O BEIJO DE JUDAS E PEDRO CORTANDO A ORELHA DE MALCO
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José Joaquim da Rocha, pintor, encarnador, dourador e restaurador, fundador da Escola Baiana de pintura barroca, um dos maiores pintores do Barroco brasileiro,
nasceu provavelmente em Salvador, no ano de 1837.
Pouco sabemos de sua vida. Segundo um manuscrito anônimo
encontrado por Carlos Ott na Biblioteca Nacional, datado entre 1866 e 1876, José Joaquim da Rocha nasceu em Minas Gerais. Outras fontes dizem que ele
nasceu em Salvador, Rio de Janeiro ou até mesmo Portugal. O ano do nascimento também é incerto.
Sua produção é numerosa mas o estudo de sua obra se torna difícil porque ele não assinou nenhuma de suas
pinturas.
Sabemos que ele esteve em Salvador nos anos de 1764 e 1765, época em que estudou com Antônio Simões Ribeiro e mourou no
andar superior de um sobrado pertencente à Santa Casa de Misericórdia. Entre 22
de janeiro de 1766 e 28 de agosto de 1769 não existe qualquer registro sobre
sua vida. É possível que tenha estado em João Pessoa, trabalhando no Convento e
Igreja de Santo Antônio onde se acredita que tenha pintado a “Glorificação dos
Santos Franciscanos” no teto da igreja. É possível que tenha estado
em Lisboa, onde foi aperfeiçoar seus conhecimentos.
Seja como for, o fato é que quando reapareceu, já estava maduro, em condição de competir com Domingos da Costa
Filgueira, José Renovato Maciel e outros mestres. É possível que
em 1769 tenha ido para Recife, onde pintou o forro da igreja do Convento de
Santo Antônio e decorado a igreja da Ordem Terceira de Nossa
Senhora da Conceição do Boqueirão.
Em 1772 ou 1773, estava em Salvador, onde pintou o teto da
igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Esta pintura, intitulada “Glorificação da Imaculada Conceição”, é
considerada sua obra-prima e, no gênero, é uma das mais notáveis do Brasil. Foi
contratado, também, para pintar a capela-mor e encarnar a estátua de Nossa
Senhora, tudo pelo preço irrisório de 1.009$920 reis mas “ao
entregar a encomenda recebeu mais 180$000 a título de compensação pelos
prejuízos”. Esta obra representa um marco em sua vida pois a partir de então passou a ser considerado o melhor pintor da Bahia.
Em 1777, foi contratado para pintar uma “Visitação de Nossa Senhora a Santa
Isabel”, para o retábulo-mor da capela da Santa Casa, tido como um de seus
melhores trabalhos de cavalete.
Entre 1778 e 1780, dourou o retábulo da capela-mor e,
possivelmente, um painél para a igreja da Ordem Terceira do Carmo, Em 1780 e
1781, pintou outra “Visitação” para a secretaria da Santa Casa de Misericórdia
e os tetos das igrejas do Bom Jesus dos Aflitos, do Rosário dos Pretos, e da
Ordem Terceira de São Domingos. Em 1785, iniciou os trabalhos para a Igreja de
Nossa Senhoras da Palma (medalhão central, no teto). Na mesma época, é possível
que tenha pintado o teto da Matriz de São Pedro Velho. o teto e duas telas na
Matriz de Nazaré, em Salvador.
Em 1790, pintou uma série de painéis secundários na Igeja da
Palma. Esta igreja é considerada o maior
repositório das obras de José Joaquim da Rocha.
Em 1792, pintou seis quadros grandes para a capela-mor da
Santa Casa e dourou algumas molduras. Pouco depois pintou vários painéis na Capela
das Mercês. Nesta fase sua fama permitia que ele estabelecesse seus próprios
preços mas nunca enriqueceu, apesar das numerosas encomendas que
recebia. Levava uma vida decente, mas era muito generoso. Dava
quase tudo o que recebia em esmolas para os pobres e para os presos da cadeia.
Conta-se que, já idoso, vendeu sua própria casa para ajudar seu discípulo
predileto: José Teófilo dos Santos foi se aperfeiçoar na Europa, às suas
custas.
Sua última encomenda importante foi em 1796: seis painéis e
alguns douramentos na sacristia da Igreja do Pilar.
A partir de 1802 a 1803, pouco sabemos de sua vida. A
princípio a viveu em uma casa barata, de aluguel; depois, sempre doente,
se mudou para uma casa de campo e alí
morreu em 12 de outubro de 1807. Não se casou, e por isso não deixou descendentes. Foi sepultado na Igreja da Palma,
igreja que é o grande repositório de suas obras, e da qual era Irmão Honorário.
Seus discípulos mais importantes são Souza Coutinho, Franco
Velasco, Lopes Marques, Antônio Dias, Nunes da Mota, Mateus Lopes, Veríssimo de
Freitas, Rufino Capinam e, sobretudo, José Teófilo de Jeus (seu favorito).
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