de Assis Espinheira (advogado) e Iracemia D´Andéa Espinheira.

Fez o curso primário em Poções e Jequié. Regressando a Salvador, matriculou-se no Colégio Central da Bahia, onde realizou o  curso secundário. Concluídos os preparatórios, ingressou na Universidade Federal da Bahia, pela qual formou-se em Jornalismo (1973) e Letras (1969). Continuando, fez mestrado em 1990 e doutorado (em  2001), em Letras,  pela UFBa.

É doutor honoris causa pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (1999). Professor associado do Departamento de Letras da UFBa, membro da Academia de Letras de Jequié e da Academia de Letras da Bahia.

Iniciou sua atividade de jornalista na década de 1960, colaborando com a revista “Serial”. Depois, estendeu sua colaboração ao jornal “Tribuna da Bahia” (onde assinou várias crônicas, foi copidesque e editor),  “Pasquim” (do qual foi o correspondente na Bahia) e “Jornal da Bahia” (onde foi cronista)  Por fim, no jornal “A Tarde”, onde assina artigos quinzenais.

De sua extensa bibliografia constam 13 livros de poemas:

Heléboro (1974)
Julgado do Vento (1978)
As Sombras Luminosas (1981)
Morte Secreta e Poesia Anterior (1984)
A Guerra do Gato (1987)
A Canção de Beatriz e outros poemas (1990)
Antologia Breve (1995)
Antologia Poética (1996)
Memória da Chuva (1996)
Livro de Sonetos (1998)
Poesia Reunida e Inéditos (1998)
A Cidade e os Sonhos (2003)
Elegia de agosto e outros poemas (2006)
Sob o céu de Samarcanda (2009)

Ruy escreveu seu primeiro livro com 31 anos de idade. Sobre este fato, assim se expressou: "O primeiro livro é uma experiência muito particular. Tive a sorte de não ter condições de publicar antes, e fazer como Vinicius de Moraes, cujos primeiros poemas foram praticamente todos rejeitados. Esse livro meu, não rejeitei nada até hoje."

São de sua autoria vários livros em prosa, e alguns romances:

Sob o Último Sol de Fevereiro (1975)
O Vento no Tamarindeiro (1981)
O Rei Artur vai à guerra (1987)
O Fantasma da Delegacia (1998)
Os quatro mosqueteiros eram três (1989)
Ângelo Sobral desce aos infernos (1986)
Últimos Tempos Heróicos em Manacá da Serra (1991)
Um Rio Corre na Lua (2007)
O Nordeste e o Negro na Poesia de Jorge de Lima (1990)
Tumulto de Amor e Outros Tumultos (2001)
Forma e alumbramento (2004)

Seus contos e poetas estão em várias antologias, no Brasil e em outros países (Portugal, Itália, França, Espanha e Estados Unidos).

Recebeu vários prêmios, dentre os quais destacamos:  Prêmio Ribeiro Couto, da União Brasileira de Escritores: Prêmio de Poesia, da Academia Brasileira de Letras: Prêmio Jabuti (2º lujgar), da Câmara Brasileira do Livro: Menção Especial (Prêmio Cassiano Ricardo), da União Brasileira de Escritores, etc., etc.

Para Alexei Bueno, “Ruy conseguiu a façanha de fluir com a mais absoluta neutralidade da grande corrente da nossa poesia modernista sem incorer em nenhum de seus maneirismos, onde se banharam tantos de sua geração”.





VERSOS DE RUY ESPINHEIRA FILHO

APOLO

“Não nos surgiste como aos argonautas
quando
fizeste tremer a ilha
sob teus passos
e então te ergueste estendendo nas nuvens
os cabelos de ouro.
Mas senti que estavas
por todo o dia
acompanhando-nos na visita
às formas magníficas
que há milênios foram erguidas
nas alturas
em teu louvor.

Obrigado.
Embora não tenhamos te ofertado presentes,
como Midas, rei da Frigia,
que te enviou seu trono real,
ou Giges, da Lidia,
antepassado de Creso,
que te saudou com crateras de ouro
e incontáveis ex-votos
de ouro e prata,
nunca mais seremos os mesmos,
pois que respiramos a fímbria a brisa
tocada pelo hálito de teus solenes ciprestes
de folhas verdes
pedras
e unção”.         
  

 PENSAMENTOS DE RUY ESPINHEIRA FILHO

"Eu resisto à escrita. Escrever não é nenhum prazer, não. É uma coisa que incomoda muito, angustia." Como o próprio poeta afirma, pode parecer estranho um homem de letras, que vive delas e para elas, falar isso. Mas não foge à compreensão que a busca pela palavra exata, pelo tempo e pelo ponto final, sobretudo para quem se dedica a árdua travessia pela poesia, não é nada simples tampouco fácil, mas dolorosa.”


*
"Não sei se vou escrever um romance, um conto, um poema. Escrevo o que vem. E não tem jeito.Eu não mudo, escrevo com aquilo que sou, minha personalidade, memória, emoções."
*
"Se você não se reconhece num livro, esse livro não existe. O que você lê num livro é você mesmo. Se você não se encontrar nele, ele não presta para você. Se você se encontra num livro, então ele é para a vida inteira, você sente saudades do livro, do autor".

*
“Literatura é um trabalho além do intelectual. É um trabalho passional, emocional, de sensibilidade",

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