CENTRO HISTÓRICO DE GUIMARÃES- PORTUGAL
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Antônio Celestino da
Silva é um baiano nascido na Vila da
Póvoa de Lenhoso, em Portugal, no dia 23 de maio de 1917, sendo seus pais Júlio
Celestino da Silva e Virgínia das Dores Simões Veloso de Almeida.
Em 1918, com a morte do seu progenitor, foi levado para a Casa do Ribeiro de São João de Rei, pertencente
à família materna. Ali viveu os primeiros anos de sua infância, sob o olhar
atento da mãe, das tias e do avô João
José Simões Veloso de Almeida.
Em 1923, ingressou na
escola primária da vizinha freguesia de Monsul, depois de ter aprendido as
primeiras letras com sua progenitora. Em 1927, passou a estudar em Guimarães,
onde freqüentou o Liceu Martins Sarmento, transferindo-se depois para o Liceu Sá de Miranda, em Braga.
Em 1939, veio para o
Brasil, onde se fixou no Rio de Janeiro e começou a trabalhar no Banco “Irmãos
Guimrães”. Após alguns anos, tendo galgado várias posições,
foi transferido para Salvador, como diretor da filial baiana.
Na Bahia, se casou com Cândida Rosa Leal.
De Salvador
foi transferido para a capital pernambucana a fim de dirigir a sucursal de
Recife. Depois, retornou para sede do banco, no Rio de Janeiro.
Em Salvador, Antônio Celestino se integrou à vida social e
intelectual da cidade, fazendo-se amigo fraternal de Jorge Amado, Zélia Gattai,
Vinícius de Morais, Carybé, Dorival Caymmi, Floriano Teixeira, Jorge Calmon,
Mário Cravo, Raimundo de Oliveira, Carlos Bastos, José Calazans, Fernando
Sabino, Calazans Neto, Pierre Verger,
João Ubaldo Ribeiro, Agostinho da Silva
e outras personagens de igual destaque.
Colaborou com a imprensa local, notadamente com os jornais
“Tribuna da Bahia” e “A Tarde”, nos quais publicou, com regularidade,
apreciadas crônicas de arte. Tornou-se
professor da Universidade Federal da Bahia. Presidente do Museu de Arte
Moderna, do Hospital Português, do Instituto dos Cegos, do Gabinete Português de
Leitura, conselheiro do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da
Cegueira, mesário da Ordem Terceira de São Francisco e curador da Fundação Casa
de Jorge Amado.
Graças as suas ligações com instituições culturais, trouxe
para a Bahia grandes intelectuais portugueses: Vitorino Nemésio, Gaspar Simões, Jorge de
Sena, Fernando Namora, David Mourão Ferreira, Santos Simões, Alçada Batista e
outros.
De seu círculo de relações fizeram parte inúmeros
intelectuais, pintores e músicos como Gabriel García Márquez, Mário Vargas
Llosa, Fernando Assis Pacheco, Júlio Pomar, José Hermano Saraiva, Cargaleiro, Dário Castro Alves, José Franco, Vivaldo Costa Lima, Reynaldo dos Santos, Neves
e Sousa e Frederico de Freitas.
A Ele devemos a introdução do financiamento bancário para a aquisição de obras de arte.
Em 1985, Antônio Celestino regressou para Portugal onde, na
Casa do Ribeiro, passou a residir.
Durante as férias, voltou várias vezes à Bahia, onde se
casou, em segunda núpcias, com a professora Maria da Conceição Oliveira.
Este ilustre baiano é personagem de várias romances de Jorge
Amado.
Membro da Academia de Letras da Bahia, publicou vários livros, dos quais
destacamos “Poemas de Cera Perdida” e “Às vezes fico pensando se isto será
poesia”.
Era portador de diversas homenagens e condecoração, dentre
as quais destacamos as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique; Grande
Oficial da Ordem de Benemerência; Cidadão Honorário da Cidade do Salvador; e a
de Conselheiro da União das Comunidades Portuguesas.
Faleceu, aos 95 anos de idade, no dia 21 de Abril de 2013
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