segunda-feira, 12 de novembro de 2012

NESTOR DUARTE



NESTOR DUARTE
 
Nestor Duarte de Guimarães, mais conhecido como Nestor Duarte, renomado jurista, romancista e político brasileiro, nasceu em Caetité, no dia 3 de fevereiro de 1902, sendo seus pais o magistrado Francisco Duarte Guimarães e Maria Amélia Tavares Guimarães.
Nestor Duarte iniciou sua brilhante carreira no governo Góes Calmon. Algum tempo depois, no governo Otávio Mangabeira, foi Secretário de Agricultura, ocasião em que fundou o Instituto Biológico da Bahia, de tão relevantes serviços prestado ao Estado.
Foi Deputado Federal na legislatura de 1946-1947, em cujo mandato apresentou proposta para Reforma Agrária.
Foi professor catedrático de Introdução à Ciência do Direito na Faculdade de Direito da Bahia e  escreveu diversas obras de inestimável valor jurídico, das quais destacamos “Direito: Noção e Norma”, “A Ordem Privada e a Organização Nacional” e “A Reforma Agrária”.
Produziu  obras literárias, no gênero  romance, focalizando as agruras do sertão. Servem de exemplos: “Tempos Temerários”, “Cavalo de Deus” e “Gado Humano”.
Sua produção literária é marcada pela visão crítica do povo sertanejo. “Como escritor, dizem os críticos, foi um observador minucioso da alma humana e das contradições do seu tempo”.
Em 1966, foi eleito para a Academia de Letras da Bahia.
Ardoroso defensor da democracia, foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro e grande opositor do Regime Ditatorial.
Orador primoroso, extremamente culto e de  verbo fácil  e agradável de ser ouvido, tocava todos os que o ouviam, sobretudo em seus improvisos.  
Não foi sem razão que foi  considerado o parlamentar mais inteligente da história do Congresso Nacional.
De sua bibliografia destacamos o seguinte trecho, inserto na obra “A ORDEM PRIVADA E A ORGANIZAÇÃO NACIONAL”:
“Por mais surpreendentes que fossem as condições do meio americano à sociedade que se veio fundar no Brasil, por iniciativa dos portugueses, e por mais novos e originais que viessem a ser os processos de acomodação a que teve ela de se submeter, é fora de dúvida que a história do Brasil, com a interpretação conseqüente de sua organização social, deve começar antes do descobrimento. Os elementos sociais e os agentes humanos que a formam, ainda que modificados de logo, determinam e continuam no País, que se vai constituir, um desdobramento de origem, como imprimem a essa sociedade a índole e a essência da organização donde provêm e se deslocam.”
Faleceu em Salvador, no dia 25 de dezembro de 1970.
Seu último desejo foi que suas cinzas fossem enterradas na Fazenda "Morro Belo", tendo como epitáfio a frase “Nestor Duarte, guarda sempre a tua esperança”.
 
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